segunda-feira, 26 de julho de 2010

Apologética Cristã - Batalha Espiritual


Batalha espiritual tem sido um tema bastante discutido ultimamente. Não resta a menor dúvida de que vivemos experimentalmente em nossas vidas a batalha espiritual, como também é verdade que há uma valorização extremada dos demônios por parte de pessoas que têm uma teologia desequilibrada a respeito do assunto. É importante estudar a verdade sobre este tema para não incorrermos no equívoco de dar aos problemas, diagnósticos quem não correspondam à realidade.
Uma vez que a Bíblia trata da existência de uma intensa batalha envolvendo o reino de Deus e o reino das trevas, não podemos ficar alheios a esse assunto. Primeiro, porque nós estamos envolvidos, e qualquer cristão pode atestar essa realidade nas suas próprias experiências (2ª Co 12:7). Segundo, porque é nossa missão contribuir para a libertação espiritual de outras pessoas (Mt 10:1,8 ; Mc 16:17).
Jó foi afligido (Jó 1:6-12), o homem de Gadara estava possesso por uma legião de demônios e Jesus os expulsou (Lc 8:26-39). Em outra oportunidade, expulsou também da vida de uma mulher sete demônios (Lc 8:2), havia uma outra mulher há dezoito anos sofrendo como prisioneira de Satanás e Jesus a libertou (Lc 13:10-17). Paulo também, no exercício de seu ministério, deparou com pessoas possessas (At 16:16-18). Ainda hoje a Igreja luta contra o reino das trevas (Ef 6:12).
Quem de nós não é alvo dos constantes ataques de Satanás? Se há uma coisa certa, é que, ele nunca desistiu de nós. O grande aviso foi dado por Pedro: "Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo" (1ª Pe 5:8,9). O apóstolo Paulo enfrentou na sua vida constantes ataques de Satanás (2ª Co 12:7), foi certa vez impedido de visitar Tessalônica (1ª Ts 2:18). O crente, no entanto, não precisa temer as forças do mal, pois sua vida está guardada em Cristo (Cl 3:3).
Uma posição perigosa é emprestar valor demasiado aos demônios, mania que muitos crentes têm, para todos os fatos e infortúnios da vida (Ef 4:27). É preciso ter muito cuidado, principalmente com a literatura nesta área, hoje, muito explorada e às vezes sem o devido conteúdo bíblico. Examinaremos três situações preocupantes, quando o assunto é a valorização dos demônios.

1º A preocupação na liturgia do culto: Em Atos 2:42-47, temos os registros das primeiras atividades da Igreja Primitiva. O culto naquela igreja contemplava, prioritariamente o ensino da Palavra, com ênfase na Doutrina dos Apóstolos. Isso fazia aquela igreja atrativa, caindo na graça do povo. No entanto, vivemos hoje uma situação, em que muitas igrejas mudaram a centralidade de seus cultos. Dá-se exagerada importância a batalha espiritual, como se o culto fosse do seu início ao fim uma disputa entre as forças do bem e as forças do mal, amarrando todos os demônios (Rm 16:20).

2º Nas circunstâncias da vida: É preciso de uma vez por todas, saber discernir entre as obras da carne e as ações do inimigo (1ª Jo 4:1). Existem muitos crentes que interpretam aquilo que fazem de errado como se fossem demônios, quando na verdade são atitudes carnais (Gl 5:19-21).

3º A falta de apoio bíblico: Existem algumas práticas adotadas pelos pregadores e alguns escritores de batalha espiritual que são questionáveis à luz da Bíblia. Uma delas diz respeito à exorcisação, na hora de expulsar o demônio a pessoa fica tentando manter diálogo e ordenando a sua manifestação. Não vamos encontrar Jesus ensinando e nem praticando esse tipo de exorcismo, ao contrário, a sua presença era o bastante para que eles se manifestassem (Mc 1:23-27). Os apóstolos também não adotaram tal prática, o exemplo é de Paulo na cidade de Filipos (At 16:16-18).

Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima   

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Apologética Cristã - A falsa doutrina das maldições hereditárias


Como todo ensino controverso, a Teologia da Maldição Hereditária foi concebida a partir da má interpretação bíblica, e faz parte de um pacote de novidades que surgem periodicamente em nosso meio, é como um novo produto no mercado. E, muitas vezes, por encontrar terreno apropriado, essas novidades acabam enraizando, criando sérios problemas para a vida da Igreja.
Esse ensino diz que qualquer pessoa, mesmo aquelas já convertidas a Cristo, que carregam consigo certos problemas, não conseguirão se libertar deles, se não quebrar as maldições das gerações passadas (Ez 18:20). Se acontecer na vida da pessoa ou de sua família problemas, porque os seus ancestrais deram lugar ao diabo, e agora a sua família está sob "a maldição hereditária", entretanto, a Bíblia afirma, que os que estão em Cristo Jesus, são novas criaturas: as coisas velhas ficaram para trás (2ª Co 5:17).
Esse é um dos textos prediletos dos pregadores que ensinam sobre a crença na maldição hereditária: "Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem" (Êx 20:5,6). No entanto, no texto o que está em foco não são maldições hereditárias e sim os efeitos do pecado. A Bíblia deixa muito claro que a responsabilidade pelos pecados é individual (Ez 18:1-4).
Assim, se uma pessoa é acometida de certa enfermidade, como câncer, por exemplo, é porque essa doença se fez presente em gerações passadas, é uma maldição herdada que precisa ser quebrada. Jesus certa vez foi arguido pelos seus discípulos sobre um determinado cego de nascença, e respondeu: "Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus" (Jo 9:2,3).
Outra crença dessa teologia é de que há nomes próprios cujos significados são carregados de uma carga negativa muito grande, e uma vez que se dá um desses nomes a uma pessoa, o mesmo pode se constituir em fator de maldição na vida dela. Há inúmeros nomes na Bíblia cujos significados não corresponderam àquilo que as pessoas foram na prática: Absalão - pai da paz; Judas - louvor; Apolo - nome de um deus da mitologia grega. O que faz o nome é o caráter da pessoa. Um dia, todos os salvos terão um novo nome (Ap 2:17).
Em vez do crente buscar nos seus ancestrais as razões do presente, ou na maldição que alguém proferiu, ou no nome que os pais lhe deram, ou na explicação mística de um "profeta", é preciso de uma vez por todas avaliar as atitudes pessoais, elas são determinantes quanto às bençãos ou maldições na vida de uma pessoa. Isto é o que ensina a lei da semeadura (Gl 6:7).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

terça-feira, 20 de julho de 2010

Apologética Cristã - O perfeito louvor congregacional


O louvor é parte importante no culto que se presta a Deus. No entanto, quando vem do homem, só pode ser considerado louvor, se partir do coração de um crente espiritual. Vou discorrer um pouco sobre uma das formas de louvor: o congregacional, seus rítmos e suas inovações.
O louvor é uma forma da alma humana se expressar. Através dele se expressa alegria, ânimo, gratidão, melancolia, saudades, desejos, admiração e reconhecimento. Sempre haverá motivos para louvar (Sl 34:1). O louvor deve ser sempre e unicamente dirigido a Deus (Lc 4:8) como forma de expressar da alma e nunca ser desviado dos seus objetivos reais. O salmista nos mostra a individualidade do louvor, dizendo: Preparado está o meu coração, ó Deus, cantarei e salmodiarei com toda a minha alma" (Sl 108:10). Neste Salmo, Davi se identifica como alguém cujo coração ferve de desejo para louvar a Deus (Sl 108:3). Apesar de ser um dever, o louvor tem que ser algo espontâneo, como parte das experiências da alma humana com o seu Criador (Jó 1:21).
"Vinde, cantemos ao Senhor! Cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação! Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com Salmos" (Sl 95:1,2). O louvor na congregação dá a idéia de um povo tomado pelos mesmos sentimentos (Tg 5:13). Na medida que o povo canta na presença de Deus, Ele se faz sentir, e os resultados são cânticos e júbilos. O louvor, que por sua vez, faz parte do culto, não pode ser fruto da irracionalidade, mas da racionalidade (Rm 12:1). Precisamos ter discernimento, fazer uso da razão, para entendermos o que é que estamos ofertando a Deus.
A cultura musical da Igreja tem duas épocas distintas: antes e depois da mídia. Não há dúvida que a maior parte das inovações e rítmos no louvor da Igreja  vem desta capacidade de influência dos meios de comunicação. Sai de cena a hinologia sacra e dá lugar a uma música que é, cada vez mais, um produto pronto para consumo, do que para a glória de Deus e edificação da alma (1ª Co 10:31).
Evidentemente é preciso que se respeite a cultura, afinal de contas vivemos em um país de uma diversidade enorme, e temos que respeitar essa multiplicidade cultural. Agora, plágio não é cultura, é cópia mesmo. Quando a Igreja busca reproduzir o que está acontecendo lá fora, ela cria um choque com a Palavra de Deus (Rm 12:2).
Uma das características do verdadeiro culto prestado a Deus é a reverência (Lv 19:30). Reverenciar significa honrar e respeitar alguém apropriadamente. Nunca devemos permitir que elementos do louvor se degenerem em excessos irreverentes. Ainda que traga muita alegria, o louvor não é um instrumento de mera diversão humana. O louvor deve ser sempre uma expressão de reverência a Deus (Sl 9:1,2).
No contexto das inovações, existem muitas coisas que impedem a manifestação do Espírito Santo em um dos momentos mais penetrantes do culto (Ef 4:30). Quando a alma devia estar comovida, alimentando-se de Deus e do seu amor, muitas vezes, é desviada por elementos que não têm nada a ver com o momento do louvor. É preciso que se tome cuidado com aquilo que se pega emprestado, tais como: coreografias extravagantes durante a ministração do louvor, gritarias, danças ou coisas semelhantes (Ef 4:31). É preciso equilíbrio e discernimento para controlar os excessos, e aqui vão algumas sugestões de Paulo que servem de ponto de partida para a avaliação de qualquer prática na Igreja: Isso é útil? (1ª Co 6:12); isso domina? (1ª Co 6:12); faz outros tropessarem? (1ª Co 8:12,13); glorifica a Deus? (1ª Co 10:31). Se não, devemos repensar nossa maneira de adoração e louvor.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima 

Apologética Cristã - as inovações neopentecostais


O surgimento do neopentecostalismo no Brasil está primariamente ligado à sujeição da cultura norte-americana. No campo teológico não tem sido diferente, a Igreja acaba consumindo o que se produz nos EUA. Dentro desse contexto, segundo alguns estudiosos, está uma gama de fatores, que estão ligados à fragilidade teológica da Igreja, a vocação mística do povo brasileiro, obsessão pela praticidade e pelo utilitarismo. O "evangelho neopentecostal" volta todas as suas atenções para uma cultura de consumo e sucesso (Fp 1:15). Por ser excessivamente tolerante, o neopentecostalismo se tornou um movimento de inclusão, aceitando no seu seio todo tipo de pensamento e prática. Por ser pluralista é um movimento que agrega, sem critérios, toda nova visão que aparece, desde que a mesma venha acompanhada de uma virtual autoridade (1ª Jo 4:1). É um movimento que não valoriza a reflexão bíblica, até porque a Bíblia é um instrumento adaptado aos propósitos de sua teologia, e se nega a sujeitar àquilo que realmente ela diz, enfocando apenas o que se quer (1ª Tm 4:1,2).
A ênfase de sua mensagem recai, quase que exclusivamente na fé, como instrumento não de salvação, mas de trazer para a existência a prosperidade financeira e a saúde perfeita (1ª Co 2:5). O movimento trabalha muito mais a dimensão física da pessoa do que a sua dimensão espiritual (1ª Tm 4:8). "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1ª Co 15:19).
É preciso salientar que a obra de Deus precisa de dinamismo, criatividade, estratégias e fervor. Não se pode prescindir dos dons, da capacidade, do arrojo dos homens e mulheres de Deus (1ª Ts 5:12,13). Entretanto, é preciso se resguardar de práticas que não contam com o apoio bíblico. Já no Antigo Testamento temos o exemplo dos filhos de Arão, Nadabe e Abiú, que morreram por se apresentarem a Deus com fogo estranho (Lv 10:1,2). É necessário entender que funcionalidade não é garantia de prática correta.
Igrejas que fundamentam seus cultos, seus trabalhos, suas programações exclusivamente em cima de inovações, pagarão um alto preço, o dia em que elas deixarem de existir (1ª Tm 6:3-5). Embora o Antigo Testamento seja rico em tipologia, exatamente com a função de tornar mais fácil a comunicação de Deus com o seu povo (Hb 10:1), no Novo Testamento esses símbolos ficaram reduzidos basicamente a três: A água no batismo, o pão e o vinho na Santa Ceia (1ª Jo 5:7,8). Só que o neopentecostalismo inovou, criando um conjunto de práticas que jamais se viu na história, boa parte destas inovações cheiram a superstições e alguns símbolos e objetos passam a servir de amuletos. Infelizmente, muitas coisas têm surgido no mundo neopentecostal: o copo com água ungida, a rosa ungida, unção coletiva, unção de carteira de trabalho, fotos, roupas, objetos de uso pessoal, etc. Perdem-se de vistas as diversas campanhas que vão e voltam, sem que para isso haja reflexão bíblica.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima 

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Apologética Cristã - Católicos Carismáticos: Avivamento ou estratégia?


O movimento da Renovação Católica Carismática é um dos que mais cresce no Brasil nos dias atuais, graças, principalmente, ao apoio que recebe por parte da grande mídia nacional. Por não abandonar práticas condenáveis pela própria Bíblia se tornou alvo de muitos questionamentos quanto à sua originalidade. Nesta artigo tratarei dos pontos que podem trazer luz a respeito do referido movimento.
O termo "Carismático" deriva-se de "Carisma", tradução da palavra grega charisma, que significa "dom". Assim, quando se fala em Carismáticos é uma referência aos que crêem nos dons espirituais dados à Igreja Primitiva e que estão disponíveis ou ao alcance da igreja nos dias atuais (1ª Co 12:1). Esse termo em referência aos Católicos serve para designar aqueles que dentro do catolicismo acreditam e buscam as manifestações dos dons espirituais.
Por volta do ano de 1966, dois professores leigos de teologia da Universidade de Duquesne, uma instituição de ensino católica, na cidade de Pittsburgh, no Estado da Pensilvânia, EUA, iniciaram uma busca por satisfação espiritual em suas vidas. Ralph Kefer e Bill Storey, após as leituras dos livros "A Cruz e o Punhal" de David Wilkerson e "Eles falam em outras línguas" de John Herrill, descobriram que a promessa do batismo no Espírito Santo como está em Atos 2:39, dizia respeito a eles também. Foi aí que começaram a busca, procurando encontros de oração em igrejas pentecostais, num destes encontros, eles foram batizados no Espírito Santo. A partir daí, começaram a se reunir em grupos de oração, em retiros e vigílias, e outros também vieram a ter mesma experiência.
Aquela liturgia latinizada e de certa forma enrijecida, deu lugar a uma mais solta e mais alegre. O louvor ficou mais contagiante, palmas e gestos deram um brilho especial aos cânticos, claro que, com letras e músicas evangélicas (Lc 16:8).
Houve de fato um derramar do Espírito Santo sobre os sedentos (Is 44:3). Como a Igreja Católica dá muita ênfase às tradições, e a autoridade é da instituição e não da Bíblia, ao longo do tempo perderam a objetividade do batismo com o Espírito Santo (Jo 16:13,14). A idolatria e a mariolatria continuaram formas vivas no culto carismático, resguardando às exceções de uns poucos católicos que abandonaram estas práticas e conseguiram se manterem dentro da igreja.
O movimento Carismático visou devolver aos que permaneceram fiéis ao catolicismo, o orgulho de serem católicos. Através de campanhas bem elaboradas, apelaram para o sentimento dos fiéis no sentido de detê-los dentro da igreja através de "slogans" e chamadas à conciência católica.
O alvo principal era aqueles que migraram para o movimento pentecostal em busca de uma experiência de salvação e de renovação nas suas vidas (Rm 1:16,17). Vale ressaltar aqui que o movimento de Renovação Carismática em está preocupado simplismente fazer crescer numericamente o rebanho que já começava a ficar desestimulado com uma prática litúrgica envelhecida e atraídos pela vida dos cultos pentecostais (Mt 15:6-9).
Infelizmente, para esse movimento Maria está no centro. Os apelos são sempre muito sentimentalistas, porém não convencem àqueles que conhecem o lugar exato do Salvador e da mãe do Salvador (1ª Tm 2:5 ; Lc 16:13).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima  

Apologética Cristã - A necessidade de discernimento bíblico


Os falsos ensinos só ganham terreno onde há falta de conhecimento bíblico aliado à ausência do discernimento. Cerca de 750 a.C., por intermédio do ministério do profeta Oséias, Deus já esclarecia: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento..." (Os 4:6). Após muitos séculos, a falta de conhecimento continua sendo a causa de muitos problemas do homem em relação a Deus. Por isso a Igreja é admoestada a meditar na Palavra de Deus a cada dia e fazer dela sua defesa contra as falsas doutrinas.
Entende-se por discernimento a capacidade que a pessoa tem de estabelecer diferença. Segundo Aurélio, é "a faculdade de julgar as coisas clara e sensatamente". Concernente ao âmbito espiritual da vida é a capacidade de distinguir entre as alternativas, qual é a que mais se aproxima daquilo que a Bíblia tem a dizer no tocante a determinado tema (Hb 5:14). É algo que vem de Deus: "A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal. Porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?" (1º Rs 3:11).
A falta de leitura bíblica é um agravante. Quando falo de leitura, estou me referindo ao hábito diário que cada crente deve ter em relação à Bíblia. Não há de que duvidar, a falta de discernimento está ligada direta e proporcionalmente à falta de leitura acompanhada de meditação das Sagradas Escrituras. Se nós cristãos como um todo, nos despertássemos para essa prática, fecharíamos de vez as portas para as seitas e heresias (1ª Tm 4:15,16). Só o conhecimento da Palavra de Deus pode fazer a defesa certa contra os ataques das seitas (Sl 119:105).
Sabedoria e discernimento são duas virtudes que caminham inseparáveis, e a forma de adquirí-las está definida por Tiago (Tg 1:5). Quando o crente hora pedindo discernimento ele está dando liberdade ao Espírito Santo em sua vida, para que Ele possa conduzí-lo nas circunstâncias difíceis (1º Cr 21:10-13). O grande exemplo está no próprio Jesus orando para a escolha dos seus discípulos, foi uma noite inteira de oração (Lc 6:12-16).
De todos os apóstolos, Paulo foi o que mais se preocupou com o crescimento espiritual da Igreja e dos seus membros individualmente (Ef 4:15). Em todas as cartas que escreveu foi o único assunto que não deixou de abordar em nenhuma delas (Fp 3:1). Ele fez a seguinte exortação quando escreveu a sua primeira carta aos Coríntios para dar instruções acerca de excessos quanto às manifestações dos dons espirituais: "Irmãos, não sejamos meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia e adultos no entendimento" (1ª Co 14:20).
A primeira implicação que a falta de discernimento traz, é vida espiritual confusa. Esta foi a situação em que ficou a igreja de Corinto, onde Paulo teve que escrever uma carta para por fim a confusão (1ª Co 11:18). Quando o povo não sabe discernir, se não houver uma liderança espiritual vigorosa o povo se corrompe.
Para a firmeza da fé é preciso viver com discernimento. Quem não discerne, jamais conseguirá afirmação como um crente maduro e equilibrado. É sabendo fazer diferença entre "coisas e coisas", que a nossa fé ganha grandeza. Há uma grande necessidade de sabermos discernir os dias atuais, pois são dias de grande "confusão espiritual", onde o crente é confrontado com as seitas e ideologias humanas. Vigiemos pois, e sejamos sóbrios.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Apologética Cristã - A Igreja como voz profética para o mundo.


