quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Paixão pelas almas!

Algumas palavras do vocabulário são como as ondas do mar: sobem e descem com freqüência.
Sempre se falou de rei como sendo um monarca; de gato como sendo um animal doméstico; de fera como sendo um animal das florestas.
Hoje, existem reis para todos os gostos: da soja, do futebol, do carnaval, do mate, do gado, do bacalhau, do rock, etc., etc.
Gato para algumas senhoritas do mundo é um jovem bem apessoado, com as quais bem fariam em casar-se.
Fera passou a ser um especialista, um indivíduo de elevadíssimo QI, um candidato a campeão.
A palavra paixão tem, atualmente, inúmeras conotações.
Tal multiplicidade de definições chega a inibir o pregador evangélico, ou o escritor sacro.
Desta sorte, bem fazemos em esclarecer ao público o que queremos dizer quando fazemos alguma afirmação.
Atualmente o mundo conhece em abundância a paixão que mata.
O Evangelho, ao contrário, aponta uma paixão que faz viver.
Jesus exerceu Seu ministério terreno movido por uma superior paixão: buscar e salvar o que se havia perdido, Lc 19.10.
Moisés, no AT e Paulo, no NT, são exemplos clássicos da paixão pelo bem-estar de outros.
Nós, pregadores, precisamos falar ao Povo de Deus sobre a necessidade e a importância de ser possuído por uma paixão pelas almas.
A obsessão por agitar as massas está expulsando da Casa de Deus a virtude de fazer chorar o coração que se enche de arrependimento.
Graças a Deus pelos avivalistas. Mas, Deus, por onde anda a paixão por ver almas aos pés de Teu Filho e vidas extraviadas retornando ao Lar Paterno?
Existe paixão e paixão. A de reunir para receber aplausos e a de ajuntar para projetar a glória de Deus.
Sempre fui, sou e serei otimista. Creio que a falsa paixão, aquela que se concentra no vil metal e nas glórias ilusórias da fama, cederá lugar à paixão legítima, espiritual, divina. Aquela que contempla o sangue que opera o milagre da regeneração.
Essa paixão levou John Knox a clamar: Senhor, dá-me a Escócia, ou morrerei.
Knox herdou essa paixão de Paulo, que disse: Ai de mim, se não pregar o Evangelho.
Paulo herdou a sua de Jesus, que bradou na cruz: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
A Paixão do Filho é a mesma do Pai: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?
Seja um ganhador de almas!
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

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