terça-feira, 29 de junho de 2010

A parábola da rede lançada ao mar

Jesus ao ensinar os seus discípulos sobre a natureza do reino, utilizou muitas parábolas, algumas das quais foram registradas em Mateus 13. Numa dessas parábolas, Ele descreveu o reino como uma rede lançada ao mar (Mt 13:47-50). O lançamento da rede representa a pregação do evangelho, a palavra do reino (Mt 13:19). Quando Jesus chamou Pedro e André para serem apóstolos, eles estavam literalmente lançando uma rede no mar, e o Senhor lhes disse: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens" (Mt 4:18,19).
No início do seu ministério, Jesus chamou os pescadores de peixes para transformá-los em pescadores de homens. Esta foi uma mudança radical na vida de seus discípulos, pois trocaram o mar pelo chão, o peixe por pessoas, os valores materiais por valores espirituais, os valores efêmeros por valores eternos (Cl 3:1,20).
Ao longo dos anos Jesus continua chamando pescadores de homens (Lc 5:10). Ele continua mandando jogar a rede, e mais do que nunca os mares estão cheios de peixes, esperando tão-somente que a rede seja lançada ao mar (Pv 24:11). Geralmente as redes são largas e na parte de baixo há pedaços de chumbo para que vá ao fundo; suas extremidades ficam flutuando e vão se fechando gradualmente a fim de recolher os peixes. Esta parábola se refere ao juizo final ou a reunião de todas as nações e a separação delas (Mt 25:31-46 ; Ap 20:11-15).
A rede é comparada ao reino dos céus por ser a mensagem do Evangelho, extensiva a toda humanidade, sem acepção de pessoas, classes sociais, raças etc. Por verem a rede aberta, os peixes dentro dela parecem tranquilos porque não vêem que as extremidades em cima estão se fechando (Rm 13:11-14). Assim muitos que foram chamados para o reino dos céus, vivem desfrutando das liberdades mundanas, desapercebidos que o dia do juízo está chegando (Jr 25:29). Quando a rede se fechar os peixes já não poderão sair. O dia do juizo está chegando e será inevitável (1ª Pe 4:17).
A rede que foi "lançada ao mar" tem sido bem-sucedida ao longo da história da Igreja Cristã. Em Atos 2:41,47, vemos "que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar". Assim foi o reino do céu estabelecido na terra e veio com poder, como havia sido previsto em Marcos 9:1.
Com a globalização, os métodos de apresentar o Evangelho mudaram, mas a paixão, o ardor, o fervor que devem acompanhar e também motivar o anúncio e o testemunho são imutáveis e insubstituíveis. Se não existir uma profunda concientização evangelística que contagia e convence, nosso empenho, por mais que se oriente nas modernas técnicas de comunicação, não passará de um "marketing" religioso superficial (1ª Co 2:1,2).
Em Cristo,

Tarcísio Costa de Lima 

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