quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Minha opinião sobre oração nos montes!

Meus irmãos, quanto a cultos em montes, tenho sim objeções. Não só em relação a montes, pois, em cidades brasileiras desprovidas de montes, o povo ora no meio do mato mesmo! Não sei se você sabe, mas o mormonismo, de Joseph Smith Jr., começou quando esse homem estava orando no meio do mato! Um anjo chamado Morôni se apresentou e... Bem, lugares assim costumam reunir pessoas voltadas ao misticismo, desprovidas de discernimento espiritual, sendo presas fáceis de espíritos enganadores e doutrinas de demônios (1 Tm 4.1; Gl 1.8).
Moisés esteve na presença do Senhor no monte, que fumegava enquanto ele com Deus falava, como lemos em Êxodo 19. Isso sim é sobrenaturalidade! Jesus orava no monte também. E, na Transfiguração (e somente nesse caso), houve uma manifestação sobrenatural (Mt 17.1-13), embora nada comparável a supostos gravetos incandescentes...
Por outro lado, quais dos apóstolos oravam no monte? Para onde Pedro e João estavam indo, na hora da oração? Ao templo (At 3.1). Onde Pedro estava orando quando o Senhor lhe deu uma visão acerca da evangelização dos gentios? No terraço de uma casa (At 10.9). Nota-se que já nos tempos da igreja primitiva não se orava em montes.
Mas, por que o Senhor Jesus orava no monte? Porque queria ficar a sós com o Pai (Mt 14.23; Lc 9.18), e isso não seria possível na casa de alguém, devido ao assédio do povo, nem nas sinagogas, onde Ele era persona non grata (Lc 6.12; 22.44). Observe, porém, que Ele também orava em lugares desertos, não necessariamente em montes (Lc 5.16). E que não realizava cultos em lugares assim; Ele apenas fazia isso para ficar a sós com o Pai.
Jesus orava nos montes e lugares desertos porque não havia na época templos como os de hoje. Mas Ele foi claro, ao dizer: “A minha casa será chamada casa de oração” (Mt 21.13). E também afirmou: “... quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai...” (Mt 6.6).
Não chega a ser uma heresia orar em montes, vales ou no meio do mato. Mas, se não houver segurança, fazer isso é tentar ao Senhor. O crente que tem comunhão com Deus sabe que o Senhor ouve a sua oração no templo, em casa e em qualquer lugar (Mt 18.20; 1 Tm 2.8). Se houver um monte seguro, que não ponha em risco a integridade física dos freqüentadores, não vejo problema em freqüentá-lo. Agora, essa história de que os gravetos pegam fogo em cima do monte é misticismo puro!
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Igreja e suas finalidades!

A Igreja não existe para fins políticos.


Organizações humanas podem e devem cuidar disto, menos o povo que Deus escolheu para celebrar Sua glória e exaltar Sua majestade.
A Igreja não existe para fins comerciais.
Sua destinação não é tornar-se uma empresa com fins lucrativos, uma administradora de assuntos desta Terra.
A Igreja não existe para fins comerciais e/ou financeiros.
Ela não é um Banco para se ocupar em administrar fundos de pensão, ações da Bolsa de Valores ou empréstimos pessoais ou coletivos.
A Igreja não existe para substituir o Governo.
Universidades, Escolas, hospitais, creches, asilos, casas de misericórdia são coisas muito boas e necessárias, mas Jesus não criou a Igreja para executar essas tarefas.
A Igreja não existe para promover shows beneficentes, espetáculos folclóricos, exposições de arte ou algo parecido.
A Igreja existe para adorar a Deus em espírito e em verdade, sobrepondo-se a todas as formas levianas, lineares e superficiais de religiosidade e de crendice popular.
A Igreja existe para evangelizar o mundo perdido e apontar-lhe o caminho para as grandes transformações que somente Deus pode realizar.
A Igreja existe para fazer eventos evangelizantes que atraem as massas ou pequenos grupos e lhes oferecem condições de vida superior, através da regeneração e da consagração de vidas.
A Igreja existe para demonstrar o poder sobrenatural de Deus, quer para salvar, quer para curar, quer para restaurar.
A Igreja existe para atrair a glória de Deus, que a faz tornar-se sal da terra e luz do mundo.
Se você não evangeliza, meu irmão ou minha irmã, qual é o seu papel na Igreja?
Se você não traz pessoas para ouvirem a Palavra de Deus, qual é a sua participação no crescimento do Rebanho de Cristo?
Se você não fala de Cristo para as outras pessoas, quem fará isto em seu lugar?
Sejamos Igreja verdadeira, genuína, atuante, ocupada, disposta, determinada e comprometida com os verdadeiros propósitos de Deus.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A Ética Cristã nos Relacionamentos!

A pessoa que aceita Jesus como seu Salvador tem a sua maneira de agir totalmente modificada, pelo fato de, com o novo nascimento, tornar-se uma nova criatura, que passa a atuar de maneira diferente e a frequentar ambientes também diferentes. No dizer de Paulo, o cristão é uma carta lida pela sociedade: "Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens". E ainda: "Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo" (2ª Co 3:2,3).
Uma série de fatores atua no ser humano e dá motivo para que a pessoa venha agir ou reagir desta ou daquela maneira. Estes agentes atuantes podem ser de natureza interna, isto é, partindo do próprio indivíduo, como também pode ser de natureza externa, partindo de estímulos ambientais. Seja de uma ou de outra forma, o homem tem sempre condições de reagir ao estímulo com uma resposta que é o seu comportamento, através do qual ele ficará conhecido no seu meio ambiente (Pv 12:8).
O livre-arbítrio é a liberdade de escolha. Ele pode preferir o obedecer ou o desobedecer a Deus, através de suas palavras, de seus atos, de suas ações. Entretanto, deve ser notado que liberdade implica em responsabilidade. O mesmo Deus que criou o homem, dotando-o de livre-arbítrio declarou que do uso dessa liberdade dependeria a sua felicidade (Dt 30:19; Gl 5:13).
O verdadeiro cristão procura comportar-se de maneira a agradar a Deus. Por essa razão, procura ser um imitador de Cristo, pois sabe que o mundo e a igreja são dois grupos distintos. O mundo está sob o domínio de Satanás (Jo 12:31); a igreja pertence exclusivamente a Deus (Ef 5:23,24; Ap 21:2). Amar o mundo significa dedicar-se aos seus valores, interesses e prazeres. Significa ter satisfação naquilo que ofende a Deus.
O cristão deve ser íntegro tanto em suas ações (Mt 12:33; Rm 6:22) como em suas palavras (Cl 4:6; Mt 5:37). Cabe ao mesmo, andar com sabedoria e ter uma palavra sempre agradável e temperada. A conversa do crente deve ser cativante, amável e graciosa. Os filhos de Deus devem ter uma linguagem originada na graça de Deus e marcada pela pureza (Ef 4:29). Linguagem e atitude indecentes podem se tornar em hábitos tão arraigados que estouram subitamente em circunstâncias inesperadas (Mc 14:71).
A Bíblia é o único livro que tem por autor o próprio Deus. Ela é um instrumento útil para ensinar o homem a comportar-se de maneira correta em relação a Deus, ao seu próximo e até com relação a si mesmo. A pessoa que aplica os ensinamentos da Palavra de Deus à sua vida profissional, certamente terá um comportamento exemplar. Esse equilíbrio moral é o que conduz a vida a uma existência mais feliz, porque a Bíblia prevê uma vida de bom comportamento, de pureza, se santidade (Sl 34:12-14).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Ética Cristã e o Trabalho!

Neste artigo abordarei a nossa relação ética com o nosso trabalho de modo geral, tendo em vista que o nosso comportamento como cristãos é fundamental para brilhar nesse mundo. Cristo está interessado em tudo que acontece conosco, inclusive com o nosso sustento. Como a finalidade de Deus para o homem é a realização perfeita deste e conhecendo a sua própria criatura, o Senhor providenciou também o trabalho como forma de alcançar o seu desejo.
Quando o Senhor estabeleceu todo o jardim do Éden, deu ao homem um trabalho específico: cuidar de toda a natureza (Gn 1:28-30). A vantagem é que o alimento já estava alí pronto. Não havia necessidade de arar a terra, plantar e aguardar a ceifa (V.29). Não precisava derramar suor do rosto para poder se alimentar. A terra e a natureza cooperavam com o homem para prover o seu sustento de forma agradável.
O trabalho satisfaz necessidades físicas e emocionais. Também do fruto do trabalho, o homem alimenta a si e sua família, além de obter proteção através de moradia e atender outros interesses. Também oferece oportunidade de o homem desenvolver sua criatividade, vocação e talento. Além disso, o trabalho é necessário tanto para atingir objetivos próprios quanto para os outros. Não é só uma satisfação plena pessoal, mas também de utilidade para o próximo (Pv 13:11; Ec 5:9; 2ª Ts 3:8).
Por ter a visão que ultrapassa valores pessoais, o cristão faz do seu trabalho uma expressão prática de seu amor aos outros. Os interesses pessoais estão aquém dos da comunidade (2ª Co 11:9). Este é o pensamento de Deus para os seus, porém vivemos numa sociedade edificada sobre estruturas iníquas, em que o outro só é visto como competidor ameaçando nosso lucro maior (Fp 2:3,4). Infelizmente, muitos cristãos, com todas as características de bons religiosos, se acomodam às iniquidades e passam a agir como se tudo fosse normal e os valores fossem outros.
Só se conhece o talento de alguém, quando manifestado. É impossível conhecer uma linda voz sem que a pessoa abra a sua boca e cante. É pelo uso das habilidades que vamos conhecendo nosso semelhante com suas capacidades: "Somente somos capazes de reconhecer as habilidades e a grandeza de nossos semelhantes, quando se expressam no trabalho que fazem" (1ª Tm 4:14).
O trabalho, o salário, as decisões são bençãos do Senhor para o nosso crescimento pessoal. Quando assim entendemos, desfrutamos de cada uma delas com mais alegria e vontade de ser cristãos úteis ao próximo e à causa do nosso Deus. Por meio do nosso trabalho podemos mostrar as bençãos do Senhor a muitas pessoas. Essa é mais uma forma atarvés da qual podemos exercer o nosso sacerdócio em nome de Jesus Cristo. Você já pensou que através do seu trabalho você faz parte da estratégia de Deus para transformar este mundo?
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

A Ética Cristã na Cidadania!

O Novo Dicionário Aurélio define "cidadão" como o indivíduo no gozo dos direitos civís e políticos de um Estado, ou no desempenho dos seus deveres para com este, e cidadania como qualidade ou estado de cidadão. A questão da cidadania nem sempre tem sido vista com atenção pelos crentes. Talvez porque lhes falte maior conscientização sobre o assunto. O fato é que ao relegar a discussão do tema a um segundo plano, deixamos de abrir canais importantes para o cumprimento de nossa missão cristã. Os deveres e direitos do cidadão, conforme preconizados pela Constituição Brasileira, oferecem amplas condições para vivência, testemunho e proclamação das verdades bíblicas.
A Bíblia aborda o tema cidadania. As verdades bíblicas acerca do valor do homem, como ser criado por Deus, dotado de inteligência e livre arbítrio estão perfeitamente estabelecidas nas Escrituras Sagradas (Gn 2:15-17). Embora os termos "cidadão" e "cidadania" não apareçam no texto sagrado, têm tudo a ver com a mensagem bíblica, que nos oferece belos exemplos de como o "outro" pode e deve ser valorizado e respeitado em sua individualidade (At 22:25-29).
O Estado de Direito é o regime que deve nortear todas as iniciativas nacionais de acordo com a Constituição Brasileira. Este "direito" se fundamenta na soberania do país, na cidadania das pessoas que vivem nesse país, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, da livre iniciativa e no pluralismo político. A Bíblia, como nossa "Constituição Divina", também nos garante direitos soberanos como cidadãos dos céus (Ef 2:19).
Ir e vir é um direito assegurado a toda e qualquer pessoa, seja em que lugar ela estiver em todo o território nacional, desde que o país esteja desfrutando de paz e sobre ela não pese qualquer ordem judicial restritiva nem esteja em flagrante de delito. Embora não seja explícita em relação ao assunto, a Bíblia trata da capacidade individual do ser humano de escolher o seu próprio caminho, mesmo, muitas vezes, contrariando a vontade de Deus (Is 55:8,9; Rm 14:12; 1ª Co 6:12; 10:23).
A idéia embutida no Direito de Igualdade perante a Lei é a da condenação de qualquer discriminação. O fato é que nenhuma restrição pode ser feita a quem quer que seja "em razão da sua condição pessoal, econômica ou social; das suas condições de sexo, idade, raça ou naturalidade; das suas condições de consciência política, credo religioso ou convicção filosófica". Sobre este tema, a Bíblia é bem explícita, ao ordenar a não se fazer acepção de pessoas e ao condenar a discriminação (Dt 16:19; Rm 2:11; Ef 6:9; Cl 3:25).
Diante do exposto acerca dos direitos e deveres do cidadão, e suas implicações para a vida do cristão, somos desafiados a trabalhar em prol da efetivação da justiça em nosso país; divulgar os direitos e deveres da cidadania; reconhecer os direitos dos outros e a cumprir nossos deveres. Devemos colocar em prática esses mandamentos, pois Jesus nos ensina a amar a Deus e ao próximo. Quem os pratica, exerce a cidadania e frutifica na sua relação com a sociedade.
Em Cristo,

               Tarcísio Costa de Lima 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Ética e a Responsabilidade Social do Cristão!

O Novo Testamento define a Igreja, como o corpo de Cristo (Ef 1:22,23). Dessa forma, tudo o que a Bíblia ensina acerca da pessoa de Jesus Cristo deve ser aplicado à Igreja como expressão completa de sua própria imagem. Esta imagem é refletida através de nossas ações na área social para os necessitados. Os filhos de Deus devem ser generosos, pois é uma das qualidades do cristão, que expressão em suas vidas a graça do Senhor Jesus. A Igreja, portanto, é o canal de Deus para abençoar todas as pessoas que precisam de ajuda.
O homem é responsável por seu próximo (Lv 19:18). Isto é claramente ensinado nas Escrituras. O que aparentemente não é óbvio a alguns cristãos, é que esta responsabilidade, no aspecto social se some às espirituais (Gl 6:10). O mandamento das Escrituras apóia a posição de que o dever do cristão para amar inclui as dimensões sociais, bem como as espirituais do amor (1ª Co 13:3).
Aprendemos, desde o princípio com Caim e Abel (Gn 4:9), a questão da responsabilidade. A resposta de Caim é um sinal claro que Deus o responsabilizara por seu irmão Abel. Na Lei, o Senhor responsabilizou-nos pelos cuidados uns dos outros (Lv 19:32-34). A responsabilidade dos homens pelos outros, mediante um governo, é vista no decurso do restante da Bíblia (Dn 4:17; Rm 13:1-7).
A responsabilidade não é meramente proteger vidas inocentes; também inclui fazer o bem em prol dos outros (3ª Jo 2). O ensino do Antigo Testamento torna o homem responsável por amar seu próximo como a si mesmo. Jesus disse que o amor é a essência da lei moral (Mt 22:39). Por isso, devemos atentar para a regra áurea da Bíblia (Mt 7:12).
O que os cristãos às vezes não percebem, é o fato de que a responsabilidade de amar às outras pessoas se estende à totalidade da pessoa (1ª Jo 3:17,18). Ou seja, o homem é fundamental para o bem-estar deste mundo (Ef 5:28,29). E, como residente desta limitação do tempo e do espaço, o homem tem necessidades físicas e sociais que não podem ser isoladas das necessidades espirituais (Mt 14:14,16).
A Bíblia ensina que devemos amar ao próximo como a si mesmo, isto é, a todos indistintamente. Isto subentende que a pessoa deve amar de tal maneira que beneficie o maior número de pessoas possível, não apenas seus vizinhos imediatos. Quando o amor é distribuido desta maneira, entre o maior número possível de pessoas, torna-se um ética social construtiva. Sem isto, pode tornar-se um projeto destrutivo. Porque nesta eventualidade, nem todos receberiam uma quantidade relevante de amor. O verdadeiro amor é contagioso.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Ética Cristã no aconselhamento pastoral!

As pessoas necessitam de valores e sentidos sadios para serem sadias. A epidemia de confusão moral e distorção de valores existentes em nossa sociedade é a sementeira na qual se criam muitos dos problemas que atingem as pessoas, levando-as a buscarem aconselhamento e terapia. Muitas pessoas que procuram assistência pastoral para problemas pessoais sofrem de consciências distorcidas. Muitas vezes, elas não estão conscientes das raízes éticas de sua dor. Em nossa sociedade, os líderes cristãos precisam desenvolver aptidões eficazes para guiar as pessoas através dos valores éticos centrados na Bíblia Sagrada (Sl 119: 9-16).
Ajudar as pessoas a avaliar seus valores e seu estilo de vida, de cura e restauração, constitui o cerne do processo de maturação. A Igreja é chamada a ser uma comunidade de orientação e formação moral.
O papel dos líderes é ajudar a criar os valores normativos de conduta e contribuir com o amadurecimento da congregação através do aconselhamento. A sabedoria bíblica sobre valores éticos e saúde moral constituem-se uma parte inestimável dos subsídios referentes ao processo de tomada de decisões no aconselhamento. É triste, mas é verdade que, "na estrutura e no rítmo da vida de modernas congregações, não há lugar onde se esperar uma discussão séria sobre o estado de nossa alma" (Ez 34:4; Pv 24:11,12).
A culpa gerada por alienação do próximo é uma forma de problema humano com que o ministério pastoral tem tido uma familiaridade mais longa e profunda. Em parte por insistir em que relacionamentos humanos rompidos implicam uma ruptura no relacionamento do homem com seu Criador (Is 59:2). O ministério local deve tratar a necessidade humana de reconciliação com muita seriedade (Ec 12:13). A função de reconciliar, combinada com a de curar é a melhor esperança para uma igreja que anseia por uma maior transformação (2ª Co 5:18,19).
Infelizmente, muitos conselheiros cristãos não levam a culpa tão a sério quanto justificam seus efeitos destrutivos. Ao rejeitar o moralismo legalista como destrutivo e não-cristão, os líderes devem descobrir quais os métodos eficazes para resolver o problema da culpa e ajudar as ovelhas a desenvolver consciências sadias e construtivas (Sl 32:1-11; Hb 13:17). É imperativo que assim façam, pois um sentimento de culpa segue muitos crentes como uma sombra, quer ele o saiba, quer não. A culpa é, certamente, o fator cruscial nos problemas de muitas das pessoas que procuram ajuda pastoral (Sl 51:1-10).
As igrejas têm a responsabilidade de cuidar dos crentes, de fazê-los discípulos, alimentá-los com a Palavra e protegê-los: "Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com seu próprio sangue" (At 20:28). Deste modo, o aconselhamento deve fazer sempre parte do exercício ministerial.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A Igreja e o relativismo ético!

O termo "relativismo" serve para designar uma doutrina que afirma que as verdades morais variam conforme a época, o lugar, o grupo social. É uma concepção filosófica segundo a qual nada é definitivamente certo ou absoluto. O relativismo nega os valores fundamentais da fé cristã incentivando o próprio homem a criar seus próprios métodos de comportamento. Se o indivíduo é quem determina as questões morais, então o convívio social tende a se tornar anárquico. Isto é o que se vê na sociedade atual, que aprova certas atitudes e atividades, embora elas sejam claramente identificadas como pecado na Bíblia.
A história sobre a realidade humana baseia-se em três diferentes aspectos, os quais, veremos mais adiante. Entretanto, vale ressaltar que, as consequências do pecado afetam a ordem do próprio Universo. Muitas pessoas têm pouco entendimento sobre o termo pecado. Tendemos a pensar que isso significa havermos quebrado umas poucas regras, cometido alguns erros. Então nos desculpamos e continuamos a viver indiferentemente.
O homem foi criado por Deus conforme a sua "imagem e semelhança" (Gn 1:26,27), recebendo do Criador a autoridade sobre o restante da criação; tendo, porém, a responsabilidade de administrá-la com responsabilidade e lisura (Gn 1:28-31; 2:15). A morte não tinha lugar na criação original. Ela entrou na experiência humana porque o próprio mundo físico - inclusive nossos corpos - foi danificado pela Queda. Desde que ocorreu tal fato, a criação ficou "sujeita à corrupção", e só se libertará na redenção final (Rm 8:21).
A opção do homem pelo pecado foi um ato livre e característico de desobediência ao Criador. A obediência a Deus não é uma questão de seguir regras arbitrariamente impostas por um mestre severo. Mas um meio de entrar na vida real, uma vida cheia de significado e propósito: "Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal... escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente" (Dt 30:15-19). Fomos feitos para amar a Deus, o qual nos deu a capacidade de escolha. Os seres humanos não são marionetes, mas agentes capazes de alterar o curso da história com as suas opções.
Se a tarefa de Deus foi uma obra de construção e, antagonicamente a obra do malígno foi uma atuação de destruição daquilo que Deus havia estabelecido, por outro lado, a missão de Cristo é realizar a grande obra de reconstruir (reconciliar) a vida do homem decaído no pecado. Isso já estava estabelecido desde o Éden, quando vemos a promessa de que da descendência da mulher nasceria aquele que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3:15). A reconstrução da vida, reaproximação de Deus, salvação e vida eterna são dadas ao homem através de Jesus Cristo, pela fé no seu sacrifício redentivo (Jo 3:16; 1ª Co 6:20).
Na conclusão de sua mensagem aos Gálatas, o apóstolo Paulo enfatiza que a liberdade cristã deve conduzir à experiência e demonstração do fruto do Espírito, a saber: o amor, gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fé, a mansidão e a temperança. E o texto de Gálatas 5:22,23 arremata: "Contra essas coisas não há lei".
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima  

A Ética Cristã e a Imoralidade!

A imoralidade é o oposto da moral. É o contrário à moral e aos bons costumes. Muitos pensam que a imoralidade está relacionada apenas com as práticas sexuais devassas e libertinas. Quando falam de imoralidade pensam apenas em falhas na área sexual. É um sério engano. A imoralidade está relacionada com todas as esferas da vida humana, o trabalho mal remunerado pode ser considerado uma imoralidade, aliás, isso é uma séria imoralidade. A necessidade do próximo de trabalho ou de assistência médica, escolar, espiritual, entre outras, não nos dá o direito de explorá-lo, humilhá-lo. Quando isso ocorre num relacionamento humano, torna-se uma imoralidade.
O sexo é uma criação de Deus. A Bíblia diz que quando Deus fez o homem o fez sexuado: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou" (Gn 1:27). Depois de Deus ter feito o homem sexuado, homem e mulher, a Bíblia nos diz que Ele achou tudo quanto fizera muito bom: "E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto" (Gn 1:31), inclusive o sexo.
A fornicação é a relação sexual antes do casamento. É uma prática reprovada por Deus. Houve na igreja de Corinto tantos crentes caindo neste pecado, que Paulo quando soube do que estava havendo entre eles, enviou-lhes uma carta de reprovação (1ª Co 5:1-5).
O adultério é a relação sexual de uma pessoa casada com outra que não seja seu cônjuge, é algo imoral, por ser um desrespeito ao cônjuge que ignora tal traição ou envolvimento (Pv 6:32).
A prostituição é a prática do sexo fora do casamento. Ela se caracteriza pela venda do corpo. Na prostituição ele é reduzido a um mero objeto, ou máquina de liberação dos desejos mais obscenos e baixos (Jr 13:27).
Todas essas imoralidades na área sexual entre outras têm sido incentivadas pelos programas de televisão, filmes, novelas e até propagandas. As revistas e jornais com contos eróticos imorais e com figuras obscenas são facilmente vendidas em vários lugares de qualquer cidade. Há em nossa sociedade indústrias de pornografia e empresas de prostituição que vivem em franco progresso.
O nosso mundo está como Sodoma. Mas, não pensem que a imoralidade de Sodoma era apenas na área sexual. Havia de fato aberrações sexuais em Sodoma (Gn 19:1-8). Porém, havia também imoralidades sociais (Ez 16:49). A imoralidade não diz respeito apenas à área sexual, mas também à social. Em todos os sentidos, a imoralidade faz mal ao próximo. Em qualquer área do relacionamento humano, no lar, no trabalho, na igreja, na escola, a imoralidade avilta o próximo.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Ética Cristã na Sexualidade!

A nossa sociedade, ao que tudo indica, está obcecada pelo sexo. O sexo fora do casamento, a homossexualidade, o estupro, a prostituição infantil e a pornográfia são práticas cada vez mais aceitas em nossa sociedade. Tudo com uma dose de exibicionismo e contestação. O sexo é utilizado até nas propagandas. Como manter uma ética cristã sexual em meio a uma sociedade tão pervertida sexualmente? Somente através dos conceitos exarados na Palavra de Deus. Praticando-os, seremos santificados e purificados em meio a uma geração perversa.
O sexo é o instinto que atrai um sexo para o outro (Gn 2:24), é a soma total de todas as diferenças físicas e anatômicas que distinguem o homem da mulher. Mas o sexo envolve muito mais do que o instinto físico. A Bíblia ensina verdades acerca do sexo e seu uso como benção de Deus para nossas vidas (Pv 5:15-18).
O sexo é originalmente bom (Ec 9:9). Quando Deus criou os seres humanos, Ele nos fez homens e mulheres e declarou que a sua criação era boa (Gn 1:27,31). O que Ele fez reflete a sua bondade: "Tudo que Deus criou é bom..." (1ª Tm 4:4). O objetivo de Deus através do sexo é dar ao casal a felicidade física, mas também o equilíbrio emocional (Ec 4:9-12).
Em Gênesis, lemos: "E Deus os abençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a..." (Gn 1:28). O sexo não é somente poderoso para fazer o homem e a mulher "uma só carne", mas de multiplicar seres humanos, pessoas que continuarão a espécie na terra. Todos os seres humanos são fruto de um ato sexual (Gn 4:1,2), que precisa ser preservado dentro dos padrões bíblicos (Lv 18:6).
É óbvio que o sexo precisa ser controlado (1ª Co 7:1,2). A força do sexo precisa ser canalizada para felicidade do homem. O casamento é o meio escolhido por Deus para dirigir e regular o grande poder do sexo: "Por isso deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gn 2:24).
A fidelidade sexual está baseada no relacionamento altamente pessoal entre duas pessoas do sexo oposto. Deus fez o  sexo como algo bom, e deu o meio através do qual deve ser exercitado, o comprometimento vitalício chamado casamento. Somente o relacionamento monógamo tem a benção de Deus. A poligamia, portanto, é eliminada do moralmente normativo. O casamento não somente é um relacionamento único como também é permanente. O que Deus ajuntou, o homem não deve separar. Portanto, o propósito desse artigo é despertar a necessidade de se manter a ética na sexualidade.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Ética Cristã e a espiritualidade!

A exegese do texto de Romanos 12:9-21 propõe uma reflexão teológica, pois ela vem de encontro a um dos temas mais discutidos da teologia bíblica. A ética e a espiritualidade cristã tem ocupado bastante espaço no meio protestante de tal forma que, estudos e decisões têm sido tomadas na tentativa de auxiliar o crescimento na fé e no conhecimento de Cristo Jesus. Nessa temática, portanto, surge a necessidade de repensar o "modus vivendi" da Igreja hoje. Rever a prática da espiritualidade e da ética que será encarada a partir da compreensão bíblica doutrinária.
Este estudo não esgota o assunto, mas esmera-se pela síntese de uma práxis ética e de espiritualidade fundamentada na comunhão, no serviço e na humildade (Fp 2:3). Pois, enfim, que eclesiologia propõe uma idéia ética saudável à comunidade cristã, senão aquela voltada para o próximo (Lc 10:27) que, sustentada pelo Espírito Santo, nos leva a conhecer mais intimamente a Cristo através do nosso próximo?
O amor a Deus e ao próximo é o fundamento de toda ética e espiritualidade cristã (Mc 12:31). Essa afirmação é encontrada tanto no Antigo como no Novo Testamentos. Trata-se de uma temática tão relevante no contexto religioso e social das etnias que, somente a partir de uma praxis contextualizada , a justiça se torna o conteúdo de toda a posição cristã (Fp 4:5).
Afirmamos que a espiritualidade nasceu no judaísmo, pois foi ao povo de Israel que Deus se revelou (Êx 20:18-20). Deus formou este povo a partir de Abraão e fez uma aliança eterna com ele para que o mesmo e seus descendentes o adorassem. Em troca, faria a sua descendência se multiplicar como as estrelas no céu e como a areia do mar (Gn 12:2; 22:17). Este é um compromisso ético.
A instituição do judaísmo deu-se com Moisés no monte Sinai quando recebeu de Deus o Decálogo (Êx 20:22). Deus firma mais uma vez sua aliança com Israel (Lv 26:9). É claro que entender a espiritualidade judáica é estar atento ao relacionamento de Deus e o seu povo. Os aspectos visíveis dessa relação podem ser traduzidos quanto ao ouvir e o obedecer ao Senhor, prestar culto e adorá-lo como único Deus (Mc 12:29).
Na Bíblia, vários homens viveram a plenitude da fé e da espiritualidade. Isso, sem dúvida, foi-lhes possível porque decidiram investir na renúncia pessoal em detrimento de uma consciência plena com o Criador. Davi quando, ao falhar perante Deus, por diversas vezes, decidiu depositar todo potencial de sua confiança na misericórdia do Senhor. Na verdade, ele alcançou aquilo que lhe parecia impossível. Isso também pode acontecer conosco, em plena era moderna. Nosso Deus é quem nos capacita para exercermos a plenitude da ética e da espiritualidade.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

A Ética Cristã na família!

Apesar dos conselhos expostos na Palavra de Deus, é público e notório que a família, indistintamente, passa por uma das piores crises, desde o seu estabelecimento por Deus no Éden. Ignorar esta realidade é dar as costas às evidências. Por todos os meios disponíveis, as forças venenosas do mal tem combatido esta sagrada instituição com o fim de prejudicar o plano divino para a humanidade. Entre os elementos da sociedade, a família é o mais importante, porque nela, o indivíduo recebe as primeiras instruções para o cumprimento da missão neste mundo. Assim sendo toda base ética para a vida recebe-se da família.
Um dos princípios básicos que temos é que a família, célula máter da sociedade, é instituição divina (Gn 2:23,24). "Família é uma reunião de pessoas unidas pelo sangue formando uma pequena sociedade, base da sociedade universal. É a primeira ponte colocada por Deus entre o indivíduo e a sociedade". Qualquer conceituação sobre família que não esteja alicerçada numa origem divina desloca o seu foco do aspecto mais importante, que é o espiritual (1ª Pe 3:1-7).
Mais do que criar o homem e a mulher (Gn 1:27), Deus os fez um para o outro, e isto, a partir da necessidade de achar companhia para o homem: "Não é bom que o homem esteja só..." (Gn 2:18). Neste processo, vamos perceber que, após formar a mulher, Deus a apresenta a Adão como sua companheira: "e trouxe-a a Adão" (Gn 2:22). Aqui está a ação divina em prol da família. Todo casal que pretender constituir uma família vitoriosa precisa seguir este modelo, ou seja, ter a participação de Deus (Sl 128:1).
Vivemos numa sociedade masculinizada e machista, onde, tendenciosamente os homens têm maltratado, explorado e humilhado as mulheres. Isto nunca fez parte do projeto de Deus para a família. O próprio fato de Deus ter tomado uma costela do homem para dela formar uma mulher (Gn 2:2), se por um lado revela que a hierarquia divina prevê uma liderança do homem (Ef 5:22-33), por outro demonstra que o objetivo primordial é o bem comum.
Os três verbos empregados em Gn 2:24: deixar; unir; e tornar-se, nos fornecem os passos para a constituição da família conforme os planos de Deus. Os jovens precisam deixar os pais para formarem o seu lar. A perpetuação desses vínculos muitas vezes tem sido nociva para as famílias jovens. O passo seguinte é a união, através do casamento. A terceira etapa diz respeito à comunhão mais íntima da relação conjugal, que é o ato sexual: "Tornar-se uma só carne", faz referência à nova realidade que a soma das partes faz nascer com o casamento.
Não se discute a importância da família, pois isso já está assentado entre nós. Deve-se, porém, avaliar até que ponto o valor que damos à família tem sido correspondido em dedicação, amor e zelo na preservação desta instituição. O nosso empenho em prol da família começa na própria constatação do que se passa em nossa sociedade atual. Novas formas de relacionamentos entre os sexos têm sido adotadas, destoando completamente daquilo que os cristãos entendem ser o modelo de família. Por isso, entender a função ética da família nesses últimos dias é de capital importância; pois somos o sal da terra e a luz do mundo.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

A Ética Cristã no culto a Deus!