Qual é o verdadeiro papel profético da Igreja? A Igreja quanto mais afinada com a Palavra de Deus torna-se mais credenciada para ser um instrumento e cumprir com os propósitos divinos aqui na Terra. Enquanto ela cumpre a missão delegada por Deus, se torna também benção para aqueles que são alcançados pelas verdades que ela prega. Vou discorrer um pouco sobre a verdadeira voz profética da Igreja e o seu papel de despertar a conciência humana para Deus.
Um dos maiores equívocos do homem está expresso na seguinte frase: "a voz do povo é a voz de Deus". Em sua absoluta perfeição moral, a veracidade se torna o aspecto do caráter de Deus que mais confronta o homem desviado da verdade (Rm 3:4).
Por seu caráter, a voz profética é de natureza solitária (Jo 1:23). Se tomarmos como exemplo os homens que falaram da parte de Deus no passado iremos constatar que, na maioria das vezes, eles falavam sozinhos, ou seja, não faziam coro com a multidão. Micaías, por exemplo, ficou sozinho para dizer a verdade ao rei Acabe (1º Rs 22:14), contra os profetas mentirosos (1º Rs 22:6). Elias teve que lutar contra a mentira e a idolatria num dos piores períodos de sua nação (1º Rs 18:22). Com a Igreja não é diferente, o mundo moderno conspira contra a própria noção da verdade (Rm 1:24,25), e para ser a verdadeira voz profética a Igreja precisa aceitar a solidão do seu ofício.
Historicamente, a manifestação da verdadeira voz profética se deu nos momentos de maior crise. Talvez aí se explique o seu caráter solitário. Elias chegou a se queixar a Deus por se sentir só (1º Rs 19:10). João Batista, como uma voz, clamava em tempos difíceis, anunciando a chegada de um novo tempo (Lc 3:1-16). Somos parte de uma geração que precisa conhecer a nossa hora, principalmente do ponto de vista dos acontecimentos proféticos.
Os homens mais solitários são aqueles a quem é confiada uma mensagem verdadeiramente profética (Lc 5:16). Por causa do seu zelo e de suas aspirações, dificilmente são cercados de multidões. Não é fácil acompanhar um profeta como Noé, que pregou a mensagem de arrependimento aos seus contemporâneos sem que uma alma se arrependesse (Hb 11:7 ; 2ª Pe 2:5). Seguir os passos de um Paulo que ansiava por ver o mundo convertido a Cristo, mas convivia com o sentimento de solidão: "Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; dentre os quais foram Fígelo e Hermógenes" (2ª Tm 1:15). Se a Igreja sonha com a verdade, a justiça, o perdão, a paz, ela deve estar preparada para não contar com as multidões.
A Igreja precisa compreender a importância que ela tem no contexto atual e assumir a responsabilidade de ser uma voz profética de confrontação. Confrontar os homens quanto aos seus pecados (Mc 6:18), quanto à santidade de Deus (1ª Pe 1:15), às injustiças sociais (Am 5:11-15), desigualdades (Lc 3:11), à fonte da salvação (At 4:12) e quanto ao tempo da salvação: "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto" (Is 55:6).
A Igreja deve imitar o evangelista João: "E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus" (Mt 3:1,2). É regra que ao final de toda boa mensagem  segue-se o apelo (Is 53:1). O grande êxito do cristianismo reside no chamamento que a Igreja, através da sua mensagem salvadora, faz ao mundo. Pedro, no dia de pentecostes, tomado de poder e graça no Espírito, conclamou o povo ao arrependimento (At 2:37).
A atual sociedade vive uma cultura permissiva. Quando falo de cultura permissiva me refiro ao ato de tolerância a todas as práticas, quer certas ou erradas (Ap 2:20). Em função da sua cegueira espiritual, a permissividade dá ao homem o direito de julgar os seus próprios atos, sem que para isso tenha que prestar contas. A Palavra de Deus rejeita essas práticas (Rm 1:26-32). A Igreja que quer ser a verdadeira voz profética de Deus precisa se manifestar contrária a esse estado de caos, do contrário deixa de ser sal e luz (Fp 2:15).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima  

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Apologética Cristã - As tarefas da Igreja na Terra


Lucas ao encerrar o livro de Atos dos Apóstolos nos deixa claro que a Igreja Primitiva deu sequência ao ministério de Jesus (At 28:31). Os apóstolos foram imitadores do ministério de Jesus, e assim a Igreja cumpria os seus propósitos aqui na Terra. Hoje, mais que nunca, precisamos fazer o mesmo. Na sua missão de ser Igreja, há pelo menos três tarefas básicas que jamais podem ser negligenciadas.

PRIMEIRA: Prestar culto a Deus.
Não há missão mais nobre do que a de prestar culto a Deus (1º Cr 16:29). O primeiro propósito do nosso relacionamento com Deus é o de adoração (Slo 132:7). Paulo enfatizou esta verdade.
A Igreja foi escolhida em Cristo, com a finalidade de resgatar o verdadeiro culto a Deus (Ef 1:12). O verdadeiro cristianismo carrega no seu seio um sentimento de profunda gratidão, que resulta da alegria proveniente da esperança, que há em Cristo e se manifesta em brados de júbilos (Sl 98:4), ultrapassando todas as esferas dos sentimentos humanos, com o propósito de colocar o nome de Deus acima de todos os nomes.
A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, habilitou a Igreja a testificar das grandezas de Deus (At 2:11). Grandezas aqui neste texto são: "megaleios", do grego, significando: sublime, formidável, excelente, majestoso, magnificente. Assim bradavam os crentes recém batizados no Espírito Santo, e os visitantes de Jerusalém atônitos admiravam. A primazia da unção do Espírito Santo é levá-los a uma vida que glorifique a Deus, não só pelo falar, mas principalmente pelo agir, que é o culto da vida (1ª Co 6:20).
O culto não se perde no espaço e no tempo, quando a ação da Igreja está verdadeiramente voltada para glorificar a Deus. Essa ação por si só é capaz de atrair as pessoas para Cristo (At 2:47). Lendo a história da Igreja Primitiva percebemos a existência de um culto alegre e uma liturgia contagiante (At 2:46). Era tão contagiante que as pessoas de bom grado recebiam a mensagem, arrependendo-se dos seus pecados, entregavam suas vidas a Cristo.

SEGUNDA: Anunciar a salvação.
Fazer Jesus conhecido é uma forma de demonstrar toda a alegria e gratidão por tê-lo encontrado (Mc 5:19,20). A mulher samaritana, assim que encontrou Jesus, saiu depressa: "Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foià cidade, e disse àqueles homens: vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo?" (Jo 4:28,29). Paulo, além de sua alegria e gratidão, tinha também a pregação do Evangelho como uma obrigação e forma de cooperar com a vontade do Senhor (1ª Co 9:16).
Todas as ordens dadas por Jesus, dão a idéia clara da universalidade da mensagem de salvação. Em Mc 16:15, a ordem é, que se pregue a "toda criatura". Em Mt 28:19, o ide abrange "todas as nações". Na promessa do Espírito Santo (At 1:8), como poder capacitador para a pregação do Evangelho, temos a expressão, até os "confins da terra". A Igreja precisa despertar sua vocação missiológica e evangelizar o mundo (Sl 2:8 ; Jo 3:16).
A Epístola aos Hebreus inicia colocando Cristo como o ápice e a perfeita revelação de Deus ao mundo (Hb 1:1-4). Diz o texto, que nos últimos tempos Deus falou através de seu Filho. E foi exatamente Jesus, seu Filho, que deu a ordem para a Igreja pregar em seu nome (Mc 16:15-20). Pregar a salvação é uma missão exclusiva da Igreja, diferente do louvor e adoração. É preciso que se compreenda o privilégio desta exclusividade a fim de que não haja negligência (At 26:19).

TERCEIRA: Edificar os seus membros.
A Igreja precisa prover meios de crescimento espiritual a fim de apresentar todo homem perfeito (Cl 1:28). Agindo assim, a Igreja garantirá que os crentes e principalmente os novos convertidos compreendam a mensagem do Evangelho na sua totalidade (Ef 4:13).
Por maturidade cristã entende-se o estado alcançado por aquele que conseguiu desenvolver-se espiritual, mental e moralmente rumo à perfeição (Pv 4:18). A busca da maturidade deve ter como referência a exelência do caráter de Cristo (2ª Co 3:18). É dever da Igreja, como corpo, cuidar de proporcionar aos seus membros, os meios necessários para que cada um possa caminhar rumo a esta perfeição (Fp 3:13,14).
Atentemos para o que Paulo diz: "Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são: um só corpo, assim é Cristo também" (1ª Co 12:12). Talvez um dos maiores prejuízos que a Igreja tem tido nos últimos dias é não saber agir como corpo. Essa brilhante comparação de Paulo precisa despertar em cada crente sentimentos nobres, voltados para a mutualidade, contribuindo para o crescimento e aperfeiçoamento da Igreja de Cristo na Terra (Rm 12:5).
A Bíblia nos ensina uma responsabilidade individual: "... de maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus" (Rm 14:12). Cada crente deve chamar para si a responsabilidade do seu desenvolvimento espiritual. Para isso a Igreja precisa incentivá-los aos saudáveis exercícios de crescimento espiritual, na maioria das vezes esquecidos ou negligenciados.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

Apologética Cristã - Os aspectos da verdadeira igreja.


Ao ler os evangelhos encontramos a história do ministério terreno de Jesus. Em Atos encontramos o estabelecimento histórico da Igreja em Jerusalém. Das epístolas herdamos as bases doutrinárias da Igreja. Assim sendo, nelas podemos encontrar o perfil ideal de uma igreja genuinamente bíblica.
A grande marca de uma Igreja verdadeira é o seu amor e devoção pela Palavra de Deus (At 17:11). Com a verdadeira fé vem (Rm 10:17) o equilíbrio.
Encontramos uma definição de Grudem sobre a suficiência da Bíblia que é o bastante para que compreendamos a importância dela como revelação de Deus: "Dizer que as Escrituras são suficientes significa dizer que a Bíblia contém todas as palavras divinas que Deus quis dar ao seu povo em cada estágio da história da redenção e que hoje contém todas as palavras de Deus que precisamos para a salvação, para que, de maneira perfeita, nele possamos confiar  e a ele obedecer (2ª Tm 3:16).
Jesus asseverou que o grande erro dos saduceus era não conhecer a Palavra (Mc 12:24). Ora, é evidente que Jesus confrontava acerca daquilo que Moisés já havia escrito, e eles por ignorância ainda não tinham compreendido. Não conhecer a Bíblia é não conhecer Jesus, pois Ele é o seu tema central (Jo 1:1-14).
Existem três situações quanto à aplicação da Bíblia. A primeira delas é não aplicar de forma alguma aquilo que ela diz ou prescreve (Tg 1:23,24). A segunda diz respeito a sua má aplicação, isso tem a ver com as leis de interpretação da hermenêutica bíblica. A terceira fala da sua boa aplicação; que resulta de uma saudável interpretação. Uma igreja que tem a Bíblia como aferidora da sua mensagem e conduta, não pode colocar os seus regimentos e nem suas tradições acima do que ela prega (Mt 15:6).
Jesus foi enfático: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" (Jo 5:39). Jesus censurou os estudiosos de seu tempo por não conhecerem as Escrituras (Mc 12:24 ; Lc 24:45). A igreja que se propõe pregar a Bíblia tem que aceitar o fato de que Cristo é suficiente. Não pode baratear o Evangelho como muitos fazem nos dias atuais, com pregações inócuas, e sem a presença do Cristo vivo. Toda boa mensagem tem que partir de Cristo e retornar a Ele (1ª Co 1:23,24).
Em Deuteronômio 18:15-22, Moisés predisse o levantar de um poderoso profeta no meio do povo de Israel, numa alusão clara a Cristo. Ele como profeta revela-nos Deus (Jo 1:1-14 ; 14:6-11), e ensina-nos a sua Palavra (Jo 14:10). A grande segurança da Igreja está na garantia que Cristo lhe deu (Mt 24:35).
Uma igreja que prega que Cristo morreu pela remissão dos pecados da humanidade, não pode ficar inventando meios nem fórmulas, sob pena de estarem anulando a eficácia de seu sacrifício (Hb 9:12). É importante conservarmos na memória que o sacrifício de Cristo foi único e perfeito e que de uma vez por todas preencheu todos os requisitos exigidos por Deus (Hb 9:26).
Dizer que só Cristo é o Senhor envolve em assumir as implicações dessa afirmativa (1ª Co 12:3). Jesus nasceu para ser Senhor e Rei (Jo 18:37 ; Jo 6:15). Uma das implicações mais sérias dessa afirmativa é a de que ela nos tira do trono para colocar Jesus. Nada está acima Dele, quer sejam principados, potestades, instituições, personalidades (Cl 1:16,17). Precisamos resgatar a mensagem que evidencia o Senhorio de Cristo e coloca o homem e as instituições nos seus devidos lugares.
Para ser uma igreja de perfil bíblico, implica em pregar que a salvação é pela graça, e não por méritos. Quando falamos de graça estamos ressaltando o caráter sobrenatural da salvação (Ef 2:8). Alguém já declarou que, "a misericórdia retém o julgamento que um homem merece, mas a graça outorga alguma benção que esse homem não merece" (At 15:11).
Crer que algo pode ser feito a fim de alcançarmos os favores de Deus, é diminuir a grandeza da graça (2ª Tm 1:9). É necessário entender que o preço da nossa liberdade foi o sangue de Cristo (Rm 3:24). Paulo afirma que a graça traz salvação a todos os homens (Tt 2:11). É um verdadeiro desprezo à graça, quando o homem valoriza as obras como pré-requisito para a salvação, e não como uma consequência de quem já foi graciosamente perdoado, e por essa razão quer agora, em função de sua nova vida, produzir frutos (Jo 15:1-5).
Da mesma forma que a graça nos aceita, ela é capaz de agir em nossas vidas no sentido de transformá-la. Paulo coloca isto de forma bem clara quando escreveu sua carta aos Romanos (Rm 8:30). Fica evidente aí a atuação da graça divina nos vários estágios da salvação. Nenhum de nós seríamos capazes de vivermos uma vida transformada, senão pela ação direta do Espírito de Deus em nossas vidas (2ª Co 3:18).
Quem de nós daria conta de abandonar o pecado para viver uma vida de santidade senão pela graça? (Rm 5:20). Quem prega a santificação como algo que se processa de fora para dentro, esquece-se que o Espírito Santo tem que trabalhar na interioridade da pessoa a fim de que ela possa responder satisfatoriamente às exigências de Deus (1ª Ts 5:23 ; Ef 1:3-7).
A igreja que não aprende a rejeitar aquilo que é prejudicial à fé de seus membros, está contribuindo para o fracasso dos mesmos. É dever da igreja se posicionar coerentemente com a Palavra, para evitar transtornos no corpo de Cristo (Fp 1:16). Essa é uma prática que devemos aprender com a Igreja Primitiva (At 11:17,18).
Sensibilidade espiritual é a grande característica de uma igreja que não quer fugir do modelo bíblico (Fp 1:3-6). Se cremos que é o Espírito Santo quem faz a obra, não resta outra alternativa, senão ser sensíveis à sua direção (Rm 8:14). Nos parece ter sido esta a grande marca da Igreja Primitiva que buscava resolver todos os seus problemas à luz da direção do Espírito: "E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram" (At 13:2,3). É notória a atitude de submissão da Igreja nos primeiros séculos de sua existência, e se ela nos dias atuais, quiser ver realizados os propósitos de Deus terá que percorrer o mesmo caminho.
Deus espera que a Igreja esteja na vanguarda. Que nos grandes momentos da história, saiba se posicionar coerentemente, com o fim de cumprir os desígnios de Deus aqui na Terra (1ª Tm 3:15). Conhecer os grandes momentos de Deus é a arte de manter todos os sentidos da alma atentos para o que Ele tem a mostrar: "Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes" (Jr 33:3). Aos discípulos de Jesus é dado conhecer os mistérios do reino dos céus (Mt 13:11).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tendências Heréticas da Atualidade!


"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios". (1ª Tm 4:1)

Estamos vivendo épocas difíceis no que se refere a heresias, as quais com a aproximação da volta de Cristo se avolumam cada dia mais. Como já sabemos, os autores de todas heresias sempre foram os demônios, pois eles têm a missão especial de preparar o caminho do Anticristo; mas o Espírito Santo, que prepara a Igreja para o arrebatamento, nos adverte acerca das tendências maléficas desses últimos dias (1ª Tm 4:1). Meu propósito neste artigo é descrever suscintamente as ramificações heréticas desses tempos difíceis e suas origens.
Desde os primórdios do cristianismo, a Igreja lutou verazmente contra os heréticos que comumente se manifestavam no seio da igreja (Gl 1:6 ; 1ª Tm 1:3,4). Entretanto, nestes últimos dias, o espírito do Anticristo inspira multidões, usando todos os meios possíveis para que haja redução das conversões ao verdadeiro cristianismo (1ª Jo 2:18-20).
De acordo com Paulo: "...alguns apostatarão da fé..."(1ª Tm 4:1). No grego a palavra é "aphistemi", que significa "levar à revolta, desviar, afastar-se, apostatar". O verbo apostatar significa: perder a primeira fé, repelindo-a em favor de outra crença. Infelizmente, isto acontece em larga escala nos dias atuais. Este desvio da fé representa teologicamente o desvio do sistema de doutrinas e crenças do cristianismo (2ª Tm 4:3-5).
Quando falo de abandono da Bíblia, estou me referindo a falta de estudo sistemático da Palavra (At 17:11). Infelizmente, muitos crentes estão trocando a leitura bíblica por outras leituras e essa prática é uma presa fácil para aceitação de heresias, que só podem ser refutadas com o devido conhecimento bíblico (2ª Tm 3:14-17).
O apóstolo Paulo exorta a Igreja a permanecer na simplicidade que há em Cristo (2ª Co 11:3). Simplicidade é a tradução da palavra grega "Aplotes", que significa singeleza, sinceridade, retidão. O apóstolo mostra que a serpente usou de astúcia para enganar Eva. Astúcia no original é "panourgia", que significa muitas formas de obras astutas, existindo nesta palavra a idéia de uma sabedoria negativa e destrutiva, diabolicamente empregada. Satanás sempre foi o grande mestre dessa forma contrária de sabedoria (1ª Co 3:19).
A cultura brasileira favorece exageradamente o sincretismo religioso. Dificilmente se encontrará outro país em que a cultura e a religião tenham se mesclado com tamanha facilidade. Se esta peculiaridade ajudou para que o Brasil tivesse uma só língua, também contribuiu para que nascesse uma religião sincrética com muitas heresias.
 A palavra crendice significa: "crença popular absurda e ridícula; superstição". A exemplo disso, o próprio catolicismo, que se diz uma religião cristã, adota padroeiras e faz do Brasil um país idólatra. Entretanto, a Palavra de Deus diz: "Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor" (Sl 33:12).
A palavra guru vem do hindu, e quer dizer: "venerável", um mestre ou guia espiritual que congrega à sua volta seguidores, por vezes fanáticos. Temos muitos desses no Brasil, os quais infelizmente, desviam o povo através de sua popularidade e seus escritos místicos. O povo brasileiro precisa aprender que quem salva é Jesus (Jo 14:6). Esses "gurus", a quem muitos seguem, como se fossem Deus, são instrumentos de Satanás, preparando o mundo para a chegada do Anticristo (2ª Ts 2:6-10).
Observa-se que no catolicismo, espiritismo há intercessores a quem são dirigidas preces e orações para resolverem todos os problemas da vida. Entretanto, o apóstolo Paulo ensina que Jesus é o nosso verdadeiro intercessor (Rm 8:34).
O termo "neopentecostalismo" é utilizado para designar os movimentos pentecostais recentes, denominado pelos pesquisadores como "movimento da terceira onda". É uma vertente do pentecostalismo com algumas tendências heréticas. O verdadeiro pentecostal vive debaixo do modelo da igreja primitiva (At 2:42-47). 
Uma das mais insidiosas heresias que tem surgido na igreja nestes últimos dias diz respeito à quebra de maldições familiares. Acredita-se que os pecados, alianças e padrões estabelecidos pelos antepassados podem exercer maldição sobre filhos, netos, até a terceira ou quarta geração. Para isso usam o texto de Êxodo 20:5. A maldição da lei foi quebrada na cruz do Calvário e todos os que se apropriam da vitória de Cristo ficam livres de todos os débitos que tinham acumulados contra eles (Dt 24:16 ; Cl 2:14,15 ; Rm 8:1). 
Os mestres dessa teologia ensinam que o cristão pode exercitar a mesma fé que Deus se valeu ao criar o mundo. Kenneth Copeland disse: "Você não tem Deus morando dentro de você. Você é Deus". Em nenhum texto das Escrituras aprendemos que Deus fez o homem um deus, ou que Ele tenha prometido que a humanidade um dia viria a ser deus (Gn 3:23). Esta é uma mensagem satânica que derrubou Lúcifer do céu (Is 14:14,15).
A teologia da prosperidade é uma corrente doutrinária que ensina que qualquer sofrimento do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem-sucedido é uma plena saúde, além da prosperidade material. Pobreza e doença são sinais visíveis do cristão que vive em pecado ou que possue fé insuficiente. Não sou defensor do negativismo, mas também não tenho o direito e nem fundamento bíblico para dizer que pobreza e doença são frutos de falta de fé. Os exemplos bíblicos mostram homens de Deus que foram maltratados, perseguidos e doentes (Gl 4:14,15) e o próprio Jesus disse que o Filho do homem não tinha onde reclinar a cabeça (Mt 8:20).
A igreja evangélica brasileira mostra-se muito vulnerável às falsas doutrinas. Às vezes, infantilmente, vê-se repetir heresias já rejeitadas no passado. A falta de raízes mais profundas na história faz com que a igreja brasileira ingenuamente absorva essas teologias humanas (Cl 2:22).
O Brasil traz consigo muitas crendices que, no decorrer dos anos, transformaram-se em "idolatrias cristianizadas". Estas idolatrias não estão somente no catolicismo, mas, infelizmente, também no meio evangélico: o copo com água, as pulseiras, a rosa ungida, o lenço ungido, óleo ungido, etc. Há uma confusão generalizada entre fé e pensamento positivo ou fé e poder da mente. A fé bíblica não necessita de subterfúgios, pois é uma fé verdadeira (Hb 11:1 ; Jd 3,20).
Há também uma recente novidade no meio evangélico, o "arrebatamento  espiritual", que se dá da seguinte maneira: Há evangelista que ora e as pessoas caem em um suposto arrebatamento. O testemunho de quem foi arrebatado deve ser no mínimo com muitas experiências, a exemplo de João na Ilha de Patmos (Ap 1:9-20) e de Paulo, que quando foi arrebatado viu coisas inefáveis (2ª Co 12:1-10).
Imagine alguém que se acha no direito de dizer a Deus o que Ele deve fazer! Teologicamente, isso é ridículo. Entretanto, rotineiramente, ouvimos orações de líderes do neopentecostalismo, determinando a Deus o que Ele deve fazer, usando diversas expressões, tais como: "O Senhor tem que fazer", "eu determino". Certamente não é na autoridade de Jesus que eles agem assim, porque Jesus nos ensinou a orar de maneira diferente, sempre enfocando a vontade do Pai (Mt 6:9 ; 11:25,26 ; Jo 11:41).
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima 

Os Meninos de Deus!


"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus cristo." (1ª Ts 5:23)

Em plena época do movimento hippie nos EUA, que chegou a influenciar a juventude mundial, onde o desabafo dos jovens contra a sociedade organizada se misturou com a leviandade que levou milhares de adolescentes a abandonarem seus lares e passarem a viver como nômades e peregrinos, surge a seita: Os Meninos de Deus. Nesse ambiente muito favorável, o inimigo lançou o joio, levando os jovens a uma vida de prisão espiritual.
Esta nova seita foi uma tentativa de adaptar um sistema religioso ao modo de vida de hippies e viciados, quando o ideal teria sido o inverso; daí, o abandono da família, a libertinagem e o sexo, bem como os vícios fazerem parte do modo de vida dos adeptos da nova religião. Biblicamente, um retorno aos dias de Sodoma e Gomorra (Gn 18:20), que sofreram o juízo divino (Gn 19:24,25).
David Brandt Berg, conhecido como Moisés, nasceu nos EUA e seus pais eram evangelistas da Aliança Cristã Missionária naquele país. Posteriormente, Berg surgiu dizendo ter recebido de Deus uma revelação acerca de uma missão "diferente". Começou seu trabalho na Califórnia, em 1968, entre os hippies e viciados, pregando um evangelho apocalíptico e atacando a sociedade americana, bem como as igrejas organizadas. Infelizmente, por falta de discernimento espiritual, muitos o seguiram (Jo 10:1,5).
Por alguns meses, Berg, sua família e cerca de 50 discípulos viajaram pelos EUA e Canadá pregando suas doutrinas liberais e confusas, com sabor especial para os hippies e viciados. Durante esse período, eles passaram a chamar a si mesmos de "Meninos de Deus" e a seu líder de Moisés David. Jesus nos adverte sobre a porta larga e os lobos vestidos de ovelhas (Mt 7:13,15).
Berg formulou então seu programa de estruturação da nova seita e viajou à Europa e Israel para explorar possibilidades de estabelecer colônias ou comunidades no estrangeiro. Em 1970, cerca de 120 adeptos da nova seita haviam obtido permissão para propagar oficialmente a doutrina no Texas e Califórnia através da TV, o que fizeram em associação com outro grupo bem mais forte na época, "O Povo de Jesus", que lhes concedeu toda a facilidade para divulgar a nova heresia. Era o inimigo semeando o joio na terra (Mt 13:39-42).
Moisés David diz que o fim dos tempos dos gentios deu-se em 1969: "...estes tempos dos gentios só terminaram no ano do Senhor de 1969, o ano em que os novos judeus dos últimos dias (Os Meninos de Deus) se levantaram numa revolução espiritual para reclamar o Reino de Deus". Uma falsa interpretação de Lucas 21:24, que na verdade nos mostra a grande tribulação para Israel.
Em 1974, Moisés David profetizou a destruição de São Francisco, na Califórnia, por um maremoto e foi obrigado a fugir dos EUA, no anonimato, por vergonha de sua falsa profecia. É incrível como falsos profetas comprovados como esse e outros, ainda continuam enganando! O mesmo espírito do erro, que usa o falso profeta, opera nos filhos da desobediência para aceitarem suas idéias e defendê-las (1ª Tm 4:1).
Moisés David fixou o ano de 1993 para o retorno de Cristo. Usou o argumento de que Jesus disse somente que não podíamos saber o dia e nem a hora, mas nada falou sobre o ano, semana ou mês. A fixação do ano de 1993 ou de qualquer outro para a volta de Cristo contraria o que Jesus afirmou: "Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai" (Mt 24:36). Moisés David não foi o primeiro, nem o último, a tentar adivinhar o dia da volta de Cristo, mas todos quantos vierem a fazer cairão no fracasso (At 1:7).
A atitude do fundador da seita em difundir o sexo, se deve a uma frustração conjugal.  Moisés David era casado, desde 1944, com Jane, mas enfrentava sérios problemas conjugais,  pois sua esposa cria que o sexo não era importante para os cristãos. Este fato o atormentou até que conheceu em sua igreja uma jovem com a qual passou a ter relações sexuais. Através do apóstolo Pedro podemos compreender tais atitudes (2ª Pe 2:12-14).
O líder da seita começou a utilizar a prostituição como isca para recrutar novos adeptos e como meio de aumentar os proventos econômicos. A seita passou então a ser chamada de "Família do Amor". Moisés David afirmou: "O sexo é a última etapa que pode convencer alguém de que Deus o ama". Além de falso profeta, é também um adúltero e deste modo não herdará o reino de Deus (1ª Co 6:10).
Moisés David ensina o sexo livre e uma religião sexy. Ele mesmo se considerava um líder muito sexy com um grupo de jovens seguidores extremamente voltados para o sexo. A Palavra de Deus diz que "um abismo chama outro abismo" (Sl 42:7). De passo a passo todas as formas pervertidas do sexo tomaram lugar nesta seita, num desvio total dos preceitos divinos (Rm 1:25,28).
Em suas preocupações ligadas à sexolatria, nem mesmo as pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo escaparam dos devaneios de Moisés David. Ele declarou que Deus usa a igreja para ganhar almas e corações, isso de modo pejorativo. Segundo Moisés David, Deus, através da igreja, favorecia a prostituição e mantinha protíbulos, uma das maiores blasfêmias, totalmente condenada pela Bíblia (Jd 17,19).
Como é próprio de toda seita, Moisés David enfatiza seus próprios ensinos mais do que a Bíblia, recomendando aos membros de sua "família" que prefiram suas cartas à leitura da Bíblia: "Decorar as Escrituras é fantástico desde que não vos impeça de ler as minhas últimas cartas". As cartas de Moisés David passam e envelhecem, mas Jesus disse: "Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar" (Mt 24:35).
Moisés David conta com muitos auxiliares para executar sua grande obra revolucionária. Um deles é Abaraim, o rei cigano, cujo espírito o orienta como ele deve dirigir o seu grupo cigano chamado outrora de "Meninos de Deus". Ele justifica a ajuda que recebe do espírito do rei cigano, já falecido, da seguinte maneira: "Não pense ser estranho que Deus nos oriente pelos seus servos que já morreram". Essa prática é totalmente concenada pela Bíblia (Hb 9:27 ; Jr 14:14).
Moisés David ensina que depois de terem sofrido o suficiente por seus pecados, a punição chegará ao fim e eles serão libertados das suas prisões e serão colocados na Nova Terra do lado de fora da cidade celestial. Como característica dos heréticos, ele usa a Bíblia para dizer o que a Bíblia não diz. A Palavra de Deus é explícita o suficiente quando diz que a salvação é de graça (Is 55:6,7) e que depois da morte vem o juízo (Hb 9:27), não restando qualquer outra oportunidade de salvação (Ap 22:15).
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Nova Era!


"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim". (Jo 14:6)

A expressão "Nova Era" é relativamente recente, tanto aqui como em outros países. Começou a ser usada basicamente a partir do ano de 1975, quando esse movimento passou a divulgar abertamente seus planos e ensinamentos. Entretanto, a doutrina e filosofia da Nova Era já estavam presentes em diversas organizações e religiões. Muitos ensinamentos já estavam sendo divulgados pela maçonaria, Rosa Cruz e, em larga escala, no espiritismo. Portanto é hora de despertarmos do sono e nos vestirmos das armas da luz (Rm 13:11,12).
A Nova Era é o movimento que não tem data de fundação, não tem fundador e não tem liderança humana a que esteja subordinado ou que lhe trace diretrizes, embora esteja indo exatamente para onde deseja. Estamos nos enganando, no entanto, se pensarmos que a Nova Era não possui nenhum tipo de liderança. Os verdadeiros líderes, reconhecidos pelos adeptos, são seres espirituais, a quem chamam de espíritos, anjos e extraterrestres. Sobre isto temos o alerta da Palavra de Deus (Cl 2:8).
A palavra "era" significa: "época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas". Esta definição nos interessa para comprovar nosso estudo acerca deste assunto. A razão porque tem-se ouvido tanto sobre uma Nova Era fundamenta-se na crença de que os ciclos evolutivos são desenvolvidos através de diferentes eras astrológicas, cada uma com sua carcterística distinta. Enquanto o mundo espera uma nova evolução, nós, os crentes, esperamos nossa redenção final (Rm 8:23 ; Fp 3:20,21).
Ao que parece, o movimento Nova Era começou a surgir mesmo, com a fundação da Sociedade Teosófica, em 1875, na cidade de Nova Iorque, por uma mulher russa de nome Helena Petrona Blavatsky. Os componentes da Sociedade Teosófica ensinavam que todas as religiões têm verdades comuns e afirmavam serem orientados por mestres espirituais, extraterrestres, ou até por pessoas muito evoluídas ou iluminadas. O crente aprende com seu Mestre, Jesus, a sabedoria divina (1ª Co 1:24 ; Cl 2:2,3).
O movimento Nova Era já está infiltrado em todas as áreas da vida humana, inclusive em algumas igrejas evangélicas. Ele é de natureza totalmente diabólica e não faz segredo disso (2ª Ts 2:3). Sua filosofia e idéias procedem da orientação de uma hierarquia de supostos "mestres cósmicos", que são de fato demônios dos mais altos escalões satânicos (Jo 14:30 ; 2ª Co 4:4 ; Ef 6:12).
Segundo a Nova Era, Deus não está sentado em seu trono, Ele é apenas uma energia universal de onde derivam todas as coisas. Essa filosofia panteísta faz parte da maioria das religiões espiritualistas e orientais. Pela Palavra aprendemos que Deus é o criador de todas as coisas e de todas as suas criaturas (Cl 1:16 ; Ap 4:11 ; Rm 1:18-25).
O homem é o centro de toda a doutrina da Nova Era. Como acreditam que tudo o que existe é Deus, o homem se torna a expressão máxima da evolução divina na terceira dimensão, que é a dimensão física. Dentro deste conceito, o homem nada menos é do que deus, ou seja, um pensamento satânico (Gn 3:5). De acordo com a Bíblia, o homem estava tão distante de Deus, que foi preciso Ele enviar Jesus (Rm 3:23 ; 6:23).
Num congresso da "Nova Era" afirmou-se que Lúcifer não é um ser malígno, pelo contrário, seu próprio nome já declara que ele é um "emanador de luz". Segundo eles, o cristianismo cometeu um grande erro em atribuir caráter malígno a Lúcifer. Entretanto, Jesus repreendeu Satanás e os demônios identificando-os como inimigos da obra de Deus (Mt 4:1-11 ; 8:28-34).
Os seguidores da Nova Era utilizam-se muito de simbolismo. Isso se deve ao seu extremo misticismo e cada seguimento adota apenas os símbolos que atendem às suas necessidades. Algumas dessas figuras, no entanto, são comuns a todos eles.
A borboleta simboliza o aquariano que saiu das trevas do casulo de peixes para a dimensão celestial de aquário. Pode também significar o próprio movimento Nova Era. Eles tentam ridicularizar o cristianismo, dizendo que Jesus representou a era de peixes e ao mesmo tempo dizem que essa era representava as trevas. Mas, Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8:12).
A pirâmide como símbolo da Nova Era, é tida como uma espécie de canal poderoso, através do qual recebe-se energia cósmica. Por outro lado, a pirâmide é representativa da hierarquia espiritual do movimento Nova Era, desde a sua base até o seu líder máximo, Lúcifer, no topo. Uma filosofia ou religião que tem Lúcifer no comando ou no topo mostra que tais seguidores são adeptos declarados de Satanás. Em Jo 8:44, Jesus mostra as caraterísticas do pai da Nova Era.
O Ying-Yang, afirmam, representa o equilíbrio entre o masculino e o feminino, entre a energia cósmica negativa e positiva. Representa na verdade a ligação energética com os poderes dos demônios. O salvo em Cristo não precisa depender de equilíbrios ou vibrações cósmicas ou astrológicas para suas decisões e direção de sua vida, ele tem o poder e a direção de Deus para sua vida (Ef 6:10 ; Rm 12:2).
O proclamado "Cristo" da Nova Era, não é como muitos pensam, o Senhor Jesus, mas é o Maitreya (um nome extra-bíblico). Esse elemento ainda vai se revelar como o educador do mundo e deverá assumir o governo do planeta. O deus dos adeptos da Nova Era é Lúcifer, de quem receberão o poder para controlar o futuro governo mundial (Ap 13:4,5). Conforme o ensino da Nova Era, o Maitreya é o mestre dos mestres, e ele é apresentado como o "Cristo" para enganar o mundo (Ap 13:1). Tudo isto nos fala que já estamos na última hora (1ª Jo 2:18).
A proposta da Nova Era, contudo, é extremamente hipócrita: prega a fraternidade entre os homens e ao mesmo tempo restringe a liberdade religiosa (Mt 24:9). Satanás sabe que o Senhor Jesus virá arrebatar a sua Igreja (1ª Ts 4:15-17) e já tem uma explicação para o desaparecimento repentino dos cristãos fiéis: eles serão sequestrados numa nave espacial e levados para outro planeta. Mas, Jesus prometeu nos levar para si mesmo (Jo 14:3).
A Nova Era afirma que Jesus seria apenas mais um Cristo, entre muitos Cristos. Jesus seria apenas o Cristo da era de peixes, que estaria se encerrando, para dar início à era de Aquário, cujo "cristo" seria o senhor Maitreya. A Bíblia nos alerta sobre a vinda do Anticristo (2ª Ts 2:3,4), por isso devemos estar vigilantes, buscando em Jesus o caminho para o céu (1 Co 15:51,52).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

Os Unitaristas!

"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". (Mt 28:19)

É interessante observar que toda nova doutrina se desenvolve em um ambiente de pessoas que são supostamente iluminadas e com novas revelações, desfazendo completamente a base bíblica doutrinária existente. Esta é praticamente a característica de todas as seitas que no decorrer dos anos vão se avolumando e se reorganizando. No comando das seitas está o espírito do erro e do engano. É o que podemos verificar sobre os Unitaristas. Por isso as Escrituras nos alertam, dizendo: "Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus..." (2ª Jo 9).
No terceiro século de nossa era surgiu uma doutrina nova com respeito à natureza de Deus. Sabélio, presbítero da igreja cristã no norte da África, começou a negar a existência da Trindade, dizendo que Jesus era o Jeová do Antigo Testamento e a única pessoa da divindade. Segundo ele, os termos "Pai" e "Espírito Santo" somente se referiam a certos aspectos do caráter de Jesus e não a outras pessoas. Tal ensino choca-se frontalmente com a verdade da Palavra de Deus (2ª Co 13:13).
Esta doutrina chegou a ser conhecida como "o modalismo", que é uma ramificação do monarquianismo, doutrina desenvolvida, no terceiro século, por Teodoto, Paulo de Samósata, Sabélio e outros, que negaram a doutrina da Trindade esboçada pela igreja primitiva (At 2:42). o modalismo ou sabelianismo, como é frequentemente denominado, foi rejeitado como herético em 261 d.C. Negar a Trindade significa rejeitar o plano da salvação (Jo 16:8-11).
Em 1913, John G. Scheppe teve uma revelação do poder do nome de Jesus. No acampamento onde se encontrava, começou a estudar o assunto e chegou à conclusão que o verdadeiro batismo tinha de ser em nome de Jesus. Além do mais, era imprescindível ser batizado com água para ser "nascido da água", ou ser salvo. Começaram a batizar-se novamente segundo esta fórmula. Segundo as Escrituras, Jesus mandou batizar em nome da Trindade divina (Mt 28:19), contrariando tais falsos ensinos.
Entre as igrejas que surgiram desse movimento, a Pentecostal Unida é provavelmente, a mais forte e existe em vários países. Outros grupos menores e muitas igrejas independentes têm aceitado esta interpretação, infelizmente (Jr 23:36).
A Igreja "Só Jesus" ensina que o batismo em águas deve ser em nome do Senhor Jesus Cristo, baseado em Atos 2:38. Entretanto Cristo, disse: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28:19).
Pedro pregou a milhares de judeus religiosos que criam no Pai e no Espírito Santo, porém não reconheciam Jesus como seu Messias e Senhor e o tinham cruscificado. Para serem salvos, teriam de arrepender-se e batizar-se em nome de Jesus, para mostrar publicamente que o aceitavam como Senhor, da mesma maneira que aceitavam o Pai e o Espírito Santo (At 2:38).
Um livro denominado "Didaquê" ou "Ensino dos doze Apóstolos", que circulava no primeiro século, nos diz o seguinte: "Agora, concernente ao batismo, batizai desta maneira: depois de ensinar todas estas coisas, batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Noutra parte do mesmo livro diz que: "O bispo ou presbítero deve batizar desta maneira conforme ao que nos ordenou o Senhor em Mateus 28:19".
Os unitaristas, "só Jesus", negam a Trindade e ensinam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três nomes de uma só pessoa. Jesus, entretanto, fala e ensina sobre a Trindade. Em João 14:16,26 e 15:26, Ele promete rogar ao Pai para enviar o Espírito Santo; e em Mateus 28:19, Ele manda batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A oração de Cristo, em João 17, não teria sentido se não existisse o Pai à parte de Jesus. Para eles, João 3:16 perde seu significado, pois quem será este Filho Unigênito? Que significa João 1:1,2,14 quando nos diz que o Verbo estava com Deus e que era o unigênito Filho de Deus? A promessa de Jesus de enviar outro Consolador a seus discípulos seria um engano se fosse ele mesmo que tivesse voltado na qualidade de Espírito Santo. E o que sucedeu com seu corpo ressuscitado? Podemos observar que estas teorias tiram o valor das palavras de Jesus e de sua obra como sumo sacerdote.
A pregação de Pedro na casa de Cornélio (At 10:38-42) ensina a unidade em cooperação de três distintas personalidades. Em Ef 2:8-18, Paulo mostra como as três pessoas operam nossa salvação. Hebreus 9:14 tem a mesma mensagem: "Quanto mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus...". Quase todas as epístolas fazem, na saudação ou na despedida, mensão a Deus, o Pai, e a seu Filho Jesus Cristo e a benção apostólica invoca a Trindade (2ª Co 13:13).
Em Gênesis, lemos: "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." (Gn 1:26,27). A quem Deus se dirigiu quando disse: "façamos"? A expressão: "nossa imagem e semelhança" demonstra que havia uma pluralidade na divindade. Sem dúvida, estava alí a presença do Filho e do Espírito Santo (Jo 1:1-3).
Quando lemos as palavras do Senhor em Gn 11:7: "Vinde, desçamos, e confundamos alí a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem do outro", percebemos claramente uma alusão à Trindade. O profeta Isaías revela a Trindade, quando afirma: "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" (Is 6:8). Em Isaías 54:5, o texto foi traduzido no singular: "O teu Criador é o teu marido". No hebráico as palavras para criador e marido estam ambas no plural e significam: teus criadores são teus maridos. Tudo isto revela a Trindade divina.
Em Mateus 28:19, Jesus fala de um nome que pertence ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Ao estudarmos os nomes de Deus, veremos que eles incluem as três pessoas da divindade: Elohim, Adonai e El Shadai. No hebráico, há três números gramaticais: o singular, que designa um; o dual, que indica dois, e o plural que indica três ou mais. Cada um destes nomes está na forma plural no hebráico, e portanto demosntra que Deus representa a Trindade.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Congregação Cristã no Brasil!

"E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam". (1ª Ts 5:12)

A Congregação Cristã no Brasil é vista por alguns como uma seita, por outros, como um movimento contraditório. Meu objetivo neste artigo é demonstrar o caráter sectarista e exclusivista desta igreja, fato que me impele a tratá-la no mínimo como um movimento contraditório; pois suas doutrinas são fundamentadas em versículos isolados, e mal interpretados, das Escrituras. Além disso, os seus membros vêem as demais igrejas como seitas.
Luis Francescon, nascido em 29 de março de 1866, na comarca de Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália, imigrou para os EUA e começou a ter conhecimento do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891, aceitou a Cristo como seu salvador e ano seguinte, ele e o grupo evangelizado pelo irmão Nardi e algumas famílias da igreja Valdense fundaram a primeira igreja Presbiteriana Italiana. Através do apóstolo Paulo, somos advertidos sobre o verdadeiro fundamento da igreja (1ª Co 3:10-13).
Conforme o próprio relato de Luis Francescon, após três anos frequentando a igreja Presbiteriana Italiana, enquanto lia o trecho bíblico de Colossenses 2:12, ouviu duas vezes as seguintes palavras: "Tu não obedeceste a este meu mandamento". A partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado por aquela igreja. Com Jesus aprendemos a forma bíblica do batismo (Mt 3:15,16).
Com a viagem do pastor da igreja Presbiteriana, coube a Francescon, como ancião, presidir a reunião no dia 06 de setembro de 1903. Alí, ele teve a oportunidade de falar acerca da revelação do batismo e convidou a todos os membros daquela igreja para assistirem ao seu batismo por imersão. Ao seu batismo compareceram cerca de 25 irmãos, dos quais 18 foram batizados. Com o retorno do pastor à igreja, Francescon não pôde fazer outra coisa senão pedir seu desligamento juntamente com o grupo batizado de forma desobediente. Assim, estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre, reunindo-se na casa dos irmãos. Entretanto, a Bíblia proíbe divisões no corpo de Cristo (1ª Co 12:25).
Em 1907, o grupo liderado por Francescon teve contato com o movimento pentecostal, participando das reuniões realizadas pelo pastor William H. Durhan. No dia 25 de agosto de 1907, Luis Francescon recebeu o batismo com o Espírito Santo e algum tempo depois foi chamado para levar a palavra à colônia italiana, e o movimento foi se expandindo. Quanto à experiência pentecostal, a Bíblia ensina que os dons de Deus são sem arrependimento (Rm 11:29).
Depois de ter estabelecido o trabalho na Argentina, Franscescon e Giacomo Lombardi dirigiram-se ao Brasil em março de 1910, com destino a São Paulo, onde o trabalho foi pouco promissor. Em abril de 1910, seu amigo partiu para Buenos Aires e Francescon foi para Santo Antonio da Platina, no Paraná, deixando estabelecido alí um pequeno grupo de crentes pentecostais, o primeiro grupo desse segmento no Brasil.
Ao retornar para São Paulo, após um contato inicial com a igreja Presbiteriana do Brás, onde alguns membros aceitaram a mensagem pentecostal, surge a primeira "Congregação Cristã" organizada no país. A partir daí, o trabalho espalhou-se por onde existia colônias italianas, notadamente na região sudeste do país, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná. Seu fundador, o ancião Louis Francescon, faleceu em 07 de setembro de 1964, em seu país de origem.
A história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foi se adequando a certos individualismos. Baseados na história narrada pelo próprio Francescon, podemos ver que o comportamento deles hoje é bem diferente do seu fundador, que mantinha comunhão com as demais denominações. A comunhão será sempre a marca dos verdadeiros filhos de Deus (Sl 133).
A Congregação Cristã teve sua origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da predestinação. Somado a isso, algumas profecias diziam que lhes seriam enviados os que haveriam de se salvar. Pelo fato do ancião Francescon não ficar continuamente junto aos novos grupos, isto trouxe com certeza grandes erros na interpretação bíblica e orientação da liderança nacional. A Bíblia ensina que devemos conhecer o estado de nossas ovelhas (Pv 27:23).
A Congregação Cristã ensina que o Espírito Santo dirige tudo e que não é necessário se preparar, examinar ou meditar nas Escrituras. Sem dúvidas, o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja, mas isto não significa que devemos desprezar o estudo das Escrituras (1ª Tm 4:13).
Infelizmente, eles não reconhecem o batismo efetuado por ministros de outras denominações, mesmo que seja por imersão em nome da Trindade (Mt 28:19). Entretanto, não posso concordar com a maneira pela qual a Congregação Cristã ministra o batismo nas águas às pessoas, sem preparo algum. Reconheço que a validade do batismo depende do preparo do batizando (At 8:36-38).
Quanto ao uso do véu, convém salientar que o uso do vestuário no culto, tal como o véu, chapéu, roupas e etc, depende de cada cultura, pois os costumes se alteram e as exigências também. Segundo a Bíblia, o cabelo foi dado em lugar do véu (1ª Co 11:15).
A Congregação Cristã nos acusa de saudar os irmãos com a "paz do Senhor". Para justificar esse conceito, afirmam: "devemos saudar com a paz de Deus, e nunca com a paz do Senhor, porque existem muitos senhores, mas Deus é só um". Essa acusação se desfaz quando lemos as palavras de Paulo em 1ª Co 8:5,6. Eles não conseguem entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos saudando com a paz que Jesus nos deixou (Jo 14:27).
A Congregação Cristã insiste em adotar costumes como é o caso do ósculo santo (Rm 16:16), pensando com isto estar em posição espiritual superior aos outros. O ósculo era uma maneira comum de saudar no oriente, muito antes do estabelecimento do cristianismo e tem servido como parte da expressão judaica em suas saudações, tanto nas despedidas como também na forma de demonstração geral de afeto (Gn 29:11 ; 33:4). Também parece ter sido um sinal de homenagem entre os israelitas (1º Sm 10:1).
Ensinam os anciãos da Congregação Cristã que o dízimo é da lei, e que é maldito e hipócrita aquele que dá e aquele que o recebe. A Bíblia ensina que o dízimo é do Senhor (Lv 27:30), porém eles ensinam que o dízimo é para ladrões. Entretanto, Jesus não condenou a prática do dízimo (Mt 23:33), mas condenou os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da lei de Deus (Lc 11:42). O autor da epístola aos Hebreus nos ensina sobre a prática do dízimo na atual dispensação (Hb 7:8,9).
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima     

A Ciência Cristã!

"Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência". (1ª Tm 6:20)

Quanto mais estudarmos a origem da religião chamada Ciência Cristã, mais perceberemos que é um sistema de escapismo. Nega a existência da matéria, do sofrimento, da enfermidade, do pecado e de todo o mal. Diz que estas são apenas idéias errôneas, pois na realidade tudo é bom, tudo é perfeito.
A Ciência Cristã é uma mistura de filosofia, sistema de cura e religião. Na realidade, não tem nada de ciência, nem de cristã. Foi fundada por Mary Baker Eddy, nascida em 15 de junho de 1821, em Bow, Estado de New Hampshire, EUA. A Srª. Eddy quando jovem pertenceu à igreja Congregacional de Tilton, mas na realidade não passou pela experiência da conversão, pois ela jamais nasceu de novo (Jo 3:3-5).
Apesar de Mary Baker Eddy ter sido membro da igreja Congregacional, foi influenciada por um "curandeiro" popular chamado Fineas Quimby, que anunciava um novo método de curar os enfermos, não pela medicina, mas ensinando aos enfermos a natureza de seu mal, dizendo-lhes que podiam curar-se por seu estado mental. Mary procurou Fineas Quimby, a fim de buscar alívio para seus males crônicos, e este lhe disse que ela não tinha enfermidade, apenas seu espírito refletia a angústia sobre seu corpo, e ela lhe deu ouvidos (1ª Tm 4:1,2).
Depois da morte do curandeiro, Mary sentiu-se inspirada a repartir com outros a grande verdade que havia descoberto. Em 1875, publicou o livro que chegou a ser a autoridade suprema na religião que ela fundou, chamado "Ciência e Saúde como Chave das Escrituras". Nesse livro, ela negava a existência não somente da enfermidade, mas da própria matéria. Em realidade tudo o que existe é Deus, ele é tudo em tudo. Nosso espírito é uma parte dele, e, portanto, é bom. Não há tal coisa como pecado ou morte. Esse é o ensino básico que ela apresentava, uma heresia anti-bíblica (1ª Tm 4:16).
Em 1879, foi organizada a primeira igreja de Cristo Cientista. Esta seita conta atualmente com milhares de adeptos ao redor do mundo. Antes de sua morte, em 1910, Mary Baker Eddy amontoou uma fortuna com o lucro da venda de seus livros, que ensinavam como receber a cura das enfermidades. Compreendemos pela Bíblia que somente Jesus cura nossas enfermidades (Is 53:4 ; At 10:38).
Embora a senhora Eddy tenha dito que a Bíblia era sua autoridade, por outra parte afirmou que tantos erros têm se insinuado na Bíblia, que já não se pode aceitá-la como verdadeira. Sempre que uma declaração bíblica esteja em contradição com a ciência cristã, a senhora Eddy dizia que tratava-se de um erro da Bíblia. Podemos afirmar que a experiência de milhões de cristãos demonstra que a leitura e interpretação literal da Bíblia, longe de levar-nos à incredulidade e ao desespero, têm operado maravilhas em nossas vidas (2ª Tm 3:16,17).
Sobre Deus ela escreveu: "Deus é amor, e amor é um princípio, não uma pessoa. Este princípio é mente, substância, vida, verdade e amor. Interpretado corretamente, princípio é o único termo que expressa completamente as idéias de Deus. Somente com essas citações observamos vários conceitos heréticos desta seita sobre Deus. Os fundamentos básicos de toda a seita descansam sobre o conceito panteísta de Deus, isto é, Deus é tudo e tudo que existe. Biblicamente Deus é uma pessoa que se revela aos homens e fala através de Jesus Cristo (Hb 1:1).
A senhora Eddy dizia: "A teoria de três pessoas em um Deus sugere politeísmo em vez do único sempre presente "Eu Sou". A Ciência Cristã é o Espírito Santo". Ela interpretou as palavras de Jesus: "Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (Jo 14:16), considerando o "outro Consolador" como sendo a "Ciência Divina". De acordo com a Bíblia, o Espírito Santo é uma pessoa e é Deus. Ele intercede pelos crentes (Rm 8:26,27). A doutrina da Trindade foi ensinada pelo próprio Cristo (Mt 28:19) e Paulo cria nela (2ª Co 13:13).
Para a ciência cristã, Jesus era simplesmente uma idéia, o resultado da consciente comunhão de Maria com Deus. Segundo a ciência cristã, Jesus é o ser humano e Cristo a idéia divina. Segundo a Bíblia, a encarnação de Jesus uniu a natureza humana e a divina em uma só personalidade, dando-lhe o direito de chamar-se Filho de Deus (Lc 1:30-35 ; Mt 3:17 ; Jo 1:1 ; Hb 13:8).
A ciência cristã também nega a realidade da morte e ressurreição de Jesus. Segundo ela Jesus dominou seu corpo de "carne e ossos". O que os evangélicos chamam de ressurreição foi a demonstração da ciência divina, "o triunfo da verdade e do amor imortal sobre o erro". Entretanto, a Palavra de Deus nos ensina que Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1ª Co 15:3-6).
A ciência cristã ensina que a segunda vinda de Cristo é o despertar de um sono enganoso para dar-se conta da verdade. Segundo a Bíblia, Jesus voltará ao mundo cumprindo sua promessa (At 1:11 ; 1ª Ts 4:16,17). Cristo já descreveu a maneira de sua vinda (Mt 24:23-31,36-44). Seguramente, ele sabe muito mais que a senhora Mary Baker Eddy.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Igreja da Unificação!

Foto do reverendo Moon

"Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou alí, não lhe deis crédito". (Mt 24:23)

A igreja da Unificação tem chamado a atenção de muitos líderes no mundo como uma seita que se espalha rapidamente e que escravisa psicologicamente a atual geração jovem. Cristãos em geral encaram-na como uma seita herética e pervertedora do Evangelho de Jesus Cristo. Seu líder se autodenomina um Messias e pretende estabelecer uma nova ordem no mundo com suas "supostas revelações". Esta seita já está instalada no Brasil arrebatando os incautos.
Neste mundo há muitas vozes que se têm levantado profeticamente, a fim de proclamar soluções e remédios para as complexidades da vida de hoje. Sun Myung Moon é uma destas vozes, que começando na Coréia do Norte e avançando para os EUA, prosseguiu para outros países, inclusive o Brasil. Entretanto, somosalertados pela Palavra de Deus contra os falsos mestres (2ª Pe 2:1-3 ; 1ª Pe 2:6).
Sun Myung Moon, coreano, evangelista, milionário, industrial e fundador da igreja da Unificação, nasceu na Coréia do Norte em 06 de janeiro de 1920, filho de pais presbiterianos. Quando tinha dez anos, sua família se converteu ao cristianismo e ele se tornou membro de uma igreja presbiteriana. Posteriormente em Seul, frenquentou uma igreja pentecostal. Atualmente é chamado de "Pai" ou "Mestre" pelos seus adeptos, o que Jesus recriminou em seu discurso aos fariseus (Mt 23:8-10).
Ele conta que, na manhã da páscoa de 1936, estava orando fervorosamente, numa montanha solitária, quando teve uma visão de Jesus. Nessa visão, Jesus, supostamente, mandou Moon "completar a tarefa incompleta do Filho de Deus". Também relata que Jesus lhe disse que "ele" (Moon) era o único que podia fazê-lo e que pediu-lhe muitas vezes. Enfim, Moon cedeu aos pedidos de Jesus e aceitou a tarefa, sabendo que não haveria quem pudesse substituí-lo, caso ele falhasse (Hb 13:8,9 ; Gl 1:8,9).
Durante os nove anos que se seguiram, Moon se preparou para esta missão. Em Seul, gastou a maior parte de seu tempo em oração e descobriu que Deus estava muito solitário lamentando os pecados da humanidade. Durante este período, ele pelejou e lutou em batalhas espirituais e ferozes contra as forças que tentaram afastá-lo de sua missão. Infelizmente, Moon estava cego pelo deus deste século (2ª Co 4:4).
Em 1946, Moon viajou ao Sul da Coréia e lá encontrou Paik Moon Kim, cujo nome significa "cem letras de ouro". Este senhor, seis anos mais velho que Moon, se considerava um "salvador" e declarava-o publicamente. Naquela região, havia muita expectativa sobre o aparecimento de um "messias coreano". Moon passou seis meses com Kim na cidade de Paju, ao norte de Seul, numa comunidade chamada Israel Soodo Won (Mosteiro de Israel). Lá aprendeu, o que depois se tornaria a base da sua própria teologia, o que Jesus já nos havia alertado (Mt 24:4,5,23-27).
Em 1953, Moon foi para Seul, onde fundou sua nova igreja em 1954, chamando-a em coreano de:"Tongil-kyo", ou seja, a Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial, a igreja da Unificação. Naquela época havia apenas cinco membros. O apóstolo Paulo fala que um pouco de fermento leveda toda a massa (1ª Co 5:6,7).
Segundo a história da seita, a primeira esposa de Moon o acompanhou por dez anos e o deixou porque não concordava com suas práticas poligâmicas. Segundo Moon, ela não compreendeu sua "missão". O último casamento de Moon foi com Miss Kim, isto é, seu quarto casamento, com uma moça de dezoito anos recém-formada. Este casamento é chamado pelos seguidores de "O casamento do Cordeiro", uma diabólica interpretação de Apocalípse 19:7. O verdadeiro casamento do Cordeiro será com sua noiva, a igreja (Ef 5:26,27).
Em 1957, os missionários de Moon já tinham levado sua mensagem para a maioria das cidades do sul da Coréia. Ele começou então a receber muita oposição das verdadeiras igrejas cristãs. Mesmo assim, o movimento continuou a se espalhar e, em 1958, estabeleceu centros no Japão e nos EUA. O espírito do erro usa tanto os mensageiros como os ouvintes que prestam atenção em suas mensagens malígnas (Mt 24:23).
É interessante ressaltar que na maioria das seitas, as heresias começam com as "visões e revelações" de seus fundadores, denominadas como "experiências especiais" e que eles são chamados a serem os "salvadores", os messias da humanidade. Assim foi com o Moon e com tantos outros que surgiram. Eles sempre têm uma nova revelação além da Bíblia. Na seita de Moon, o livro "O princípio divino" é a verdadeira revelação. O crente deve buscar a verdadeira revelação na Bíblia (Ef 1:17).
Dizem os moonistas que a positividade e a negatividade básicas de Deus são os atributos essenciais de seu caráter e forma. Chamam de positividade e negatividade divinas a sua masculinidade e feminilidade, respectivamente. Portanto, o homem é a forma visível de Deus, e Deus a forma visível do homem, Deus e o homem são um. A Bíblia ensina claramente que o homem, longe de ser a "encarnação de Deus", é criatura dele (Hb 2:7 ; Jo 1:11,12 ; Is 43:10-13).
Dizem eles: "A Bíblia não é a própria verdade, mas um livro de texto que ensina a verdade. Portanto não devemos considerar o livro de texto como absoluto em todos os detalhes". A Palavra de Deus afirma: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra". (2ª Tm 3:16,17).
Moon ensina que Jesus fracassou em sua missão e a razão de sua cruscificação foi João Batista. Segundo ele, João Batista causou tanta descrença em Jesus, que os judeus se dividiram. Jesus, reconhecendo a situação e sabendo que não seria aceito pela nação judáica, resolveu tomar a cruz como idenização, para pagar pela realização da salvação espiritual do homem, pelo menos. Entretanto, a Bíblia nos ensina outra verdade (Cl 1:12-20).
Além de Jesus não ser considerado como Deus, o próprio Deus é entendido em termos na doutrina masculina/feminina de Moon. Portanto, deve haver uma "verdadeira mãe" para acompanhar o "verdadeiro pai", para gerarem filhos de bondade. Segundo ele, esta "verdadeira mãe" seria o Espírito Santo. Basta examinar os textos originais do Novo Testamento para mostrar que o Espírito Santo referido em Jo 14:26 e 16:7, na terceira pessoa no masculino, nega qualquer associação inventada com uma "verdadeira mãe".
Eles dizem: "Precisamos compreender que pela cruscificação, Deus e Jesus perderam tudo. No momento da cruscificação não havia nada alí, nem a família e nem o cristianismo; portanto não houve redenção, nem salvação. E também não ocorreu alí o início do cristianismo". Entretanto existem inúmeras passagens bíblicas que nos ensinam que no Calvário, Cristo realizou plenamente a redenção e que alí se cumpriu a nova aliança, onde Jesus fez "a purificação dos pecados" e se tornou a "propiciação pelos nossos pecados" (Hb 12:24 ; Mt 26:28).
Segundo Moon, Adão fracassou porque teve relações sexuais com Eva fora do mandamento de Deus, gerando filhos pecadores. O plano era gerar filhos sem pecados. Adão foi substituido por Jesus, que deveria constituir uma família com filhos perfeitos, mas também fracassou. Agora veio o terceiro Adão, Moon, como solução para a humanidade, trazendo uma nova geração através do "papai" e "mamãe" Moon. Segundo a Bíblia, a queda do homem foi devido à sua desobediência a Deus e não pelo sexo, que é um dom de Deus para procriação  e felicidade do ser humano (Gn 1:27,28).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima