quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Reflexão necessária!

Durante os últimos séculos, a Igreja do Senhor Jesus tem experimentado situações extremamente diversificadas.
Turbulências, perseguições, atritos internos de grande monta, evangelização surpreendente, surgimento de pregadores exponenciais, cruzadas políticas e/ou religiosas visando a sua extinção, crescimento incomum, perdas notáveis, e assim por diante.
Jesus Cristo é o Sol. Sol que nunca se apaga.
A Igreja é a Lua. Lua sujeita a ciclos e estações. Linda quando cheia, vibrante quando nova, dolorosa quando minguante, esperançosa quando crescente.
A Igreja é uma. Mas, dentro dela existem várias. Umas boas, outras melhores. Algumas outras, nem isto nem aquilo.
Certas Denominações cresceram, prosperaram e depois se apagaram, não sem deixar rastros luminosos.
No Brasil tivemos (e ainda temos) uma que brilhou por mais de um século. Missionária por vocação, refinada no ensino, criteriosa e bíblica no ensino. Porém, cometeu o irreparável erro de se opor vigorosa e decididamente ao Mover do Espírito. Hoje, amarga a pluralidade de suas dissidências e passa a admitir (tolerar, talvez) a existência de "focos pentecostais", para não se diluir de vez.
Existem igrejas que crescem e igrejas que diminuem.
Uma igreja que tem crescido muito, ao longo dos séculos, é a Igreja dos Distraídos.
Ela possui até uma "padroeira": Marta, irmã de Maria e Lázaro. Foi Jesus quem detectou sua característica basilar: ansiosa e distraída com muitas coisas, Lc 19.
Como essa igreja não mantém estrutura própria nem se institucionalizou oficialmente, a fim de manter-se independente, seus membros vivem dentro de todas as demais igrejas e precisam ser identificados.
A Igreja dos distraídos tem um incontável número de adeptos, desde ministros a catecúmenos.
Ministros que passam o tempo cuidando de fazendas e de rebanhos, enquanto a Casa de Deus geme, são obreiros da I.D. (Igreja dos Distraídos).
Pastores que se ocupam de acompanhar diuturnamente os pregões das Bolsas de Valores, desde a Ásia até os Estados Unidos, passando naturalmente pelo Brasil, via Europa (devido o fuso horário), são ministros de honra da ID.
Evangelistas que não fazem Cruzadas nem outros eventos evangelísticos em certos dias da semana, por causa dos campeonatos de futebol de sua preferência, são evangelistas das ID.
Crentes que deixam de ir à Ceia para ir aos shoppings, que não gostam de cultos dominicais que terminam mais tarde por causa dos programas fantásticos que a TV oferece, você já sabe a que igreja pertencem.
Ministérios locais que estão gastando dinheiro, tempo e energia para construir palácios, os quais muito provavelmente serão utilizados pelo anticristo, de há muito deixaram suas igrejas de origem e se transferiram para a ID.
Líderes há, em grande quantidade, que trocaram a oração pelas campanhas políticas, as quais lhes renderão preciosos votos para a próxima diretoria convencional. Eles estão fortalecendo os quadros ministeriais da ID.
Distraídos são aqueles que assistem cinco ou mais "jornais de notícias" diariamente, e por isso vão de igreja em igreja, pregando a mesma mensagem centenas de vezes, para tédio e tristezas de seus ouvintes.
Pertencem à ID os pregadores que ao invés de explanarem a Palavra de Deus para o seu público, passam minutos preciosos contando estórias que jamais aconteceram, ou citando autores que nunca conheceram Jesus.
A ID recebeu de presente uma ajuda valiosíssima para seus devotos: o Orkut, myspace e companhia. O pecado não consiste em usá-los, senão em distrair-se com eles, enquanto a mandamento da Bíblia fica esquecido: "remindo o tempo...".
Os distraídos estão por toda a parte, menos nas vigílias.
 Que Deus tenha misericórdia de nós!
 Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

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