quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mateus o publicano

          Durante suas caminhadas pela Palestina, Jesus não ensinou apenas as multidões. Ele viu também pessoas que necessitavam de uma oportunidade de Deus em suas vidas. Isto aconteceu com Mateus que, sendo chamado por Jesus, resolveu seguí-lo, tornando-se um grande evangelista. Acusado por muitos e compreendido por poucos, Jesus amou os publicanos e chamou os pecadores ao arrependimento. A graça do Mestre alcançou Mateus que se tornou apóstolo e também o vaso que o Espírito Santo usou para nos trazer o Evangelho do Rei.
          Governada pelos romanos, a Palestina pagava altas somas de impostos, que eram cobrados pelos judeus que serviam aos interesses do invasor. Mateus era um desses cobradores. Tornou-se um publicano, um coletor de impostos para o governo romano, e por consequência foi afastado da sociedade judáica. A profissão de publicano entre os judeus era algo odioso, principalmente se fosse exercida por um judeu. Isto se devia ao fato de que os publicanos cobravam impostos dos judeus para o governo romano, um governo extrangeiro que dominava pela força. Mateus fazia parte deste grupo de coletores de impostos (Mt 9:9).
          Qualquer judeu que aceitasse o cargo de coletor de impostos, tornando-se um publicano, ficava proibido de entrar no templo e nas sinagogas, não sendo permitido exercer cargos nem ser aceito como testemunha nos tribunais de justiça. Tornava-se um pária, isto é, um excluido da sociedade. Os evangelhos mostram a maneira como os publicanos eram tratados pelos religiosos, pelo fato de sempre indagarem como Jesus podia aceitá-los e até comer com eles (Mt 9:11). Entretanto, o Filho de Deus explicava: "Não necessitam de médico os sãos, mas sim os doentes" (Mt 9:12). A religião os excluia, mas a graça de Deus os aceitava (Mt 9:13).
          A profecia de Isaías estava se cumprindo diante dos fariseus: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si..." (Is 53:4). Na casa de Mateus estava aquele que tinha poder sobre as enfermidades físicas e espirituais. Sua compaixão e seu amor não conheciam as barreiras sociais impostas pelos homens (Mt 4:23). Diante dos religiosos incrédulos e preconceituosos, Jesus disse: "Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício..." (Mt 9:13). Ele estava ensinando uma grande lição de misericórdia, que era o que faltava aos fariseus. Jesus exerceu misericórdia com Mateus e com todos aqueles que se aproximaram dele pela fé (Mt 20:30-34).
          A salvação de Mateus, sua chamada para o apostolado, seu evangelho e sua vida nos animam a crer cada vez mais no poder salvador de Jesus Cristo. Jesus dirigiu-se a um homem rico, desprezado pelos de sua nação, mas precioso aos olhos de Deus. Mateus, apesar de publicano, foi encontrado pela Graça maravilhosa do Senhor e restaurado à condição de nova criatura. Creiamos pois nesta infinita Graça do Senhor e comuniquemos esta salvação a todos os perdidos (Rm 1:16).
          Em Cristo,

                          Tarcísio Costa de Lima

Nenhum comentário: