terça-feira, 8 de junho de 2010

A parábola do amigo importuno

          A parábola do amigo importuno leva-nos a compreender que, aqui mesmo na Terra, se recorrermos a um amigo quando viermos precisar de um favor, haveremos de o conseguir. Pode esse amigo não nos atender imediatamente, de boa vontade, pode até relutar em atender à nossa solicitação, mas, se insistirmos, ainda que seja para ver-se livre de nossa importunação, acabará cedendo. Assim Deus também possui uma integridade que não violará. Jesus deixou claro para seus ouvintes que o Pai celestial não vai deixar de atender a nossa necessidade. São as três ações destacadas neste versículo: pedir, buscar e bater. O amigo importuno foi buscar o pão na casa do vizinho amigo, certamente bateu na porta e encerrou pedindo o que precisava e por fim recebeu. Assim, Jesus demonstrou aos discípulos que poderiam ser amigos de Deus (Jo 15:14,15).
          Deus é ifinitamente mais solicito para com Suas criaturas do que o melhor dos amigos e o mais afeiçoado dos progenitores; assim, pois, qualquer que seja o grau de nossa imperfeição, de nossa indigência moral, se dirigirmos o nosso apelo, em oração sincera, quando necessitamos de Seu auxílio, podemos estar certíssimos de que o socorro da providência não nos faltará (Lc 6:35,36). Não obstante, o Senhor ouvir nossas orações e nos socorrer nos momentos de aflições, não devemos supor, entretanto, que basta pedirmos seja o que for a Deus, para Ele nos conceder prontamente o que pedimos. Não! O Senhor sabe, melhor que nós, aquilo que convém, o que é necessário ao nosso progresso espiritual e, em função desse interesse mais alto é que atende ou deixa de atender as nossas súplicas (Rm 8:26).
          Os três verbos registrados em Lucas 11:9: "pedi", "buscai" e "batei" revelam a necessidade de persistência. As pessoas modernas são fortemente imediatistas e consumistas. Quando essa atitude mundana é incorporada à vida cristã, as pessoas tornam-se exigentes e voltadas apenas para o seu próprio bem-estar material; passam a encostar Deus no "paredão", confrontando-o com suas promessas: O Senhor prometeu, tem que cumprir - dizem elas, desprovidas de temor a Deus.
          Em Lc 11:5, lemos: "Amigo, empresta-me três pães". Isso demonstra simplicidade. Sabe por quê? Porque pedir emprestado, na cultura judáica, era uma atitude de extrema humilhação. Portanto, a parábola nos estimula a pedir com simplicidade. Não podemos, nem devemos pedir com arrogância, mas devemos pedir com humildade de espírito, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (1ª Pe 5:5).
          Em Cristo,

                           Tarcísio Costa de Lima 

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