quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Provérbios: quatro coisas despresíveis!

Agur, cuja identidade é desconhecida, é um nome de origem árabe e significa: "ajudador" ou "colecionador". A ele tem sido atribuida a autoria de Provérbios capítulo 30, que é uma declaração profética que apresenta preciosas lições sobre a sabedoria existente na natureza.
O estilo de Agur difere do restante do livro de Provérbios; entretanto, traz verdades igualmente fortes e vívidas. Seus comentários não são o de um filósofo, mas de uma mente perceptiva. Agur discorre sobre três coisas que alvoroçam a terra, e uma quarta que não se pode suportar, ou seja, que não é muito comum (Pv 30:21-23).
Entre os quatro tipos insuportáveis de pessoas, o primeiro é um servo que se tornou rei. Atualmente, nas sociedades democráticas, é plenamente justo e até agradável que um homem suba dos níveis mais baixos das camadas sociais da nação, mostrando o seu valor, elevando-se a uma posição de governo.  O grande estadista cristão, Abraão Lincoln, nasceu em uma cabana de madeira, se tornando um dos maiores presidentes dos EUA, e os livros de história são cuidadosos em destacar esse fato (Tg 4:6,8 ; Ec 10:7). O ensino aqui é a maneira déspota, arbitrária e com tirania que o servo chegou ao poder, destruindo o que estava a sua frente, com o fito do poder (Ez 34:4,21,22).
O tolo, que não tem apego ao trabalho honesto, que se alimenta bem forma um tipo de contradição da idéia que diz: "Se não trabalhas, também não comas" (2ª Ts 3:10). Outra verdade vinculada a este exemplo é o homem, sempre de barriga cheia, cujo interior é cheio de provisão e sua cabeça vive vazia de entendimento que se mostra insensível para com as necessidades do seu próximo (2ª Tm 3:2-6).
No original hebráico, diz-se "mulher odiada", e não meramente "mulher aborrecida". Isso implica em um tipo escandaloso de mulher. De fato, existem algumas mulheres que perturbam a paz, dotadas de um temperamento difícil (Pv 14:1 ; 21:9). Outro exemplo é o de "uma serva que se tornou herdeira de sua senhora", provavelmente, por agir de forma astuciosa (Sl 119:118). É bem provável também que esteja se referindo a uma escrava que usando de artimanhas condenáveis, subornou pessoas para alcançar seu intento malígno, conseguindo a herança e sendo admirada por sua iniquidade. 
A loucura perversa dos insensatos (Pv 30:32) é fruto da sua recusa em aceitar a vontade e a existência de Deus (Sl 14:1-3). Os que deliberadamente se propõem a agir como loucos, pelo prazer de praticar a maldade, certamente, demonstram sua rebelião contra Deus e sua Palavra, constituindo numa grande ameaça para a sociedade. Os animais irracionais são mais sábios que eles (Jr 8:7).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

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