segunda-feira, 28 de junho de 2010

A parábola do mordomo infiel

Quando alguém nasce na família de Deus por meio da fé genuína em Jesus Cristo, torna-se um mordomo das coisas de Deus e isso inclui os bens materiais e espirituais. Quando nos submetemos ao senhorio de Jesus Cristo e nos tornamos seus servos voluntários, renunciamos a todos os direitos pessoais de propriedade; nossa vida e bens tornam-se Dele.
Mordomia é a junção de dois vocábulos: "mor" e "domo". Em latim "mor" significa chefe e "domo" significa casa. De modo geral, o mordomo é a pessoa que administra os assuntos de uma família, de uma casa e as propriedades. No sentido cristão, refere-se basicamente à oportunidade de servirmos a Deus com tudo aquilo que Ele nos concede durante nossa vida material.
Precisamos entender que o mordomo descrito por Jesus não é apresentado como um exemplo de moralidade. Ele é claramente chamado de "administrador infiel". Cristo não elogiou a artimanha, mas sim a inteligência daquele mordomo (Lc 16:8). O Senhor Jesus jamais tolerou alguma prática contrária aos seus justos e santos caminhos. O mordomo infiel é um exemplo a ser evitado e não um modelo a ser seguido.
Alguns seres humanos são capazes de fazer qualquer coisa escusa para se beneficiar. Um lidar honesto entre uma pessoa e outra está se tornando cada vez mais raro (Pv 20:6). A desonestidade na utilização do dinheiro é uma evidência segura de um coração que não é reto diante de Deus. O teólogo J. C. Ryle diz que "o homem que não está agindo honestamente com a prata e o ouro deste mundo nunca pode ser alguém que possui verdadeiras riquezas nos céus" (1ª Tm 6:9-12).
O verdadeiro cristianismo não aprova a indiferença aos valores morais preconizados nas Sagradas Escrituras (2ª Tm 3:16,17). A verdadeira fé é atestada pela produção de frutos dignos de arrependimento (Mt 7:16). Podemos estar certos de que, onde não existe honestidade, não existe a graça divina. Atualmente, os homens são culpados de reduzir o que Deus requer, com respeito à santidade e à verdade, porque fazem uma falsa avaliação das exigências divinas. Infelizmente, a desonestidade nas transações comerciais tem sido cada vez mais frequente nos últimos dias (2ª Tm 3:1-5).
A mordomia deve ser tratada com honestidade (1ª Co 16:3,4). Paulo tinha um grupo para ajudá-lo na administração dos recursos financeiros (1ª Co 16:3,4 ; 2ª Co 8:16-24). Muitos perdem sua credibilidade pela maneira como lidam com o dinheiro. Paulo recomenda às igrejas escolher pessoas específicas para lidar com o dinheiro das ofertas, ou seja, apela ao caráter dos mordomos.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

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