sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Daniel e a justiça Divina!

O livro de Daniel é escatológico. Jesus, o Mestre dos mestres, fez citação deste livro revelando sua importância e autenticidade: "Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel ..." (Mt 24:15). As profecias de caráter escatológico são consolidadas e interpretadas no livro do Apocalípse, no Novo Testamento. Por isso, sua leitura deve ser feita de modo cuidadoso. O estudo deste livro é de suma importância para todos os que esperam seu Senhor, uma vez que estamos nos "tempos dos fins".
Deus tinha um propósito específico ao criar o homem e o Universo. Então, qual seria o propósito de Deus ao usar o profeta Daniel para que Sua mensagem fosse registrada num livro? (1) Declarar a Sua soberania sobre todas as nações, conforme demonstrado por intermédio de Daniel e seus amigos a dois monarcas da Babilônia e a dois da Pérsia. (2) Encorajar os judeus fiéis em seu conflito com o monarca Antíoco Epifânio, um dos sucessores de Alexandre Magno.
Daniel não é somente o personagem principal, mas é o autor do livro que recebeu o seu nome. Não existem dúvidas quanto à autoria de Daniel, pois está explicito no capítulo 12:4: "E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até o fim do tempo...". Para encerrar, ou melhor, dissipar qualquer dúvida quanto a autoria, o próprio Jesus atribuiu o livro ao profeta Daniel em Mateus 24:15.
Você vai encontrar no livro, vários eventos que ocorrem a partir da primeira invasão de Jerusalém por Nabucodonosor, no ano de 605 a. C. até o terceiro ano de Ciro 536 a. C. Todo o contexto tem como pano de fundo a Babilônia, durante o cativeiro babilônico de Judá que durou 70 anos. O cativeiro já havia sido profetizado por Jeremias. Isto nos mostra que Deus não faz nada sem avisar antes o Seu povo. A nação tinha sido advertida durante muitos anos, mas não ouviram a Deus (Jr 25:11).
A literatura apocalíptica, que no Antigo Testamento tem no livro de Daniel seu único representante, embora haja traços do gênero em passagens de Isaías, Ezequiel, Amós, Joel e Zacarias, floresceu no chamado período intertestamentário, a partir do ano 200 a. C. Em sua primeira parte, até o capítulo 6, o livro de Daniel combina características da literatura profética e de sabedoria. A partir do capítulo 7 até o final, é tipicamente apocalíptico, levando vários pesquisadores a pensar no volume inteiro como tendo sido escrito no segundo século antes de Cristo. O que precisa ficar claro, é que Deus é capaz de revelar aos seus mensageiros fatos que ocorrerão no futuro (Am 3:7).
Para infundir coragem e fé, Daniel esmera-se em registrar uma vida pura, com estudo bíblico e persistente oração. Ele mostra que Deus é o manancial de onde recebeu as visões (Dn 1:8,9 ; 9:2-20). Aprendemos que Daniel que o verdadeiro profeta não ameniza a dureza da mensagem divina a fim de adequá-la aos interesses e conveniências dos ouvintes. Que o Senhor possa usar a igreja com uma mensagem profética no meio desta geração tão carente da Sua Palavra.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

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