sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A Igreja e o relativismo ético!

O termo "relativismo" serve para designar uma doutrina que afirma que as verdades morais variam conforme a época, o lugar, o grupo social. É uma concepção filosófica segundo a qual nada é definitivamente certo ou absoluto. O relativismo nega os valores fundamentais da fé cristã incentivando o próprio homem a criar seus próprios métodos de comportamento. Se o indivíduo é quem determina as questões morais, então o convívio social tende a se tornar anárquico. Isto é o que se vê na sociedade atual, que aprova certas atitudes e atividades, embora elas sejam claramente identificadas como pecado na Bíblia.
A história sobre a realidade humana baseia-se em três diferentes aspectos, os quais, veremos mais adiante. Entretanto, vale ressaltar que, as consequências do pecado afetam a ordem do próprio Universo. Muitas pessoas têm pouco entendimento sobre o termo pecado. Tendemos a pensar que isso significa havermos quebrado umas poucas regras, cometido alguns erros. Então nos desculpamos e continuamos a viver indiferentemente.
O homem foi criado por Deus conforme a sua "imagem e semelhança" (Gn 1:26,27), recebendo do Criador a autoridade sobre o restante da criação; tendo, porém, a responsabilidade de administrá-la com responsabilidade e lisura (Gn 1:28-31; 2:15). A morte não tinha lugar na criação original. Ela entrou na experiência humana porque o próprio mundo físico - inclusive nossos corpos - foi danificado pela Queda. Desde que ocorreu tal fato, a criação ficou "sujeita à corrupção", e só se libertará na redenção final (Rm 8:21).
A opção do homem pelo pecado foi um ato livre e característico de desobediência ao Criador. A obediência a Deus não é uma questão de seguir regras arbitrariamente impostas por um mestre severo. Mas um meio de entrar na vida real, uma vida cheia de significado e propósito: "Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal... escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente" (Dt 30:15-19). Fomos feitos para amar a Deus, o qual nos deu a capacidade de escolha. Os seres humanos não são marionetes, mas agentes capazes de alterar o curso da história com as suas opções.
Se a tarefa de Deus foi uma obra de construção e, antagonicamente a obra do malígno foi uma atuação de destruição daquilo que Deus havia estabelecido, por outro lado, a missão de Cristo é realizar a grande obra de reconstruir (reconciliar) a vida do homem decaído no pecado. Isso já estava estabelecido desde o Éden, quando vemos a promessa de que da descendência da mulher nasceria aquele que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3:15). A reconstrução da vida, reaproximação de Deus, salvação e vida eterna são dadas ao homem através de Jesus Cristo, pela fé no seu sacrifício redentivo (Jo 3:16; 1ª Co 6:20).
Na conclusão de sua mensagem aos Gálatas, o apóstolo Paulo enfatiza que a liberdade cristã deve conduzir à experiência e demonstração do fruto do Espírito, a saber: o amor, gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fé, a mansidão e a temperança. E o texto de Gálatas 5:22,23 arremata: "Contra essas coisas não há lei".
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima  

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