quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Josué 10:12-15 O Senhor peleja por Israel!

Josué, desde sua entrada em Canaã, enfrentou os cananeus e os derrotou. Mas agora, uma nova realidade surgiu. Quando Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, soube da aliança com os gibeonitas, uniu-se a mais quatro reis dentre os amorreus e decidiu praticar um massacre (Js 10:5). Entretanto, para vencê-los Josué precisava de tempo, por isso clamou para que o sol e a lua se detivessem até que ele vencesse seus inimigos (Js 10:12). O milagre deste dia foi confirmado pela ciência, como prova de que Deus atendeu a voz de um homem.
O povo de Deus sempre presenciou milagres operados mediante o poder de Deus. Ao brado de fé de Josué, o Senhor fez para o sol e a lua, numa desmonstração clara de que estava com ele naquela batalha, dando mais uma grande vitória aos filhos de Israel (Js 10:13).
Em meio a peleja Josué sentiu que precisava de mais tempo. O que ele fez? Orou ao Senhor: "Então falou Josué ao Senhor, no dia em que o Senhor deu os amorreus na mão dos filhos de Israel..." (Js 10:12). O apóstolo Tiago escreveu: "...a oração feita por um justo

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Josué 24:14-17 Escolhei hoje a quem sirvais!

Josué é uma das figuras mais belas e exemplares do Antigo Testamento. Sua vida deve servir de estímulo a todos nós que escolhemos servir a Deus em meio a tanta idolatria. Em Israel Josué se levantou com uma palavra de ordem e decisão: servir ao Senhor juntamente com toda a sua casa, ainda que isso lhe custasse o isolamento do povo. Entretanto, suas palavras acharam lugar naqueles corações duros e rebeldes, e assim Josué obteve a vitória desejada.
Após aconselhar os filhos de Israel, Josué tomou uma posição espiritual diante do desvio da nação: "eu e minha casa serviremos ao Senhor" (Js 24:15). Em nossa caminhada espiritual precisamos tomar decisões, pois delas dependem nossa vitória ou derrota. Josué escolheu servir ao Senhor. Que esta seja a decisão do povo de Deus hoje! (Sl 100:2).
Josué sabia que naquele momento não podia tomar decisão por Israel, pois diante de Deus cada dará conta de si (Rm 14:12). Durante sua vida, Josué tomou muitas decisões em favor do povo de Deus, mas agora, já velho, diante do desvio espiritual de Israel, Josué tomou uma decisão pessoal (Js 24:15). Ainda hoje o Senhor espera nossa decisão pessoal, a fim de nos abençoar com toda nossa família (At 16:31).
Dentre todas as decisões tomadas na vida de Josué, esta era a mais espiritual: servir ao Senhor. Às vezes tomamos decisões em nossas vidas que não dizem respeito ao serviço divino, são decisões puramente humanas (Gn 13:11). Mas a decisão de Josué até hoje ainda fala ao povo de Deus: "escolhei hoje a quem sirvais" (Js 24:15). Se escolhermos ao Senhor tomamos uma decisão espiritual que mudará todo o curso de nossas vidas (Mt 2:11,12).
Josué estava diante do Deus de Israel e diante de todo o povo (Js 24:1). Sua decisão naquele momento não era algo passageiro, mas era para sempre: "eu e minha casa serviremos ao Senhor" (Js 24:15). Ele deixava claro que desejava servir a Deus para sempre. A visão de Josué transpunha os portais da eternidade, onde estaremos para sempre com o Senhor (1ª Ts 4:17). Que o nosso serviço para Deus não se limite apenas a uma dispensação (1ª Co 9:17).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Josué 20:1-6 As cidades de refúgio!

