quarta-feira, 16 de junho de 2010

A parábola da figueira estéril

A parábola da figueira estéril se refere primeiramente a Israel. Sua verdade, no entanto, aplica-se a todas as pessoas que professam sua fé em Jesus, mas não abandonam o pecado (Rm 6:12,13). Embora Deus dê a todos ampla oportunidade de se arrependerem, Ele não tolerará para sempre o pecado. Paulo sintetizou isto em Romanos 11:22, onde diz: "Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus; para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado".
Essa parábola não deve ser confundida com o milagre parabólico da figueira que Jesus amaldiçoou (Mt 21:18-22 ; Mc 11:12-26). A única relação entre as duas é o fato de que não havia figos em ambas as árvores.
Nesta parábola Jesus comenta acerca de um senhor que procurou frutos em uma figueira e não achou. Ele diz que já a três anos que a árvore não frutifica, não obtendo dela o fruto desejado. Daí, o proprietário da vinha decidir: "Corta-a; para que ocupa ela ainda a terra inutilmente?" (Lc 13:7). Mas o vinhateiro disse ao senhor para dar mais um tempo. Oferece-se para investir mais um pouco na árvore, dá mais tempo e cuida mais dela como uma última tentativa para que volte a frutificar. Se ainda assim esta tentativa não obtivesse êxito, então a árvore estaria condenada ao corte (Lc 13:9).
A figueira não era uma planta estranha e proibida, semeada na vinha (Dt 22:9). O certo homem a quem Jesus se referiu, plantou-a em sua vinha, e a figueira poderia ter produzido frutos, atendendo às expectativas do seu proprietário. Ela fôra deliberadamente plantada onde não tinha direito, e crescera onde o terreno era mais favorável, contudo, se revelou estéril. Três anos sem frutos é prova de esterilidade (Lc 13:7). Israel era a vinha divina pela qual Jesus se esforçou durante "três anos" de seu ministério terreno. Cristo procurou, por todos os meios, tornar a nação judáica frutífera (Is 5:1-7), mas o resultado foi a sua total rejeição pela nação que Ele cultivara (Jo 1:11,12).
Um aspecto interessante desta parábola é que o viticultor (Jesus) intercede pela figueira (Israel) pedindo uma nova oportunidade. Ele se propõe a cuidar dela, cavando ao seu redor, adubando-a, esperando que assim ela dê frutos. O adubo refere-se à Palavra de Deus. Figueiras que não ofereçam frutos após todo esse esforço deverão ser cortadas. O machado será posto também à raiz das igrejas infrutíferas. A sentença ainda ecoará: "Podes cortá-la" (Lc 13:9).
Se quisermos ser pessoas frutíferas para Deus, então precisaremos fazer nossas raízes chegarem ao ribeiro de águas: "Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido" (Sl 1:3). A raiz é atraída pela água, assim como a alma humana é atraída pela presença de Deus. O Senhor intencionalmente nos criou dependentes Dele. E se quisermos ser úteis a Deus, firmemos nossas raízes, busquemos alimento e seremos pessoas frutíferas.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima  

Um comentário:

Missionário Roque Miller disse...

Paz do Sr amado do Pai!
Sempre tô passando por aki!
Abraços do Missionário Roque Miller