quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A visão do estabelecimento do reino eterno!

O capítulo 7 do livro de Daniel vem antes do capítulo 5. No capítulo 2 aprendemos que os impérios mundiais foram representados através de uma estátua. No capítulo em apresso (7), esses mesmos impérios são representados por um leão, um urso, um leopardo e um animal anônimo e terrivelmente espantoso (Dn 7:13,14,25,27).
Belsazar é identificado como o rei que governava quando Daniel teve as visões durante o seu sonho. O profeta procurou fazer o registro das mesmas por ter compreendido que se tratava de uma revelação séria da parte de Deus e que precisava ser publicada. Quando esse sonho e revelação foram dados, Daniel tinha, aproximadamente, 68 anos de idade. Ele foi para o cativeiro com cerca de 16 anos, 52 anos antes. A revelação lhe foi dada através de um sonho e visões (Dn 2:28 ; 4:5,10).
Daniel fala como se estivesse na praia do mar Mediterrâneo (Dn 7:2). Ele alí contempla, em sua visão, "os quatro ventos do céu combatendo o mar grande". O profeta Zacarias viu também algo semelhante ao que neste versículo é presenciado (Zc 6:5). O mar agitado visualizado por Daniel são as nações inquietas (Ap 17:15). A inquietação e a perplexidade das nações é uma característica dos tempos dos gentios, isso pelas crises, cada vez maiores, que surgem interna e externamente nas nações. Os ventos representam os poderes do mal que incitam e afligem as nações. Durante o reinado cruel da Besta, estas águas representam o estado de depressão e confusão pelo qual passarão os habitantes da terra (Lc 21:25).
O primeiro animal corresponde à cabeça de ouro da estátua descrita por Daniel no capítulo 2, isto é, Babilônia (Dn 2:32,37,38). O leão tinha duas asas, o que fala da rapidez nas suas conquistas, como bem revela a história. O segundo animal era semelhante ao urso (Dn 7:7). Isto corresponde ao peito de prata do capítulo 2, ou seja, o império Medo-Persa (Dn 2:32,39). No capítulo 8:20 o império Medo-Persa volta a ser representado por um carneiro. O urso se levanta sobre um dos lados, e tinha na boca três costelas. O lado que se levantou foi a Pérsia, que passou a ter ascendência sobre a Média. As três costelas na boca referem-se à conquista (pela Pérsia) de Babilônia, Lídia e Egito. O terceiro animal é o leopardo (Dn 7:6). Este correspondendo ao ventre de bronze do capítulo 2, à Grécia (Dn 2:32,39). No capítulo 8:5,21 a Grécia volta a aparecer sob a figura de um bode. O leopardo tinha 4 asas e 4 cabeças. As asas indicam rapidez e as cabeças falam da quádrupla divisão do Império Grego após a morte de Alexandre, a saber: Egito, Macedônia, Síria e Ásia Menor.
O quarto animal corresponde às pernas e pés da estátua do capítulo 2; ou seja, o Império Romano, e ainda à sua última forma de expressão, por ocasião da vinda de Jesus (Dn 7:7,8,11,19-24). Tinha dez chifres, e, dentre esses dez surgiu um pequeno. Três dos outros derrubados pelo chifre pequeno (Dn 8:24). O quarto animal seria um rei ou reino, como os demais animais (Dn 7:17,23). Esse animal tinha dentes de ferro. Seria o reino da força, ferocidade e do esmagamento, como foi o Império Romano. A visão do quarto animal com seus muitos detalhes é tão impressionante, que Daniel concentrou sua atenção sobre ele, querendo saber a que se referia (Dn 7:19,20).
Os dez chifres do versículo 7 correspondem a dez futuros reis (vs. 24). Esses futuros reis ou reinos correspondem aos dez dedos dos pés da estátua do capítulo 2:41,44, e aos dez chifres da besta do Apocalípse 13:1 e 17:12, a saber, ao anticristo e suas nações confederadas durante a grande tribulação. O chifre pequeno (Dn 7:8) representa o futuro anticristo. Ele, ao emergir entre dez reinos, abaterá três reis. O versículo 8 revela também que o anticristo será muito inteligente ("olhos" - vs. 8,20), e também um bom orador, comunicador que atrairá as massas ("boca que fala insolência" - vs 8,20 ; Ap 13:5,6).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

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