Nas cidades de refúgio vemos a preocupação de Deus com a preservação da vida daquele que acidentalmente causou a morte de seu semelhante, enclausurando-o nestas cidades para livrá-lo do vingador. Tudo isto simbolizava Jesus, o refúgio perfeito, onde podemos hoje nos abrigar da fúria de nosso inimigo maior - Satanás.
As seis cidades de refúgio mencionadas na Bíblia têm um profundo significado espiritual. Estas cidades são uma imagem de Cristo, em quem encontramos o refúgio que nos salva da ira de Deus: "E será aquele Varão como um esconderijo contra o vento, e um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta" (Is 32:2).
Cada cidade indica o que encontramos em Cristo. Cades, ao norte, significa Santo. Quem se refugia em Jesus torna-se santo, pois santidade é a vontade de Deus para nossa vida (1ª Ts 4:3). Golan, também ao norte,  significa Gozo, que é o que encontramos quando aceitamos Jesus como nosso Salvador (Jo 15:11).
No centro está Siquém, que significa Ombro, lugar que suporta o peso. Encontramos em Jesus um ombro amigo que nos ajuda em nossa caminhada cristã (Mt 11:28-30). E também se localiza Ramote, que significa Exaltado, mostrando nossa nova posição em Cristo, nas regiões celestiais com os principes do seu povo (Sl 113:8 ; Ef 1:3).
No sul encontrava-se Hebron, que significa Comunhão, uma característica dos salvos em Cristo (Sl 133), e Bezer, que significa Fortaleza, é o que recebemos em Cristo para vencermos nossos terríveis inimigos (Ef 6:10).
Deus, na Sua misericórdia, reservou para os filhos de Israel cidades que oferecessem segurança e proteção para alguém que ferisse seu irmão sem intenção, pudesse escapar. Desta maneira o Senhor concedia uma oportunidade de julgamento e oportuna reconciliação. Isto alegra nossa alma, pois vemos Cristo simbolizado nestas cidades, trazendo-nos tudo o que necessitamos para nossa vitória espiritual.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Josué 13:1-7 Conquistando Novas Terras!

Durante aproximadamente 7 anos Josué continuou na liderança do povo de Israel e das suas guerras de conquista. Até a data da sua morte todas as principais batalhas foram travadas e ganhas. Após o sucesso dessas batalhas por Israel, a terra de Canaã foi finalmente demarcada e dividida, conforme as diretrizes divinas, mas cada tribo lutou pela posse do seu território. As terras a serem conquistadas faziam parte do plano divino dito a Moisés por Deus (Êx 23:29,30).
A declaração de Deus a Josué nos mostra a importância da conquista na vida de Israel. Talvez para o povo, agora na sua nova pátria, tudo estivesse bem. Entretanto Deus disse a Josué: "Já estás velho, entrado em dias; e ainda muitíssima terra ficou para possuir" (Js 13:1). A palavra do Senhor a Josué nos adverte que muitas vezes deixamos o tempo passar e não alcançamos as vitórias que Deus deseja para nossa vida espiritual.
Josué recebeu de Deus uma séria advertência acerca da terra de Canaã: muita terra ficou para conquistar. A promessa de Deus aos patriarcas era de que Israel possuiria toda a terra (Gn 13:14,15), e não simplesmente uma parte dela. Josué e os filhos de Israel haviam falhado, e agora o Senhor reclamava acerca disto. Na vida espiritual devemos lutar por todas as promessas de Deus em nossa vida, através de Jesus Cristo (2ª Co 1:20).
As promessas de Deus são tão grandes quanto a Sua pessoa (Ef 3:20). Deus havia revelado aos pais de Israel uma grande nação e um grande povo (Gn 13:16). E, agora, Deus dá a descrição do que ficou para Josué, revelando a grandeza da terra de Canaã (Js 13:2-6).
Os filhos de Israel falharam ao deixarem alguns povos em Canaã: "Porém os filhos de Israel não expeliram os gesureus, nem os macateus; antes Gesur e Macate habitaram no meio de Israel até ao dia de hoje" (Js 13:13). Certamente esqueceram-se dos mandamentos de Deus quando Ele disse: "Mas se não lançardes fora os moradores da terra de diante de vós, então os que deixardes ficar deles vos serão por espinhos nos vossos olhos, e por aguilhões nas vossas ilhargas, e apertar-vos-ão na terra em que habitardes" (Nm 33:55). Que o Senhor nos livre de deixarmos algo em nossos corações que nos impeça de alcançar a plenitude da vida espiritual.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Josué 8:3-8 A tomada de Ai!

Após o fracasso na primeira tentativa de conquista de Ai (Js 7:4,5), era chegado o momento dado por Deus para que aquela cidade fosse conquistada. Isto ocorreu porque o povo havia retirado a maldição que havia caído sobre ele devido ao pecado de Acã, e também se santificado. Agora que o mal havia sido eliminado, o povo podia ter a garantia de vitória. Quando o povo está em perfeita harmonia com os desígnios de Deus tudo se torna fácil, mesmo porque tudo aquilo que Deus havia prometido, através de Moisés, iria se cumprir.
Josué agora estava mais cauteloso na tomada de suas posições. Deus encorajou-o dizendo que tomasse todos aqueles que estavam disponíveis para a guerra (Js 8:3). Posição bem diferente daquela que Josué havia anteriormente tomado, menosprezando o potencial do inimigo, e saindo derrotado.
Em todas as coisas Deus nos ensina lições preciosas. A diferença entre os acontecimentos de Jericó e Ai é que em Jericó Deus ordenou os acontecimentos para que Israel conhecesse o Seu poder, e em Ai para que o povo tomasse conhecimento de sua própria fraqueza. Entretanto, tanto em um como em outro caso, o poder de Deus não se alterou.
Deus havia dito a Josué que todo aquele povo estaria em suas mãos (Js 8:1). As restrições sobre os despojos, que tinham estado em vigor e haviam levado Acã à morte, já não vigoravam. Agora os despojos e todo o gado seriam para o povo de Israel. Na tomada de Jericó nada deveria ser saqueado, porém em Ai o povo foi autorizado por Deus a se apossar de tudo que pudesse (Js 8:2). Deus muitas vezes nos testa antes de nos permitir gozar de bençãos.
A estratégia dada por Deus para a conquista de Ai foi diferente. Enquanto em Jericó o povo rodeou o muro, em Ai seria feita uma emboscada por detrás da cidade (Js 8:2). O exército montado por Josué era composto por 30.000 homens valentes e valorosos (Js 8:3), que foram enviados de noite. Josué também se acautelou quando colocou 5.000 homens entre Betel e Ai, para se prevenir contra uma possível ameaça que poderia vir de Betel (Js 8:12). Era grande a confiança de Josué na estratégia divina.
A forma que Deus determinou para a conquista de Ai, após a derrota na primeira tentativa, fez com que Israel, agora vitorioso, ficasse em condições de prestar culto a Deus através do altar (Js 8:30,31).
Somente Deus tem a estratégia para nossa vitória espiritual. Através de Sua Palavra Ele nos guia por Sua santa vontade. Josué deixou este grande exemplo, buscando ao Senhor, sendo vitorioso diante de seus inimigos e triunfando sobre eles (Js 8:26). Jamais desprezemos o conselho divino para nossas batalhas espirituais, pois o Senhor conhece melhor do que nós a astúcia do inimigo.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Josué 7:1,12,13,15 O pecado de Acã!

Israel acabava de conquistar, sob orientação divina, a cidade de Jericó. Deus havia demonstrado mais uma vez o Seu poder, após a travessia do Jordão. Diante destes dois significativos milagres o povo realmente estava consciente de que Deus estava com eles, e que Josué era um verdadeiro comandante que estava sob a plena e perfeita vontade de Deus. As conquistas deveriam continuar, pois havia ainda muita terra em Canaã para ser possuída, e isto fazia parte da promessa de Deus a Israel.
Em sua estratégia o comandante josué enviou alguns homens a Ai para espiar a terra (Js 7:2), da mesma forma como havia enviado espias à cidade de Jericó. Os espias voltaram de Ai um tanto presunçosos, achando que seria muito fácil conquistar aquela gente, cuja população chegava a 12 mil habitantes. Disseram a Josué que não havia necessidade de levar todo o povo para a batalha, tão somente 2 a 3 mil homens seriam suficientes (Js 7:3).
Diante da decisão humana não houve a interferência de Deus. Creio que a vaidade e o espírito de grandeza havia possuído alguns corações, até mesmo o de Josué, que, sem consultar a Deus, tomou a iniciativa própria de enviar cerca de 3 mil homens (Js 7:4). Toda vez que vamos enfrentar um inimigo, independente de como as circunstâncias se apresentam, devemos sempre antes de tudo, consultar a Deus (2º Sm 5:19).
Josué havia se esquecido de Gilgal, lugar onde foi levantado o altar após a travessia do Jordão; lugar do primeiro acampamento de Israel em Canaã; lugar onde Josué circuncidou a todos os homens que nasceram durante os 40 anos no deserto (Js 5:1-9); lugar onde foi celebrada a Páscoa (Js 5:10); lugar onde estava a Arca do Concerto. Enfim, Gilgal era o lugar onde estava a benção do Senhor para o povo de Israel.
Josué, que tinha sido até alí um tipo de Cristo, agora está buscando a misericórdia do Senhor (Js 7:6). Para Josué o resultado da desobediência foi imediato, muito embora outra coisa também já houvesse desagradado a Deus - a prevaricação de Israel quanto ao anátema de Jericó (Js 7:11). Os homens enviados por Josué à cidade de Ai saíram derrotados, sendo que 36 deles foram mortos.
Acã, além de roubar, cometeu sacrilégio. Ele disse: "...vi...cobicei-os...tomei-os...escondi..." (Js 7:21). Ele sabia da ordem do Senhor quanto aos despojos de Jericó, onde todo o ouro, toda prata, os vasos de metal e de ferro seriam consagrados, indo para o tesouro do Senhor, sendo que tudo o mais seria queimado no fogo (Js 6:24). Acã foi traído pela concupiscência dos olhos. Devemos tomar cuidado com tudo aquilo que é consagrado ao Senhor.
Em Cristo,

               Tarcísio Costa de Lima

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Josué 6:1-5 A tomada de Jericó!

Canaã foi conquistada pelos israelitas em três guerras, durante um período aproximado de sete anos. Jericó é chamada de Cidade das Palmeiras (Dt 34:3 ; Jz 3:13), visto que estava rodeada de palmeiras e situada em um verde oásis no vale do Jordão. Era cercada de muros, e naquela oportunidade estava fechada - ninguém saía e nem entrava (Js 6:1). A cidade tinha uma área de aproximadamente 32 km². Era uma cidade-fortaleza. Seus muros tinham cerca de 9 metros de altura e 6 metros de espessura. Jericó era considerada uma cidade invencível. A chave de toda a estratégia bélica de Josué era a conquista de Jericó, visto que ficaria demonstrado que o Deus de Israel era superior aos deuses cananeus.
Josué recebeu a visita do Príncipe do Exército do Senhor (Js 5:14). O anjo lhe ordenou para que tirasse as sandálias dos pés, visto que o lugar em que estava era santo (Js 5:15). Aqui fica claro que, antes de entrarmos em qualquer batalha, temos que estar em perfeita santidade com Deus. Nada adiantará lançarmos mãos de nossos próprios recursos. Se assim fizermos, a derrota é certa. Somente Deus pode nos garantir a vitória.
Era chegado o sétimo dia, dia em que o Senhor havia determinado que a cidade fosse rodeada por sete vezes (Js 6:4). Seria um dia de muito mais trabalho que os dias anteriores, quando a cidade foi rodeada por apenas uma vez. Neste dia todos madrugaram para iniciarem a marcha decisiva.
Após a cidade ter sido rodeada pela sétima vez, as trombetas foram tocadas longamente (Js 6:5). Então, sob o comando de Josué, o povo gritou de uma forma nunca antes vista, pois Josué naquele momento, declarou: "O Senhor vos tem dado a cidade!" (Js 6:16). Deus tem preparado o momento exato para entregar a vitória ao seu povo.
No instante que o povo de Deus gritou, os muros da cidade ruíram de uma forma esplendorosa, tendo o povo tomado a cidade. Eles haviam se posicionado para executar o juízo de Deus (Js 6:20), exterminando tudo o que havia em Jericó, com exceção de Raabe e sua família, como haviam prometido os espias quando ali estiveram (Js 2:14). Diante do juízo, Josué avisou ao povo que Jericó seria anátema ao Senhor, isto é, tudo que alí existia seria destruído pelo fogo, ficando tão somente reservado a prata, o ouro e os vasos de metal e de ferro, para o tesouro da Casa do Senhor (Js 6:24).
A destruição total dos cananeus era necessária para salvaguardar Israel da destruidora influência da idolatria e do pecado daqueles povos. Deus sabia que se aquelas nações ímpias continuassem a existir, os israelitas seriam facilmente influenciados e levados às práticas abomináveis ao Senhor (Dt 20:18).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Josué 3:13-17 A travessia do Jordão!

A Bíblia nos mostra que a travessia do Jordão foi um momento crucial para o povo de Deus. Josué estava confiante em Deus em primeiro lugar, bem como na resposta trazida pelos espias fiéis "certamente o Senhor nos deu toda esta terra nas nossas mãos, e todos os seus moradores estão desmaiados diante de nós". Como é bom confiar em Deus. Chegara o momento de avançar para junto do Jordão. Por ordem de Josué o povo marchou e acampou próximo do jordão. Restava agora a travessia.
O povo só deveria deixar o lugar quando observasse que os sacerdotes levitas estavam conduzindo a Arca. Este era o sinal para a partida. A Arca configurava a presença do Deus vivo no meio de Israel (Js 3:10).
Para o início da caminhada deveria ser observada uma distância mínima de aproximadamente 900 metros (2.000 côvados) entre a Arca e o povo, uma vez que todo o povo deveria ver a Arca (Js 3:4). Esta distância era para que também o povo pudesse ver o caminho que estaria trilhando, lembrando que o Deus Todo Poderoso estava presente. Tudo foi feito para incutir neles o fato de que o rio fôra cortado pela presença da Arca. Sempre que avançamos por um caminho desconhecido, a Arca da Aliança, que simboliza Cristo, deve nos preceder (Is 52:12).
Josué exortou o povo a se santificar antes da partida (Js 3:5). Este ato de santificação demonstrou que Deus só iria operar poderosamente em favor de Seu povo, se este estivesse intimamente puro e em harmonia com a Sua vontade. Antes de pedirmos para que Deus opere sinais e maravilhas em nosso meio, precisamos verifivar se nosso coração é limpo e se nossos desejos estão verdadeiramente sob a orientação do Espírito Santo.
Josué ordenou que os sacerdotes tomassem a Arca e começassem a caminhada. Neste momento, o Senhor mais uma vez confirmou a Josué a sua disposição de continuar abençoando-o na liderança do povo, assim como aconteceu com Moisés (Js 3:7). Também foi dada ordem para que os sacerdotes, ao chegarem à borda das águas do Jordão, parassem (Js 3:8). Era primavera, e o rio havia crescido com o degelo da neve do monte Hermon, e isto era uma grande dificuldade para os hebreus. O Jordão transbordava e era grande a correnteza de suas águas, dificultando tremendamente qualquer tipo de travessia.
O milagre do Jordão serviria para semear o terror nos inimigos de Israel e para dar testemunho a todos os povos do poder e da fidelidade de Jeová (Js 4:23,24 ; 5:1). De acordo com a determinação divina (Js 3:8), os sacerdotes que estavam levando a Arca, ao chegarem a borda do rio Jordão, pararam. Somente um Deus fiel e poderoso se atreveria a tamanha façanha.
A passagem do Jordão exalta o poder de Deus na vida do Seu povo Israel e aponta para nossa vitória em Cristo (1ª Co 15:57). Tudo começou com a santificação do povo de Deus para que uma grande maravilha pudesse ser realizada no meio de Israel (Js 3:5). A lição de Israel mostra-nos que sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12:14), pois ela é imprescindível para o dia do arrebatamento da igreja (1ª Ts 5:23).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Josué 2:1-7 Raabe e os espias!

Josué enviou dois espias para secretamente examinar a terra, principalmente Jericó, ponto estratégico para a conquista de toda a terra prometida. Alí chegando, os espias foram em busca de informações, e entraram na casa de uma mulher prostituta, de nome Raabe.
Josué escolheu dois homens de sua confiança e os enviou para a secreta missão de espiar Jericó. A viagem durou cerca de três horas. Eles saíram à tarde e chegaram à noite (Js 2:1). Ainda hoje a obra de Deus precisa de pessoas destemidas e corajosas para missões especiais, a fim de descobrir os segredos do inimigo.
A Bíblia afirma que, ao chegarem em Jericó, os espias entraram na casa de uma prostituta, cujo nome era Raabe (Js 2:1). Com certeza os espias não revelaram àquela mulher o propósito de sua missão. Não sabemos portanto como tal notícia chegou até o rei de Jericó (Js 2:2), que enviou emissários à casa de Raabe para certificar-se do que havia ouvido. Como resposta Raabe confirmou que verdadeiramente os homens haviam estado alí, porém já tinham ido embora.
Para guardar os espias, ela usou de sutileza, escondendo-os no telhado da casa, entre as canas de linho (Js 2:6). Convém destacar que a mentira de Raabe não serve como justificativa para mentira por parte dos crentes de hoje, quando estamos vivendo na Dispensação da Graça. Naquela ocasião Raabe ainda não fazia parte do povo de Deus enão estava submissa às leis morais do concerto. Sua mentira nunca teve aprovação das Escrituras, que somente aprovam sua fé e obras (Hb 11:31; Tg 2:25). Deus jamais se valeria deste expediente de Raabe para executar seu plano no que diz respeito a cumprir suas promessas, ou mesmo para proteger os espias.
De alguma maneira o Espírito Santo trabalhou no coração de Raabe, encontrando um lugar para o temor de Deus (Pv 1:7). Desta forma esta mulher gentílica temeu a Deus e foi salva. Ela creu na destruição iminente de sua cidade e buscou o caminho de sua própria salvação (Jo 20:29).
Não temos explicação para justificar porque os espias foram à casa de Raabe, uma mulher de vida duvidosa. Todavia eles agiram assim por inspiração divina, pois ela era uma grande necessitada da misericórdia de Deus. Jesus disse: "O Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido" (Lc 19:10). A grande pecadora Raabe tinha seu coração inclinado para o Senhor, e aprouve ao Deus de toda a graça estender-lhe o manto de sua salvação (Jo 3:16).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

Josué 1:1-6 A chamada de Josué!

O nome Josué significa "salvação de Jeová". Filho de Num, da tribo de Efraim, Josué nasceu no Êgito (Nm 13:8,16) e a primeira menção do seu nome se encontra no livro de Êxodo (Ex 17). Anteriormente ele se chamava Oséias, passando a ser chamado de Josué por determinação de Moisés. Durante sua vida revelou traços marcantes de uma personalidade altruísta e um coração fiel. Josué morreu com 110 anos e seu nome permanece na memória dos judeus, e também da igreja, devido às qualidades espirituais positivas que demonstrou no exercício da liderança espiritual do povo de Deus.
Josué, antes de assumir a liderança do povo, já vinha sendo o "servo de Moisés", que nunca se apartava da tenda (Ex 33:11). Por isso Deus o nomeou sucessor de Moisés, capacitando-o para tal obra.
Moisés, na sua condição de líder, estava preocupado com todo aquele povo, pois ele sabia que seus dias estavam findando. Ele pediu ao Senhor que levantasse um homem (Nm 27:15,16). Por ordem de Deus Josué é chamado à tenda para receber a incumbência divina revelada a Moisés (Dt 31:14).
Josué, tendo dado provas de sua fidelidade ao seu líder Moisés e acima de tudo diante de Deus, foi levantado por Deus e recebeu a imposição de mãos de Moisés. Em Josué habitava o Espírito de Deus (Nm 27:18-23). Como seria bom em nossos dias, se todo líder buscasse ao Senhor pedindo que Deus levante aquele "que saia adiante deles, e que entre adiante deles" (Nm 27:17).
A chamada de Josué foi para liderar o povo após a morte de Moisés. Josué foi chamado para conduzir o povo na conquista de Canaã. Antes, porém, ele foi encorajado pelo próprio Moisés (Dt 31:7). Levando-se em conta a tipologia bíblica, Josué no Antigo Testamento é o tipo de Jesus no Novo Testamento. Seu nome deriva-se do hebráico Yehoshua (Yahweh é salvação - O Senhor é salvação). Moisés mudou o seu nome de Oséias (salvação) para Josué (Yehoshua) (Nm 13:8,16).
O Novo Testamento apresenta um grande exemplo de chamada divina, quando foram separados Barnabé e Saulo (At 13:2-4). O Espírito Santo falou nominalmente quais os homens que seriam separados para saírem a pregar a Palavra de Deus.
Josué foi especialmente levantado por Deus para ser o sucessor de Moisés, tendo, portanto, de concluir uma obra de envergadura, a condução do povo hebreu, que havia saído do Êgito, rumo à Canaã. Ele deveria estar preparado para inúmers circunstâncias ainda desconhecidas. Deus o animou e orientou quanto a sua maneira de ser diante da nação de Israel. O grande segredo de seu sucesso deveu-se, sem dúvida, ao fato de ter ele alcançado de Deus a promessa de que Jeová seria com ele como havia sido com seu antecessor Moisés.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima