quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Eclesisates 2:1-10 Bens terrenos não trazem felicidade!

Tendo fracassado em sua capacidade intelectual, Salomão voltou-se para os prazeres seculares como possível manancial de alguma satisfação. Ele se serviu de vinho, música, casas luxuosas, edifícios e jardins. E embora essas coisas lhe proporcionassem prazeres momentâneos, não lhe concederam satisfação duradoura, pois sempre estava procurando algo novo para fazer.
Os prazeres deste mundo presente produzem valor efêmero. Eles não possuem nenhuma substância real ou propósito, com efeito somente enquanto alguém se entrega a eles. Tão logo o entretenimento termina o sentimento de euforia passa. Aqueles que "têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco" (2ª Pe 2:13), recebendo o galardão da injustiça.
"Ora, vem, eu te provarei com a alegria" (Ec 2:1). Salomão está dizendo, aqui, o seguinte: "Fiquemos à vontade para obtermos a felicidade através dos prazeres". Ele inicia uma busca desenfreada e imoral pela satisfação, indo a todos os lugares onde haviam bebida, comida e satisfação carnal, descobrindo um estilo de vida vazio. Salomão procurou a felicidade nos bens materiais e transitórios e, quando conseguiu tudo que desejaram seus olhos, concluiu que "tudo era vaidade" (Ec 2:10,11 ; Jr 2:13).
"Do riso disse: Está doido" (Ec 2:2). Salomão já não tinha fé num Deus em quem sempre confiou. Por não encontrar significado na sua forma de vida desenfreada, passou a buscar prazer nos entretenimentos, entregando-se a toda forma de prazer carnal. Depois de ter experimentado cada um deles, concluiu que "tudo na vida não tem utilidade". Ele já havia chegado a esta conclusão em Provérbios 14:13: "Até no riso tem dor o coração, e o fim da alegria é tristeza", pois "comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à luxúria, mas não se multiplicarão; porque deixaram de atentar ao Senhor" (Os 4:10).
"Busquei no meu coração como me daria ao vinho" (Ec 2:3). Salomão passa a conhecer a embriaguez. Uma vez embriagado, se entregava a toda espécie de desvario. Ele estava fazendo experiências com prazeres mundanos e se tornando um rei vulgar. Antes, era um homem moderado, mas ao fazer uso do vinho, perdera o controle. A lei de Deus já não era mais o seu guia. Suas paixões lhe diziam o que fazer. A Bíblia condena os vícios em suas variadas modalidades (1ª Co 5:11).
Salomão perdeu o entusiasmo enquanto pensava na vaidade da vida. Desencorajado, desprezou a própria existência, bem como suas obras. Ele se entristeceu por haver nascido, tornando-se tão negativo, que nenhuma academia decente gostaria de tê-lo como mestre, e nenhuma igreja gostaria de tê-lo como pregador. Que possamos cuidar para que não nos tornemos pessimistas como Salomão.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

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