O culto é como uma gota de orvalho em busca do oceano do amor divino; é uma alma faminta diante do celeiro espiritual; é uma terra sedenta clamando por chuva; é uma ovelha tresmalhada no deserto, balindo em busca do Bom Pastor; é um coração faminto em busca do amor; é uma alma buscando sua contraparte; é o filho pródigo correndo para a casa de seu pai. Enfim, é o homem subindo as escadas do altar de Deus. Dada a preciosidade que é o culto, procuremos conhecer suas bases e sua essência, bem como a necessidade da reverência ética do culto.
A confissão da Igreja Cristã tem por objetivo principal a glorificação a Deuse alegrar-se Nele (Sl 122:1). Isto faz do culto o ato mais importante, mais relevante, mais glorioso na vida do homem (Sl 84:1-4). Contudo, quantos crentes sabem distinguir entre a verdadeira e a falsa adoração? (Jo 4:23,24). Será que você tem cultuado de modo que agrada a Deus? (Hb 11:5).
Para alcançarmos uma visão correta sobre o culto cristão, é mister examinarmos alguns termos usados pelos escritores: "Latréia", cujo significado principal é "serviço" ou "culto". Denota o serviço prestado a Deus, pelo povo inteiro ou pelo indivíduo. Em outras palavras, é o serviço que se oferece à divindade através do culto formal, ritualístico e através do oferecimento integral da vida (Êx 3:12; Dt 6:13; Mt 4:10; Lc 1:74; Rm 12:1).
A adoração cristã se fundamenta na nova aliança (Hb 8). Está franqueada ao crente a comunhão com Deus, pelo novo e vivo caminho aberto por Jesus Cristo (Hb 10:19-22). "Portanto, ofereçamos sempre por Ele a Deus sacrifício de louvor" (Hb 13:15a).
O cumprimento de um ritual não basta para que haja culto. É indispensável a aceitação, por Deus do culto oferecido (Sl 20:3). Deus estabelece condições para aceitar a adoração de homens (Jo 5:41). A ignorância dessas condições ou sua violação transforma o ritual do culto divino em exercício unilateral com sérias consequências para os participantes. No culto devemos alcançar a plena comunhão com Deus, através da fé (Hb 10:38; 11:6).
Todo culto é acompanhado da ética cultual. Nela se exige que saiba o que significa cultuar a Deus. A conscientização desse fato é primordial. Isso gera consequentemente a exigência da reverência peculiar do verdadeiro adorador e, por conseguinte, descortina e rechaça a irreverência, repugnada pelo próprio Deus. Qualquer um de nós pode falhar nesta parte, se não vigiar atentamente durante o culto.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Ética Cristã na conduta diária!

A realidade do desregramento moral e a corrupção avassaladora em todos os escalões da sociedade, bem como, a deterioração da família e a falta de discernimento que alguns cristãos manifestam  em relação ao bem e ao mal, ao certo e ao errado, atestam a importância que devemos dar à ética em nossas vidas (Mt 7:12). Além dessa realidade, a Bíblia está repleta de ensinamentos de natureza ética para orientar os servos de Deus em sua maneira de se comportar em todas as situações. Podemos crescer na ética comportamental, gerando cobrança de posturas éticas em nosso meio cristão.
Nossa sociedade está impregnada de conceitos alicerçados no "relativismo ético". Foram os céticos (Sec. III a.C.), adeptos da posição filosófica que sustentava a impossibilidade de conhecimento, que estabeleceram o ponto de partida para a introdução do relativismo na ética. O que o ceticismo fez foi salientar o caráter relativo do bem e do mal. Procurou destituir a ética de qualquer caráter normativo, ou seja, regras fixas a serem cumpridas, estabelecendo critérios baseados na situação e mesmo nas pessoas para a definição do certo e do errado (Rm 3:4).
A ética é algo eminentemente prático. Daí não haver melhor escritor bíblico para embasá-la do que Tiago. Ele foi o autor de um dos textos mais precisos, diretos e práticos da Bíblia (Tg 1:1). Ao lado de Provérbios, a epístola de Tiago é o que mais se relaciona com o cotidiano da vida humana (Tg 4:1). Portanto, ele fala de situações do dia-a-dia, das relações interpessoais, da vida religiosa, do comportamento e do testemunho (Tg 4:14). Estas coisas compõem a nossa existência, e constroem a nossa trajetória, seja para o bem ou para o mal.
Verificamos que o tipo de comportamento em nossos dias quando instituidos como lei, moral ou ética, seja por normas firmadas na Constituição ou em códigos de ética, são desrespeitados em função da vontade do indivíduo e de um suposto benefício ou prazer decorrentes desta transgressão (Pv 28:4). Isto está presente no dia-a-dia do brasileiro e compromete a questão da equidade (Pv 17:8; 18:16; 19:6). "Tudo isso faz parte da chamada hipocrisia contemporânea".
É nestes aspectos comezinhos da vida diária que precisamos aprender a frutificar (Mt 7:16). Exatamente  porque será o somatório destas atitudes, gestos e palavras que vai traçar o nosso perfil perante o mundo (Mt 5:13,14). As pessoas irão cobrar-nos pelos pequenos deslizes, esquecendo-se do conjunto de nossas vidas. Podemos evitar isto frutificando no comportamento ético (Tg 1:22,23).
Faça um exame de sua vida e avalie o estado em que você se encontra: "cumpridor" ou "ouvinte" da Palavra? Procure fazer uma lista dos aspectos em que tem falhado do ponto de vista ético. Peça perdão a Deus e trace metas para enfrentar seus pontos fracos e vencê-los. Desperte-se para a necessidade de frutificar na consciência da cidadania, pois Deus lhe chamou para vencer todas as batalhas, inclusive a que está dentro de nós mesmos, pois a maior vitória que alcançamos é sobre o nosso próprio ego.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

A Bíblia como manual da Ética Cristã!

A popularidade da Bíblia, a faz ser o livro mais lido do planeta. E tenho a satisfação de sitá-la neste artigo como livro-texto, pois ela é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor. O crente foi salvo para servir ao Senhor (1ª Ts 1:8,9 ; Ef 2:10). Sendo a Bíblia o livro-texto do cristão, é importante que este a manuseie bem para o eficiente desempenho de sua missão (2ª Tm 2:15). Um bom profissional sabe empregar bem as ferramentas de seu ofício. Essa eficiência não vem de forma automática; mas pelo estudo e pela prática.
A Bíblia como manual de ética está explícita em 1ª Pe 3:15; 2ª Tm 2:15; Isaías 34:16; Salmo 119:130. Isto nos conduz a dois pontos de suma importância: Por que devemos estudar a Bíblia e como devemos estudá-la? Segundo o professor H. Richard Nieburhr, a Bíblia sempre foi e, indubitavelmente, continuará sendo, o livro básico para o estudo da Ética Cristã. Devemos lê-la para adquirirmos sabedoria; praticá-la para sermos santos e crermos nela para sermos salvos.
A Palavra de Deus tem sido um ponto de equilíbrio para a humanidade, principalmente para seu povo (Dt 30:14). A ética do Antigo Testamento interessava-se, com o modo de vida que a antiga aliança prescrevia e aprovava (Êx 20). Para o Hebreu, a ética (costumes) não era um conceito abstrato, mas concreto e sempre relacionado com a disciplina, o ensino e o modo de vida do indivíduo.
A Bíblia elabora uma série de "ais" para aqueles que a desprezam (Lc 10:13; 11:44; 17:1). A geração do presente século precisa entender que a Bíblia alimenta a alma (Mt 4:4; Jr 15:16; 1ª Pe 2:1,2). O estudo da Palavra de Deus traz nutrição e crescimento espiritual. O texto de 1ª Pe 2:2, fala do intenso apetite do recém-nascido, relacionando-o com o nosso desejo pela Palavra de Deus. Bom apetite pela Bíblia é sinal de saúde espiritual.
Assim como a Palavra de Deus mudou a vida de muita gente, com provas riquíssimas descritas pela história, temos argumentos para dizer que continuará mudando vidas nas gerações futuras. Abraan Lincoln disse: "Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já deu ao homem". Todo o bem, da parte do Salvador do mundo, nos é transmitido mediante este livro. As gerações futuras terão que se basearem na Bíblia pelo fato de ser um livro profético e sempre atual (Sl 119:111).
Posso reiterar que a Bíblia é o maior manual de ética de todos os tempos. Nenhum outro testo irá superá-la, pois é a Palavra de nosso Deus, a revelação de Deus à humanidade. Tudo que Deus quer para o homem ou requer do homem e que o homem precisa saber espiritualmente da parte de Deus, quanto à sua redenção, conduta cristã e fidelidade eterna está revelado na Bíblia. Deus não tem outra revelação além do Livro divino. O Autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e o tema central é o Senhor Jesus.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

O cristão e a Ética!

Quando falamos sobre ética, não estamos alheios ao assunto, pois, temos ouvido esta palavra quase que quotidianamente nesses tempos de tantas cobranças. A cobrança de posturas éticas vem da parte da sociedade em todos os sentidos. Parece que há um clamor pela ética, entretanto, esse clamor revela ausência dessa virtude tão necessária para todas as épocas. O clamor do mundo mostra que a Igreja deve encarar o tema com bastante seriedade.
Ao analisar o tema, verifica-se que é muito abrangente, pois a ética é exigida em todas as ciências e profissões. Temos muitas definições sobre o assunto; entre elas: "ética é a parte da filosofia e da teologia, também chamada moral". O objetivo da ética como ciência é aprimorar o conhecimento das leis e ideais da verdade moral e ainda as regras idôneas para governarcom acerto a própria vida.
Como conceito, a filosofia moral é a investigação científica de julgamentos morais. Dentro deste parecer filosófico a definição mais expressiva é: "A ética é a conduta ideal do indivíduo". Segundo a definição de Aristóteles, todas as instituições humanas são ramos da ética porque todas têm alguma coisa a ver com a atuação do homem dentro da sociedade.
Estamos vivendo momentos de cobranças éticas em todos os sentidos, principalmente no meio político. Esta ausência gera o descrédito da população em relação à postura profissional dos políticos. Um governo não pode exibir uma ética apenas empírica; pois os padrões éticos são pré-determinados pela mente divina; portanto, devem ser progressivos e sistemáticos.
Que pode a moral bíblica obter da ética filosófica? Uma resposta óbvia é que a Bíblia fornece-nos um vasto repertório de material ético em diferentes formas literárias e de diferentes contextos históricos e culturais. Temos um sumário nos Dez Mandamentos, uma casuística aplicação de caso no Código Mosáico, sabedoria em epigramas nos Provérbios, reflexões sobre o significado da vida e valores no livro de Eclesiastes, pregação de justiça social nos profetas, sermões dirigidos aos homens nos Evangelhos e afirmações sistemáticas nas epístolas de Paulo. Um homem que estuda a Bíblia, consequentemente é envolvido pelos preceitos éticos nela prescritos (2ª Tm 3:14,15).
Normalmente quando alguém se identifica como cristão, o nome já requer atitudes éticas, tendo em vista que o livro texto do cristão é a Bíblia Sagrada. Esse conceito pode nos deixar pensativos no que tange ao que não devemos fazer. Mas o propósito do nosso viver deve ser aquele que Pedro repetiu em sua epístola: "Sede santos, porque Eu Sou Santo" (1ª Pe 1:16). O conceito de viver de uma forma santa significa mostrar nas suas boas ações de cristão, o exemplo encontrado na vida e ensinamentos de Jesus.
O conceito de ética cristã sobrepuja todos os demais conceitos, pelo fato de ser embasado na Bíblia. Somente o cristianismo puro reúne as condições necessárias para a moralidade. E só ele pode estimular uma vida salutar do ponto de vista ético ideal. Mas precisamos adotar os preceitos divinos. Portanto, sejamos éticos em nossa maneira de viver.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima