segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cuidando melhor do tempo


O tempo passou a fazer parte da história do homem após sua queda, quando o Senhor determinou o fim dos seus dias. A partir daí o homem vive contando os seus dias e aguardando o seu fim. Nessa contagem regressiva, não damos conta de que o tempo está diante de nós e de que devemos aproveitá-lo de maneira sábia e prudente. Saber fazer bom uso do tempo faz parte da nossa mordomia enquanto aquí vivermos, pois um dia, diante do Senhor iremos prestar contas do tempo que Ele nos deu e nada fizemos.
O tempo nos foi dado por Deus para que seja gasto de maneira sábia e ordenada (Sl 143:10). O tempo deve ser usado para ganharmos o nosso sustento (Ef 4:28), para nosso descanso e para todas as boas atividades da vida. Tão acostumados estamos a usar desse tempo, que com facilidade nos esquecemos de que ele não é nosso e, sim, um depósito sagrado.
Devemos planejar todas as nossas atividades de forma a preencher o tempo disponível, seguindo o exemplo de Jesus (Lc 13:33). A administração do tempo requer inteligência, por isso nesse planejamento deve haver previsão, objetivos e programação, conforme nos ensina Paulo (Rm 15:23-25). O planejamento visa estimar o futuro de nossas atividades. 
Todas as nossas atividades, sejam materiais, físicas, sociais ou espirituais merecem respeito quanto ao horário. Paulo nos ensina, dizendo: "Não sejais vagarosos no cuidado..." (Rm 12:11). A falta de mordomia se revela nas obrigações da vida e passamos a viver cheios de "justificativas" (Mt 6:33).
Infelizmente, o mau uso do tempo está presente em muitas vidas que não observaram a "mordomia cristã" como algo divino. Quantos estão deixando o tempo da oportunidade passar: "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos" (Jr 8:20), quando virão os maus dias e chegarão os anos do descontentamento: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer" (Ec 12:1). Nunca é tarde para se começar um novo propósito com Deus, pois se não, Ele um dia nos pedirá contas do que passou: "O que é já foi, e o que há de ser também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou" (Ec 3:15).
É lamentável como a maioria das pessoas desperdiça o seu tempo, empregando-o mal. O desperdício não faz parte do plano de Deus para as nossas vidas, mas sim a sabedoria e o bom aproveitamento dele (Cl 4:5). Quem desperdiça o tempo, prejudica-se a si mesmo e aos demais à sua volta. Bem-aventurado o que usa seu tempo nas coisas do Senhor (Sl 1:1,2).
Quantas vezes perdemos tempo em conversas fúteis. Paulo chama nossa atenção para o perigo das futilidades (2ª Tm 2:16 ; Tt 3:9); ainda diz que tais "conversas" corrompem os bons costumes (1ª Co 15:33). O crente deve ocupar-se nas coisas do Senhor e proferir palavras que venham "promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem" (Ef 4:29).
Diante da realidade que o tempo não é nosso, devemos atentar para um dia especial, o "domingo", que é o "Dia do Senhor" (Mc 16:9). Este dia não nos pertence, é o dia de estarmos na casa de Deus (At 20:7) para "contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo" (Sl 27:4). Ao usar o domingo para nosso deleite estamos desprezando o "dia do Senhor" e seremos cobrados por nossa má mordomia: "Então, mandando-o chamar, lhe disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes mais continuar nela" (Lc 16:2).
A mordomia do tempo nos leva a compreender que as horas mais bem empregadas são aquelas que gastamos em favor de outrem. Cada minuto usado em socorrer um necessitado, em apontar o caminho da vida eterna ao desanimado, em levantar alguém caído, é um tempo aprazível diante de Deus. Enquanto alguns dizem: tempo é dinheiro, para o salvo tempo é uma dádiva divina que deve ser aproveitado para nossa edificação espiritual e, consequentemente, para divulgação do reino dos céus.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima   

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