segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Amigos, amigos e amigos!


A Bíblia se refere cerca de cento e quatro vezes a amigos.
Ao longo de nossa vida colhemos diversas experiências: fazemos amigos, esquecemos amigos, sofremos com os amigos, perdemos amigos e somos abençoados por amigos.
Existem amigos de palavras, amigos de gestos e amigos de sentimento.
Os primeiros são amigos light. Precisamos deles em não poucas horas, porque o que nos dizem frequentemente nos serve de grande ajuda. Os amigos de gestos expressam caridade, misericórdia, bondade e benignidade. Ajudam-nos a sair de crises, reanimam-nos positivamente em meio às tempestades da vida, não raro funcionam como legítimos anjos da guarda.
Os amigos de sentimento não somente abrem os lábios ou nos dão as mãos, mas também – e principalmente, sofrem conosco, estando perto ou longe. A melhor maneira de identificar esses amigos acontece quando ouvimos o que disseram de nós, quando estavam a grande distância.
Ou quando sabemos que nos defenderam, sozinhos, diante de uma multidão que tentava nos destruir.
Ou que nos chamam para perto de si, quando todos já nos abandonaram.
Ao contrário dos amigos que nos lisonjeiam, dos amigos que nos enchem de afagos, e dos que não perdem oportunidade de nos explorar, os verdadeiros amigos têm a marca de Cristo em seus corações.
Não conhecemos os genuínos amigos nas reuniões convencionais, nos ambientes festivos, nas entregas de medalhas. Em tais ocasiões se aglomeram os profissionais de tapinhas nas costas e práticas afins.
Existem os amigos fotogênicos, ou seja, os que sempre querem uma foto conosco. Precisam promover-se à custa de tal expediente. Estes são parceiros dos amigos de conveniência. Que por sua vez lembram os amigos de plantão. Hoje sim, amanhã não. Depois destes, bastaria citar os amigos aproveitadores, um pouco mais soft do que os exploradores. Mas, tão inúteis quanto os bajuladores.
Falando francamente, não tenho muitos amigos. Talvez porque não tive habilidade de os produzir. Mas será que amigos são produzidos? Ou será que caem do céu?

Sempre é proveitoso, gratificante, sábio e salutar diferenciar amigos de colegas, colegas de companheiros, companheiros de bajuladores. Os verdadeiros amigos não nos têm em conta de competidores, senão de somadores no Reino.

Em Cristo,


                 Tarcísio Costa de Lima

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