terça-feira, 9 de novembro de 2010

Hebreus 5:1-8 Cristo, o Sacerdote Perfeito!

O povo de Deus no passado viveu intensamente o período sacerdotal, pois através dos sacerdotes se dirigia a Deus e oferecia seus sacrifícios e ofertas. Tudo isto era realizado por homens frágeis e perecíveis, que descendiam de Arão (Hb 5:1). Hebreus destaca para os crentes a figura de Jesus como o sacerdote perfeito que, apesar de sua humanidade, apresentou-se ao Pai como a verdadeira oferta de sacrifício.
O ministério sacerdotal foi instituído por Deus para que houvesse diante de si um intercessor a favor dos homens. Para isto, Deus escolheu Arão e seus filhos (Êx 28:1). Era também dever dos sacerdotes oficiarem as cerimônias de sacrifício e de ofertas (Lv 2:1) e, entre outros, abençoar o povo (Nm 6:23-27). Em Cristo todos estes ofícios foram cumpridos, pois Ele tornou-se nosso sumo sacerdote celestial (Hb 4:15).
Ao separar homens para sua Obra, Deus sempre escolheu os fiéis (1º Sm 2:35). Dirigindo-se aos filhos de Israel, Deus dá testemunho da fidelidade de Moisés (Nm 12:7). Somente um homem fiél serviria aos propósitos divinos para exercer o sacerdócio (Hb 5:1). Ainda hoje é necessário fidelidade para exercer o ministério da Casa de Deus (1ª Co 4:1,2).
Dentre as qualidades necessárias para o sacerdócio destaca-se a compaixão: "E possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados..." (Hb 5:2). Jesus demonstrou esta grande qualidade entre o povo: "Tenho compaixão da multidão..." (Mc 8:2). Este mesmo Jesus se compadece de nós, hoje, pois Ele em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4:15).
A expressão "também por si mesmo fazer oferta" (Hb 5:3) significa que Deus escolheu homens sujeitos ao pecado para exercerem o sacerdócio. Era necessário apresentar-se primeiro diante de Deus, expiar seus pecados, e depois oferecer sacrifício pelo povo (Lv 16:11-14). Jesus, para cumprir o propósito divino, tornou-se pecado por nós e justificou-nos diante de Deus (2ª Co 5:21). O apóstolo Paulo reconhecia que mesmo sendo perseguidor da igreja, Deus o escolheu, salvou e fez dele um sacerdote do seu altar (1ª Co 15:8-10).
A comparação entre o sacerdócio levítico e o de Cristo mostra-nos a grande diferença que existe entre ambos. O sacerdócio exercido por Arão passou, mas o de Cristo permanece no céu. Para compreendermos estas verdades, precisamos nos aprofundar na Palavra de Deus e dela extraírmos todo o ensino necessário ao nosso crescimento espiritual. O desejo do Senhor é que, crescendo em Cristo, alcançaremos maturidade espiritual para discernir tanto o bem quanto o mal, em meio a tantas doutrinas que surgem a cada dia.
Em Cristo,

               Tarcísio Costa de Lima

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