sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Eclesiastes 3:1-8 Tempo e Propósito!

Deus exerce absoluta administração sobre os tempos e as estações. Salomão fala que cada acontecimento nesta vida tem seu tempo próprio. Daí o cristão dizer a Deus: "Os meus tempos estão nas Tuas mãos" (Sl 31:15). Desde a época em que Deus criou os céus e a terra, Ele conhece o futuro em sua inteireza. O Senhor sabe como cada pessoa agirá e se merecerá recompensa ou punição, dependendo da forma como usou seu tempo (Ec 9:11).
Em Eclesiastes 3 Salomão enfatiza o efeito do tempo sobre a vida e o trabalho do homem. Ele organiza diversas composições poéticas entre os versículos 2 e 8, que alcançam todas as atividades humanas. Devemos entender que Deus, na Sua sabedoria e longanimidade está controlando o tempo, para dar a todos oportunidade de um encontro real de salvação com Ele (2ª Pe 3:9).
Salomão começa com os pontos mais importantes da vida: nascimento e morte. Nascemos quando Deus quer, onde Ele determina e como é permitido por Ele (Sl 139:13-18 ; Ec 11:5). "Tempos de plantar e de arrancar" podem referir-se a cultivar e depois colher os frutos úteis. Toda a vida humana depende do sucesso da agricultura que, por sua vez, depende de Deus. Da mesma forma forma como a natureza está sujeita ao controle divino, igualmente, o homem, feito imagem e semelhança de Deus (Dn 7:14 ; Mt 28:18).
Um tempo para matar, como sucede na guerra, nas vinganças dos vingadores do sangue, nas execuções e, talvez, na autodefesa (Nm 35:15-34). Mas também há um tempo para curar, tratar dos ferimentos, aplicar medicamentos que curem, e invocar o Senhor para eliminar alguma enfermidade (Sl 103:3). Deus cura literalmente (Is 38:5,21); figurativamente (Dt 32:39 ; Os 6:1); e espiritualmente (Sl 147:3). "Tempos de derribar" lembra-nos das cidades como Jerusalém, que foi destruída por Nabucodonosor (Jr 25:1-18). "Tempos de edificar" fala-nos da reconstrução da mesma Jerusalém no tempo de Zorobabel (Zc 4:8,9 ; Ag 2:1-23). "Tornarei a levantar a tenda de Davi ... e a edificarei como nos dias da antiguidade" (Am 9:11).
"Bem-aventurados são os que agora chorais, porque haveis de rir" (Lc 6:21b). Aqui, Jesus põe fim ao choro dos oprimidos. A igreja primitiva viu nisso uma promessa espiritual, aplicando-a aos que lamentam seus pecados, os quais experimentam consolo espiritual (At 3:37,38). Tempos de prantear e de saltar de alegria falam-nos dos tempos de tristeza e de alegria. Todas as adversidades vêm sob a permissão de Deus: tempos de tristeza, alegria, vitória, festas, prazer, enfermidade, boa saúde, etc. (Rm 8:31-39 ; Fp 4:11-13).
Deus coloca no coração do homem a capacidade de entender o mundo, sua beleza, ordem e seu tempo (Rm 1:19,20). O Senhor lhe deu uma perspectiva eterna para que este possa mirar além da rotina da vida (Ec 3:11). Apesar disso, não revelou ao homem todos os mistérios da vida. Embora o homem não possa entender a totalidade do plano de Deus, nada há melhor a fazer do que decidir fazer o bem (Ec 3:12-14).
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

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