quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Por favor, leiam "pregadores"!


A beleza do Evangelho é algo sem comparação.
A santidade da Palavra é perfeita e está além do nosso entendimento.
Quem maneja as Escrituras deve estar cônscio de que lida com tesouros insondáveis, visto sermos "despenseiros dos mistérios de Deus", I Co 4.2.
Pregadores devem tomar tempo com a Palavra. Primeiramente para si; depois, para seus ouvintes.
O imediatismo rouba a elegância espiritual do ministério. A garimpagem não pode ser obra de minutos, senão de uma vida.
O púlpito sagrado foi instituído para projetar o bom cheiro de Cristo, bem como a excelência das raras jóias escondidas no coração do Amado.
Pregar a Palavra de Deus aleatoriamente resulta em apresentar ao público ouvinte meras bijuterias, incapazes de adornar com precisão a alma regenerada pelo Senhor.
Alguém costuma chamar as preciosidades descobertas na Bíblia de "pérolas".
Vez por outra ouve-se falar de pessoas que transformam a pregação da Palavra em um amontoado de declarações inconseqüentes, que não agradam, não edificam e não permanecem.
Falar a Palavra do Rei equivale a expor jóias do mais precioso valor.
É preciso descobrir o sentido exato das palavras, a mensagem inserida no contexto, o propósito com que o texto foi escrito e a aplicação sugerida pelo próprio Espírito de Deus.
Os escritores do Cânon Sagrado precisaram de iluminação, inspiração e revelação.
Ao exporem a Palavra, os pregadores carecem, sempre, dos mesmos divinos elementos.
E os ouvintes, por sua vez, não poderão jamais assimilar com precisão a Santa Mensagem se não alcançarem revelação, se não forem iluminados e se não estiverem inspirados.
As jóias do Evangelho são mais do que meras palavras. Muito mais do que conceitos horizontais.
São revelações do coração do Pai, verticalmente outorgadas à mente do pregador, que as transmite ao coração dos que comparecem ao templo sagrado, não à procura de bijuterias religiosas, senão de jóias teológicas de raro preço.
Bem-aventuradas são as igrejas alimentadas com o mel puro da Palavra, que jamais se confunde com os adoçantes dietéticos das doutrinas e filosofias humanas.
Sejamos como Eliezer, que não presenteou Rebeca com bijuterias de liquidação. Como está escrito em Gn 24, "aconteceu que, acabando os camelos de beber, tomou o homem um pendente de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos de ouro."
Não levemos latão para o púlpito da Casa de Deus. Deus nos levantou para oferecermos ouro puro, prata refinada, diamante de qualidade, jóias de raro valor.
Escolha a frase que melhor lhe convier: Bijuterias, jamais. Ou: bijuterias, nunca mais.
Em Cristo,


                Tarcísio Costa de Lima

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