quarta-feira, 14 de julho de 2010

Apologética Cristã - Os aspectos da verdadeira igreja.


Ao ler os evangelhos encontramos a história do ministério terreno de Jesus. Em Atos encontramos o estabelecimento histórico da Igreja em Jerusalém. Das epístolas herdamos as bases doutrinárias da Igreja. Assim sendo, nelas podemos encontrar o perfil ideal de uma igreja genuinamente bíblica.
A grande marca de uma Igreja verdadeira é o seu amor e devoção pela Palavra de Deus (At 17:11). Com a verdadeira fé vem (Rm 10:17) o equilíbrio.
Encontramos uma definição de Grudem sobre a suficiência da Bíblia que é o bastante para que compreendamos a importância dela como revelação de Deus: "Dizer que as Escrituras são suficientes significa dizer que a Bíblia contém todas as palavras divinas que Deus quis dar ao seu povo em cada estágio da história da redenção e que hoje contém todas as palavras de Deus que precisamos para a salvação, para que, de maneira perfeita, nele possamos confiar  e a ele obedecer (2ª Tm 3:16).
Jesus asseverou que o grande erro dos saduceus era não conhecer a Palavra (Mc 12:24). Ora, é evidente que Jesus confrontava acerca daquilo que Moisés já havia escrito, e eles por ignorância ainda não tinham compreendido. Não conhecer a Bíblia é não conhecer Jesus, pois Ele é o seu tema central (Jo 1:1-14).
Existem três situações quanto à aplicação da Bíblia. A primeira delas é não aplicar de forma alguma aquilo que ela diz ou prescreve (Tg 1:23,24). A segunda diz respeito a sua má aplicação, isso tem a ver com as leis de interpretação da hermenêutica bíblica. A terceira fala da sua boa aplicação; que resulta de uma saudável interpretação. Uma igreja que tem a Bíblia como aferidora da sua mensagem e conduta, não pode colocar os seus regimentos e nem suas tradições acima do que ela prega (Mt 15:6).
Jesus foi enfático: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" (Jo 5:39). Jesus censurou os estudiosos de seu tempo por não conhecerem as Escrituras (Mc 12:24 ; Lc 24:45). A igreja que se propõe pregar a Bíblia tem que aceitar o fato de que Cristo é suficiente. Não pode baratear o Evangelho como muitos fazem nos dias atuais, com pregações inócuas, e sem a presença do Cristo vivo. Toda boa mensagem tem que partir de Cristo e retornar a Ele (1ª Co 1:23,24).
Em Deuteronômio 18:15-22, Moisés predisse o levantar de um poderoso profeta no meio do povo de Israel, numa alusão clara a Cristo. Ele como profeta revela-nos Deus (Jo 1:1-14 ; 14:6-11), e ensina-nos a sua Palavra (Jo 14:10). A grande segurança da Igreja está na garantia que Cristo lhe deu (Mt 24:35).
Uma igreja que prega que Cristo morreu pela remissão dos pecados da humanidade, não pode ficar inventando meios nem fórmulas, sob pena de estarem anulando a eficácia de seu sacrifício (Hb 9:12). É importante conservarmos na memória que o sacrifício de Cristo foi único e perfeito e que de uma vez por todas preencheu todos os requisitos exigidos por Deus (Hb 9:26).
Dizer que só Cristo é o Senhor envolve em assumir as implicações dessa afirmativa (1ª Co 12:3). Jesus nasceu para ser Senhor e Rei (Jo 18:37 ; Jo 6:15). Uma das implicações mais sérias dessa afirmativa é a de que ela nos tira do trono para colocar Jesus. Nada está acima Dele, quer sejam principados, potestades, instituições, personalidades (Cl 1:16,17). Precisamos resgatar a mensagem que evidencia o Senhorio de Cristo e coloca o homem e as instituições nos seus devidos lugares.
Para ser uma igreja de perfil bíblico, implica em pregar que a salvação é pela graça, e não por méritos. Quando falamos de graça estamos ressaltando o caráter sobrenatural da salvação (Ef 2:8). Alguém já declarou que, "a misericórdia retém o julgamento que um homem merece, mas a graça outorga alguma benção que esse homem não merece" (At 15:11).
Crer que algo pode ser feito a fim de alcançarmos os favores de Deus, é diminuir a grandeza da graça (2ª Tm 1:9). É necessário entender que o preço da nossa liberdade foi o sangue de Cristo (Rm 3:24). Paulo afirma que a graça traz salvação a todos os homens (Tt 2:11). É um verdadeiro desprezo à graça, quando o homem valoriza as obras como pré-requisito para a salvação, e não como uma consequência de quem já foi graciosamente perdoado, e por essa razão quer agora, em função de sua nova vida, produzir frutos (Jo 15:1-5).
Da mesma forma que a graça nos aceita, ela é capaz de agir em nossas vidas no sentido de transformá-la. Paulo coloca isto de forma bem clara quando escreveu sua carta aos Romanos (Rm 8:30). Fica evidente aí a atuação da graça divina nos vários estágios da salvação. Nenhum de nós seríamos capazes de vivermos uma vida transformada, senão pela ação direta do Espírito de Deus em nossas vidas (2ª Co 3:18).
Quem de nós daria conta de abandonar o pecado para viver uma vida de santidade senão pela graça? (Rm 5:20). Quem prega a santificação como algo que se processa de fora para dentro, esquece-se que o Espírito Santo tem que trabalhar na interioridade da pessoa a fim de que ela possa responder satisfatoriamente às exigências de Deus (1ª Ts 5:23 ; Ef 1:3-7).
A igreja que não aprende a rejeitar aquilo que é prejudicial à fé de seus membros, está contribuindo para o fracasso dos mesmos. É dever da igreja se posicionar coerentemente com a Palavra, para evitar transtornos no corpo de Cristo (Fp 1:16). Essa é uma prática que devemos aprender com a Igreja Primitiva (At 11:17,18).
Sensibilidade espiritual é a grande característica de uma igreja que não quer fugir do modelo bíblico (Fp 1:3-6). Se cremos que é o Espírito Santo quem faz a obra, não resta outra alternativa, senão ser sensíveis à sua direção (Rm 8:14). Nos parece ter sido esta a grande marca da Igreja Primitiva que buscava resolver todos os seus problemas à luz da direção do Espírito: "E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram" (At 13:2,3). É notória a atitude de submissão da Igreja nos primeiros séculos de sua existência, e se ela nos dias atuais, quiser ver realizados os propósitos de Deus terá que percorrer o mesmo caminho.
Deus espera que a Igreja esteja na vanguarda. Que nos grandes momentos da história, saiba se posicionar coerentemente, com o fim de cumprir os desígnios de Deus aqui na Terra (1ª Tm 3:15). Conhecer os grandes momentos de Deus é a arte de manter todos os sentidos da alma atentos para o que Ele tem a mostrar: "Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes" (Jr 33:3). Aos discípulos de Jesus é dado conhecer os mistérios do reino dos céus (Mt 13:11).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tendências Heréticas da Atualidade!


"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios". (1ª Tm 4:1)

Estamos vivendo épocas difíceis no que se refere a heresias, as quais com a aproximação da volta de Cristo se avolumam cada dia mais. Como já sabemos, os autores de todas heresias sempre foram os demônios, pois eles têm a missão especial de preparar o caminho do Anticristo; mas o Espírito Santo, que prepara a Igreja para o arrebatamento, nos adverte acerca das tendências maléficas desses últimos dias (1ª Tm 4:1). Meu propósito neste artigo é descrever suscintamente as ramificações heréticas desses tempos difíceis e suas origens.
Desde os primórdios do cristianismo, a Igreja lutou verazmente contra os heréticos que comumente se manifestavam no seio da igreja (Gl 1:6 ; 1ª Tm 1:3,4). Entretanto, nestes últimos dias, o espírito do Anticristo inspira multidões, usando todos os meios possíveis para que haja redução das conversões ao verdadeiro cristianismo (1ª Jo 2:18-20).
De acordo com Paulo: "...alguns apostatarão da fé..."(1ª Tm 4:1). No grego a palavra é "aphistemi", que significa "levar à revolta, desviar, afastar-se, apostatar". O verbo apostatar significa: perder a primeira fé, repelindo-a em favor de outra crença. Infelizmente, isto acontece em larga escala nos dias atuais. Este desvio da fé representa teologicamente o desvio do sistema de doutrinas e crenças do cristianismo (2ª Tm 4:3-5).
Quando falo de abandono da Bíblia, estou me referindo a falta de estudo sistemático da Palavra (At 17:11). Infelizmente, muitos crentes estão trocando a leitura bíblica por outras leituras e essa prática é uma presa fácil para aceitação de heresias, que só podem ser refutadas com o devido conhecimento bíblico (2ª Tm 3:14-17).
O apóstolo Paulo exorta a Igreja a permanecer na simplicidade que há em Cristo (2ª Co 11:3). Simplicidade é a tradução da palavra grega "Aplotes", que significa singeleza, sinceridade, retidão. O apóstolo mostra que a serpente usou de astúcia para enganar Eva. Astúcia no original é "panourgia", que significa muitas formas de obras astutas, existindo nesta palavra a idéia de uma sabedoria negativa e destrutiva, diabolicamente empregada. Satanás sempre foi o grande mestre dessa forma contrária de sabedoria (1ª Co 3:19).
A cultura brasileira favorece exageradamente o sincretismo religioso. Dificilmente se encontrará outro país em que a cultura e a religião tenham se mesclado com tamanha facilidade. Se esta peculiaridade ajudou para que o Brasil tivesse uma só língua, também contribuiu para que nascesse uma religião sincrética com muitas heresias.
 A palavra crendice significa: "crença popular absurda e ridícula; superstição". A exemplo disso, o próprio catolicismo, que se diz uma religião cristã, adota padroeiras e faz do Brasil um país idólatra. Entretanto, a Palavra de Deus diz: "Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor" (Sl 33:12).
A palavra guru vem do hindu, e quer dizer: "venerável", um mestre ou guia espiritual que congrega à sua volta seguidores, por vezes fanáticos. Temos muitos desses no Brasil, os quais infelizmente, desviam o povo através de sua popularidade e seus escritos místicos. O povo brasileiro precisa aprender que quem salva é Jesus (Jo 14:6). Esses "gurus", a quem muitos seguem, como se fossem Deus, são instrumentos de Satanás, preparando o mundo para a chegada do Anticristo (2ª Ts 2:6-10).
Observa-se que no catolicismo, espiritismo há intercessores a quem são dirigidas preces e orações para resolverem todos os problemas da vida. Entretanto, o apóstolo Paulo ensina que Jesus é o nosso verdadeiro intercessor (Rm 8:34).
O termo "neopentecostalismo" é utilizado para designar os movimentos pentecostais recentes, denominado pelos pesquisadores como "movimento da terceira onda". É uma vertente do pentecostalismo com algumas tendências heréticas. O verdadeiro pentecostal vive debaixo do modelo da igreja primitiva (At 2:42-47). 
Uma das mais insidiosas heresias que tem surgido na igreja nestes últimos dias diz respeito à quebra de maldições familiares. Acredita-se que os pecados, alianças e padrões estabelecidos pelos antepassados podem exercer maldição sobre filhos, netos, até a terceira ou quarta geração. Para isso usam o texto de Êxodo 20:5. A maldição da lei foi quebrada na cruz do Calvário e todos os que se apropriam da vitória de Cristo ficam livres de todos os débitos que tinham acumulados contra eles (Dt 24:16 ; Cl 2:14,15 ; Rm 8:1). 
Os mestres dessa teologia ensinam que o cristão pode exercitar a mesma fé que Deus se valeu ao criar o mundo. Kenneth Copeland disse: "Você não tem Deus morando dentro de você. Você é Deus". Em nenhum texto das Escrituras aprendemos que Deus fez o homem um deus, ou que Ele tenha prometido que a humanidade um dia viria a ser deus (Gn 3:23). Esta é uma mensagem satânica que derrubou Lúcifer do céu (Is 14:14,15).
A teologia da prosperidade é uma corrente doutrinária que ensina que qualquer sofrimento do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem-sucedido é uma plena saúde, além da prosperidade material. Pobreza e doença são sinais visíveis do cristão que vive em pecado ou que possue fé insuficiente. Não sou defensor do negativismo, mas também não tenho o direito e nem fundamento bíblico para dizer que pobreza e doença são frutos de falta de fé. Os exemplos bíblicos mostram homens de Deus que foram maltratados, perseguidos e doentes (Gl 4:14,15) e o próprio Jesus disse que o Filho do homem não tinha onde reclinar a cabeça (Mt 8:20).
A igreja evangélica brasileira mostra-se muito vulnerável às falsas doutrinas. Às vezes, infantilmente, vê-se repetir heresias já rejeitadas no passado. A falta de raízes mais profundas na história faz com que a igreja brasileira ingenuamente absorva essas teologias humanas (Cl 2:22).
O Brasil traz consigo muitas crendices que, no decorrer dos anos, transformaram-se em "idolatrias cristianizadas". Estas idolatrias não estão somente no catolicismo, mas, infelizmente, também no meio evangélico: o copo com água, as pulseiras, a rosa ungida, o lenço ungido, óleo ungido, etc. Há uma confusão generalizada entre fé e pensamento positivo ou fé e poder da mente. A fé bíblica não necessita de subterfúgios, pois é uma fé verdadeira (Hb 11:1 ; Jd 3,20).
Há também uma recente novidade no meio evangélico, o "arrebatamento  espiritual", que se dá da seguinte maneira: Há evangelista que ora e as pessoas caem em um suposto arrebatamento. O testemunho de quem foi arrebatado deve ser no mínimo com muitas experiências, a exemplo de João na Ilha de Patmos (Ap 1:9-20) e de Paulo, que quando foi arrebatado viu coisas inefáveis (2ª Co 12:1-10).
Imagine alguém que se acha no direito de dizer a Deus o que Ele deve fazer! Teologicamente, isso é ridículo. Entretanto, rotineiramente, ouvimos orações de líderes do neopentecostalismo, determinando a Deus o que Ele deve fazer, usando diversas expressões, tais como: "O Senhor tem que fazer", "eu determino". Certamente não é na autoridade de Jesus que eles agem assim, porque Jesus nos ensinou a orar de maneira diferente, sempre enfocando a vontade do Pai (Mt 6:9 ; 11:25,26 ; Jo 11:41).
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima 

Os Meninos de Deus!


"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus cristo." (1ª Ts 5:23)

Em plena época do movimento hippie nos EUA, que chegou a influenciar a juventude mundial, onde o desabafo dos jovens contra a sociedade organizada se misturou com a leviandade que levou milhares de adolescentes a abandonarem seus lares e passarem a viver como nômades e peregrinos, surge a seita: Os Meninos de Deus. Nesse ambiente muito favorável, o inimigo lançou o joio, levando os jovens a uma vida de prisão espiritual.
Esta nova seita foi uma tentativa de adaptar um sistema religioso ao modo de vida de hippies e viciados, quando o ideal teria sido o inverso; daí, o abandono da família, a libertinagem e o sexo, bem como os vícios fazerem parte do modo de vida dos adeptos da nova religião. Biblicamente, um retorno aos dias de Sodoma e Gomorra (Gn 18:20), que sofreram o juízo divino (Gn 19:24,25).
David Brandt Berg, conhecido como Moisés, nasceu nos EUA e seus pais eram evangelistas da Aliança Cristã Missionária naquele país. Posteriormente, Berg surgiu dizendo ter recebido de Deus uma revelação acerca de uma missão "diferente". Começou seu trabalho na Califórnia, em 1968, entre os hippies e viciados, pregando um evangelho apocalíptico e atacando a sociedade americana, bem como as igrejas organizadas. Infelizmente, por falta de discernimento espiritual, muitos o seguiram (Jo 10:1,5).
Por alguns meses, Berg, sua família e cerca de 50 discípulos viajaram pelos EUA e Canadá pregando suas doutrinas liberais e confusas, com sabor especial para os hippies e viciados. Durante esse período, eles passaram a chamar a si mesmos de "Meninos de Deus" e a seu líder de Moisés David. Jesus nos adverte sobre a porta larga e os lobos vestidos de ovelhas (Mt 7:13,15).
Berg formulou então seu programa de estruturação da nova seita e viajou à Europa e Israel para explorar possibilidades de estabelecer colônias ou comunidades no estrangeiro. Em 1970, cerca de 120 adeptos da nova seita haviam obtido permissão para propagar oficialmente a doutrina no Texas e Califórnia através da TV, o que fizeram em associação com outro grupo bem mais forte na época, "O Povo de Jesus", que lhes concedeu toda a facilidade para divulgar a nova heresia. Era o inimigo semeando o joio na terra (Mt 13:39-42).
Moisés David diz que o fim dos tempos dos gentios deu-se em 1969: "...estes tempos dos gentios só terminaram no ano do Senhor de 1969, o ano em que os novos judeus dos últimos dias (Os Meninos de Deus) se levantaram numa revolução espiritual para reclamar o Reino de Deus". Uma falsa interpretação de Lucas 21:24, que na verdade nos mostra a grande tribulação para Israel.
Em 1974, Moisés David profetizou a destruição de São Francisco, na Califórnia, por um maremoto e foi obrigado a fugir dos EUA, no anonimato, por vergonha de sua falsa profecia. É incrível como falsos profetas comprovados como esse e outros, ainda continuam enganando! O mesmo espírito do erro, que usa o falso profeta, opera nos filhos da desobediência para aceitarem suas idéias e defendê-las (1ª Tm 4:1).
Moisés David fixou o ano de 1993 para o retorno de Cristo. Usou o argumento de que Jesus disse somente que não podíamos saber o dia e nem a hora, mas nada falou sobre o ano, semana ou mês. A fixação do ano de 1993 ou de qualquer outro para a volta de Cristo contraria o que Jesus afirmou: "Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai" (Mt 24:36). Moisés David não foi o primeiro, nem o último, a tentar adivinhar o dia da volta de Cristo, mas todos quantos vierem a fazer cairão no fracasso (At 1:7).
A atitude do fundador da seita em difundir o sexo, se deve a uma frustração conjugal.  Moisés David era casado, desde 1944, com Jane, mas enfrentava sérios problemas conjugais,  pois sua esposa cria que o sexo não era importante para os cristãos. Este fato o atormentou até que conheceu em sua igreja uma jovem com a qual passou a ter relações sexuais. Através do apóstolo Pedro podemos compreender tais atitudes (2ª Pe 2:12-14).
O líder da seita começou a utilizar a prostituição como isca para recrutar novos adeptos e como meio de aumentar os proventos econômicos. A seita passou então a ser chamada de "Família do Amor". Moisés David afirmou: "O sexo é a última etapa que pode convencer alguém de que Deus o ama". Além de falso profeta, é também um adúltero e deste modo não herdará o reino de Deus (1ª Co 6:10).
Moisés David ensina o sexo livre e uma religião sexy. Ele mesmo se considerava um líder muito sexy com um grupo de jovens seguidores extremamente voltados para o sexo. A Palavra de Deus diz que "um abismo chama outro abismo" (Sl 42:7). De passo a passo todas as formas pervertidas do sexo tomaram lugar nesta seita, num desvio total dos preceitos divinos (Rm 1:25,28).
Em suas preocupações ligadas à sexolatria, nem mesmo as pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo escaparam dos devaneios de Moisés David. Ele declarou que Deus usa a igreja para ganhar almas e corações, isso de modo pejorativo. Segundo Moisés David, Deus, através da igreja, favorecia a prostituição e mantinha protíbulos, uma das maiores blasfêmias, totalmente condenada pela Bíblia (Jd 17,19).
Como é próprio de toda seita, Moisés David enfatiza seus próprios ensinos mais do que a Bíblia, recomendando aos membros de sua "família" que prefiram suas cartas à leitura da Bíblia: "Decorar as Escrituras é fantástico desde que não vos impeça de ler as minhas últimas cartas". As cartas de Moisés David passam e envelhecem, mas Jesus disse: "Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar" (Mt 24:35).
Moisés David conta com muitos auxiliares para executar sua grande obra revolucionária. Um deles é Abaraim, o rei cigano, cujo espírito o orienta como ele deve dirigir o seu grupo cigano chamado outrora de "Meninos de Deus". Ele justifica a ajuda que recebe do espírito do rei cigano, já falecido, da seguinte maneira: "Não pense ser estranho que Deus nos oriente pelos seus servos que já morreram". Essa prática é totalmente concenada pela Bíblia (Hb 9:27 ; Jr 14:14).
Moisés David ensina que depois de terem sofrido o suficiente por seus pecados, a punição chegará ao fim e eles serão libertados das suas prisões e serão colocados na Nova Terra do lado de fora da cidade celestial. Como característica dos heréticos, ele usa a Bíblia para dizer o que a Bíblia não diz. A Palavra de Deus é explícita o suficiente quando diz que a salvação é de graça (Is 55:6,7) e que depois da morte vem o juízo (Hb 9:27), não restando qualquer outra oportunidade de salvação (Ap 22:15).
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Nova Era!


"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim". (Jo 14:6)

A expressão "Nova Era" é relativamente recente, tanto aqui como em outros países. Começou a ser usada basicamente a partir do ano de 1975, quando esse movimento passou a divulgar abertamente seus planos e ensinamentos. Entretanto, a doutrina e filosofia da Nova Era já estavam presentes em diversas organizações e religiões. Muitos ensinamentos já estavam sendo divulgados pela maçonaria, Rosa Cruz e, em larga escala, no espiritismo. Portanto é hora de despertarmos do sono e nos vestirmos das armas da luz (Rm 13:11,12).
A Nova Era é o movimento que não tem data de fundação, não tem fundador e não tem liderança humana a que esteja subordinado ou que lhe trace diretrizes, embora esteja indo exatamente para onde deseja. Estamos nos enganando, no entanto, se pensarmos que a Nova Era não possui nenhum tipo de liderança. Os verdadeiros líderes, reconhecidos pelos adeptos, são seres espirituais, a quem chamam de espíritos, anjos e extraterrestres. Sobre isto temos o alerta da Palavra de Deus (Cl 2:8).
A palavra "era" significa: "época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas". Esta definição nos interessa para comprovar nosso estudo acerca deste assunto. A razão porque tem-se ouvido tanto sobre uma Nova Era fundamenta-se na crença de que os ciclos evolutivos são desenvolvidos através de diferentes eras astrológicas, cada uma com sua carcterística distinta. Enquanto o mundo espera uma nova evolução, nós, os crentes, esperamos nossa redenção final (Rm 8:23 ; Fp 3:20,21).
Ao que parece, o movimento Nova Era começou a surgir mesmo, com a fundação da Sociedade Teosófica, em 1875, na cidade de Nova Iorque, por uma mulher russa de nome Helena Petrona Blavatsky. Os componentes da Sociedade Teosófica ensinavam que todas as religiões têm verdades comuns e afirmavam serem orientados por mestres espirituais, extraterrestres, ou até por pessoas muito evoluídas ou iluminadas. O crente aprende com seu Mestre, Jesus, a sabedoria divina (1ª Co 1:24 ; Cl 2:2,3).
O movimento Nova Era já está infiltrado em todas as áreas da vida humana, inclusive em algumas igrejas evangélicas. Ele é de natureza totalmente diabólica e não faz segredo disso (2ª Ts 2:3). Sua filosofia e idéias procedem da orientação de uma hierarquia de supostos "mestres cósmicos", que são de fato demônios dos mais altos escalões satânicos (Jo 14:30 ; 2ª Co 4:4 ; Ef 6:12).
Segundo a Nova Era, Deus não está sentado em seu trono, Ele é apenas uma energia universal de onde derivam todas as coisas. Essa filosofia panteísta faz parte da maioria das religiões espiritualistas e orientais. Pela Palavra aprendemos que Deus é o criador de todas as coisas e de todas as suas criaturas (Cl 1:16 ; Ap 4:11 ; Rm 1:18-25).
O homem é o centro de toda a doutrina da Nova Era. Como acreditam que tudo o que existe é Deus, o homem se torna a expressão máxima da evolução divina na terceira dimensão, que é a dimensão física. Dentro deste conceito, o homem nada menos é do que deus, ou seja, um pensamento satânico (Gn 3:5). De acordo com a Bíblia, o homem estava tão distante de Deus, que foi preciso Ele enviar Jesus (Rm 3:23 ; 6:23).
Num congresso da "Nova Era" afirmou-se que Lúcifer não é um ser malígno, pelo contrário, seu próprio nome já declara que ele é um "emanador de luz". Segundo eles, o cristianismo cometeu um grande erro em atribuir caráter malígno a Lúcifer. Entretanto, Jesus repreendeu Satanás e os demônios identificando-os como inimigos da obra de Deus (Mt 4:1-11 ; 8:28-34).
Os seguidores da Nova Era utilizam-se muito de simbolismo. Isso se deve ao seu extremo misticismo e cada seguimento adota apenas os símbolos que atendem às suas necessidades. Algumas dessas figuras, no entanto, são comuns a todos eles.
A borboleta simboliza o aquariano que saiu das trevas do casulo de peixes para a dimensão celestial de aquário. Pode também significar o próprio movimento Nova Era. Eles tentam ridicularizar o cristianismo, dizendo que Jesus representou a era de peixes e ao mesmo tempo dizem que essa era representava as trevas. Mas, Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8:12).
A pirâmide como símbolo da Nova Era, é tida como uma espécie de canal poderoso, através do qual recebe-se energia cósmica. Por outro lado, a pirâmide é representativa da hierarquia espiritual do movimento Nova Era, desde a sua base até o seu líder máximo, Lúcifer, no topo. Uma filosofia ou religião que tem Lúcifer no comando ou no topo mostra que tais seguidores são adeptos declarados de Satanás. Em Jo 8:44, Jesus mostra as caraterísticas do pai da Nova Era.
O Ying-Yang, afirmam, representa o equilíbrio entre o masculino e o feminino, entre a energia cósmica negativa e positiva. Representa na verdade a ligação energética com os poderes dos demônios. O salvo em Cristo não precisa depender de equilíbrios ou vibrações cósmicas ou astrológicas para suas decisões e direção de sua vida, ele tem o poder e a direção de Deus para sua vida (Ef 6:10 ; Rm 12:2).
O proclamado "Cristo" da Nova Era, não é como muitos pensam, o Senhor Jesus, mas é o Maitreya (um nome extra-bíblico). Esse elemento ainda vai se revelar como o educador do mundo e deverá assumir o governo do planeta. O deus dos adeptos da Nova Era é Lúcifer, de quem receberão o poder para controlar o futuro governo mundial (Ap 13:4,5). Conforme o ensino da Nova Era, o Maitreya é o mestre dos mestres, e ele é apresentado como o "Cristo" para enganar o mundo (Ap 13:1). Tudo isto nos fala que já estamos na última hora (1ª Jo 2:18).
A proposta da Nova Era, contudo, é extremamente hipócrita: prega a fraternidade entre os homens e ao mesmo tempo restringe a liberdade religiosa (Mt 24:9). Satanás sabe que o Senhor Jesus virá arrebatar a sua Igreja (1ª Ts 4:15-17) e já tem uma explicação para o desaparecimento repentino dos cristãos fiéis: eles serão sequestrados numa nave espacial e levados para outro planeta. Mas, Jesus prometeu nos levar para si mesmo (Jo 14:3).
A Nova Era afirma que Jesus seria apenas mais um Cristo, entre muitos Cristos. Jesus seria apenas o Cristo da era de peixes, que estaria se encerrando, para dar início à era de Aquário, cujo "cristo" seria o senhor Maitreya. A Bíblia nos alerta sobre a vinda do Anticristo (2ª Ts 2:3,4), por isso devemos estar vigilantes, buscando em Jesus o caminho para o céu (1 Co 15:51,52).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

Os Unitaristas!

"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". (Mt 28:19)

É interessante observar que toda nova doutrina se desenvolve em um ambiente de pessoas que são supostamente iluminadas e com novas revelações, desfazendo completamente a base bíblica doutrinária existente. Esta é praticamente a característica de todas as seitas que no decorrer dos anos vão se avolumando e se reorganizando. No comando das seitas está o espírito do erro e do engano. É o que podemos verificar sobre os Unitaristas. Por isso as Escrituras nos alertam, dizendo: "Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus..." (2ª Jo 9).
No terceiro século de nossa era surgiu uma doutrina nova com respeito à natureza de Deus. Sabélio, presbítero da igreja cristã no norte da África, começou a negar a existência da Trindade, dizendo que Jesus era o Jeová do Antigo Testamento e a única pessoa da divindade. Segundo ele, os termos "Pai" e "Espírito Santo" somente se referiam a certos aspectos do caráter de Jesus e não a outras pessoas. Tal ensino choca-se frontalmente com a verdade da Palavra de Deus (2ª Co 13:13).
Esta doutrina chegou a ser conhecida como "o modalismo", que é uma ramificação do monarquianismo, doutrina desenvolvida, no terceiro século, por Teodoto, Paulo de Samósata, Sabélio e outros, que negaram a doutrina da Trindade esboçada pela igreja primitiva (At 2:42). o modalismo ou sabelianismo, como é frequentemente denominado, foi rejeitado como herético em 261 d.C. Negar a Trindade significa rejeitar o plano da salvação (Jo 16:8-11).
Em 1913, John G. Scheppe teve uma revelação do poder do nome de Jesus. No acampamento onde se encontrava, começou a estudar o assunto e chegou à conclusão que o verdadeiro batismo tinha de ser em nome de Jesus. Além do mais, era imprescindível ser batizado com água para ser "nascido da água", ou ser salvo. Começaram a batizar-se novamente segundo esta fórmula. Segundo as Escrituras, Jesus mandou batizar em nome da Trindade divina (Mt 28:19), contrariando tais falsos ensinos.
Entre as igrejas que surgiram desse movimento, a Pentecostal Unida é provavelmente, a mais forte e existe em vários países. Outros grupos menores e muitas igrejas independentes têm aceitado esta interpretação, infelizmente (Jr 23:36).
A Igreja "Só Jesus" ensina que o batismo em águas deve ser em nome do Senhor Jesus Cristo, baseado em Atos 2:38. Entretanto Cristo, disse: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28:19).
Pedro pregou a milhares de judeus religiosos que criam no Pai e no Espírito Santo, porém não reconheciam Jesus como seu Messias e Senhor e o tinham cruscificado. Para serem salvos, teriam de arrepender-se e batizar-se em nome de Jesus, para mostrar publicamente que o aceitavam como Senhor, da mesma maneira que aceitavam o Pai e o Espírito Santo (At 2:38).
Um livro denominado "Didaquê" ou "Ensino dos doze Apóstolos", que circulava no primeiro século, nos diz o seguinte: "Agora, concernente ao batismo, batizai desta maneira: depois de ensinar todas estas coisas, batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Noutra parte do mesmo livro diz que: "O bispo ou presbítero deve batizar desta maneira conforme ao que nos ordenou o Senhor em Mateus 28:19".
Os unitaristas, "só Jesus", negam a Trindade e ensinam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três nomes de uma só pessoa. Jesus, entretanto, fala e ensina sobre a Trindade. Em João 14:16,26 e 15:26, Ele promete rogar ao Pai para enviar o Espírito Santo; e em Mateus 28:19, Ele manda batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A oração de Cristo, em João 17, não teria sentido se não existisse o Pai à parte de Jesus. Para eles, João 3:16 perde seu significado, pois quem será este Filho Unigênito? Que significa João 1:1,2,14 quando nos diz que o Verbo estava com Deus e que era o unigênito Filho de Deus? A promessa de Jesus de enviar outro Consolador a seus discípulos seria um engano se fosse ele mesmo que tivesse voltado na qualidade de Espírito Santo. E o que sucedeu com seu corpo ressuscitado? Podemos observar que estas teorias tiram o valor das palavras de Jesus e de sua obra como sumo sacerdote.
A pregação de Pedro na casa de Cornélio (At 10:38-42) ensina a unidade em cooperação de três distintas personalidades. Em Ef 2:8-18, Paulo mostra como as três pessoas operam nossa salvação. Hebreus 9:14 tem a mesma mensagem: "Quanto mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus...". Quase todas as epístolas fazem, na saudação ou na despedida, mensão a Deus, o Pai, e a seu Filho Jesus Cristo e a benção apostólica invoca a Trindade (2ª Co 13:13).
Em Gênesis, lemos: "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." (Gn 1:26,27). A quem Deus se dirigiu quando disse: "façamos"? A expressão: "nossa imagem e semelhança" demonstra que havia uma pluralidade na divindade. Sem dúvida, estava alí a presença do Filho e do Espírito Santo (Jo 1:1-3).
Quando lemos as palavras do Senhor em Gn 11:7: "Vinde, desçamos, e confundamos alí a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem do outro", percebemos claramente uma alusão à Trindade. O profeta Isaías revela a Trindade, quando afirma: "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" (Is 6:8). Em Isaías 54:5, o texto foi traduzido no singular: "O teu Criador é o teu marido". No hebráico as palavras para criador e marido estam ambas no plural e significam: teus criadores são teus maridos. Tudo isto revela a Trindade divina.
Em Mateus 28:19, Jesus fala de um nome que pertence ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Ao estudarmos os nomes de Deus, veremos que eles incluem as três pessoas da divindade: Elohim, Adonai e El Shadai. No hebráico, há três números gramaticais: o singular, que designa um; o dual, que indica dois, e o plural que indica três ou mais. Cada um destes nomes está na forma plural no hebráico, e portanto demosntra que Deus representa a Trindade.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Congregação Cristã no Brasil!

"E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam". (1ª Ts 5:12)

A Congregação Cristã no Brasil é vista por alguns como uma seita, por outros, como um movimento contraditório. Meu objetivo neste artigo é demonstrar o caráter sectarista e exclusivista desta igreja, fato que me impele a tratá-la no mínimo como um movimento contraditório; pois suas doutrinas são fundamentadas em versículos isolados, e mal interpretados, das Escrituras. Além disso, os seus membros vêem as demais igrejas como seitas.
Luis Francescon, nascido em 29 de março de 1866, na comarca de Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália, imigrou para os EUA e começou a ter conhecimento do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891, aceitou a Cristo como seu salvador e ano seguinte, ele e o grupo evangelizado pelo irmão Nardi e algumas famílias da igreja Valdense fundaram a primeira igreja Presbiteriana Italiana. Através do apóstolo Paulo, somos advertidos sobre o verdadeiro fundamento da igreja (1ª Co 3:10-13).
Conforme o próprio relato de Luis Francescon, após três anos frequentando a igreja Presbiteriana Italiana, enquanto lia o trecho bíblico de Colossenses 2:12, ouviu duas vezes as seguintes palavras: "Tu não obedeceste a este meu mandamento". A partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado por aquela igreja. Com Jesus aprendemos a forma bíblica do batismo (Mt 3:15,16).
Com a viagem do pastor da igreja Presbiteriana, coube a Francescon, como ancião, presidir a reunião no dia 06 de setembro de 1903. Alí, ele teve a oportunidade de falar acerca da revelação do batismo e convidou a todos os membros daquela igreja para assistirem ao seu batismo por imersão. Ao seu batismo compareceram cerca de 25 irmãos, dos quais 18 foram batizados. Com o retorno do pastor à igreja, Francescon não pôde fazer outra coisa senão pedir seu desligamento juntamente com o grupo batizado de forma desobediente. Assim, estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre, reunindo-se na casa dos irmãos. Entretanto, a Bíblia proíbe divisões no corpo de Cristo (1ª Co 12:25).
Em 1907, o grupo liderado por Francescon teve contato com o movimento pentecostal, participando das reuniões realizadas pelo pastor William H. Durhan. No dia 25 de agosto de 1907, Luis Francescon recebeu o batismo com o Espírito Santo e algum tempo depois foi chamado para levar a palavra à colônia italiana, e o movimento foi se expandindo. Quanto à experiência pentecostal, a Bíblia ensina que os dons de Deus são sem arrependimento (Rm 11:29).
Depois de ter estabelecido o trabalho na Argentina, Franscescon e Giacomo Lombardi dirigiram-se ao Brasil em março de 1910, com destino a São Paulo, onde o trabalho foi pouco promissor. Em abril de 1910, seu amigo partiu para Buenos Aires e Francescon foi para Santo Antonio da Platina, no Paraná, deixando estabelecido alí um pequeno grupo de crentes pentecostais, o primeiro grupo desse segmento no Brasil.
Ao retornar para São Paulo, após um contato inicial com a igreja Presbiteriana do Brás, onde alguns membros aceitaram a mensagem pentecostal, surge a primeira "Congregação Cristã" organizada no país. A partir daí, o trabalho espalhou-se por onde existia colônias italianas, notadamente na região sudeste do país, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná. Seu fundador, o ancião Louis Francescon, faleceu em 07 de setembro de 1964, em seu país de origem.
A história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foi se adequando a certos individualismos. Baseados na história narrada pelo próprio Francescon, podemos ver que o comportamento deles hoje é bem diferente do seu fundador, que mantinha comunhão com as demais denominações. A comunhão será sempre a marca dos verdadeiros filhos de Deus (Sl 133).
A Congregação Cristã teve sua origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da predestinação. Somado a isso, algumas profecias diziam que lhes seriam enviados os que haveriam de se salvar. Pelo fato do ancião Francescon não ficar continuamente junto aos novos grupos, isto trouxe com certeza grandes erros na interpretação bíblica e orientação da liderança nacional. A Bíblia ensina que devemos conhecer o estado de nossas ovelhas (Pv 27:23).
A Congregação Cristã ensina que o Espírito Santo dirige tudo e que não é necessário se preparar, examinar ou meditar nas Escrituras. Sem dúvidas, o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja, mas isto não significa que devemos desprezar o estudo das Escrituras (1ª Tm 4:13).
Infelizmente, eles não reconhecem o batismo efetuado por ministros de outras denominações, mesmo que seja por imersão em nome da Trindade (Mt 28:19). Entretanto, não posso concordar com a maneira pela qual a Congregação Cristã ministra o batismo nas águas às pessoas, sem preparo algum. Reconheço que a validade do batismo depende do preparo do batizando (At 8:36-38).
Quanto ao uso do véu, convém salientar que o uso do vestuário no culto, tal como o véu, chapéu, roupas e etc, depende de cada cultura, pois os costumes se alteram e as exigências também. Segundo a Bíblia, o cabelo foi dado em lugar do véu (1ª Co 11:15).
A Congregação Cristã nos acusa de saudar os irmãos com a "paz do Senhor". Para justificar esse conceito, afirmam: "devemos saudar com a paz de Deus, e nunca com a paz do Senhor, porque existem muitos senhores, mas Deus é só um". Essa acusação se desfaz quando lemos as palavras de Paulo em 1ª Co 8:5,6. Eles não conseguem entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos saudando com a paz que Jesus nos deixou (Jo 14:27).
A Congregação Cristã insiste em adotar costumes como é o caso do ósculo santo (Rm 16:16), pensando com isto estar em posição espiritual superior aos outros. O ósculo era uma maneira comum de saudar no oriente, muito antes do estabelecimento do cristianismo e tem servido como parte da expressão judaica em suas saudações, tanto nas despedidas como também na forma de demonstração geral de afeto (Gn 29:11 ; 33:4). Também parece ter sido um sinal de homenagem entre os israelitas (1º Sm 10:1).
Ensinam os anciãos da Congregação Cristã que o dízimo é da lei, e que é maldito e hipócrita aquele que dá e aquele que o recebe. A Bíblia ensina que o dízimo é do Senhor (Lv 27:30), porém eles ensinam que o dízimo é para ladrões. Entretanto, Jesus não condenou a prática do dízimo (Mt 23:33), mas condenou os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da lei de Deus (Lc 11:42). O autor da epístola aos Hebreus nos ensina sobre a prática do dízimo na atual dispensação (Hb 7:8,9).
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima     

A Ciência Cristã!

"Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência". (1ª Tm 6:20)

Quanto mais estudarmos a origem da religião chamada Ciência Cristã, mais perceberemos que é um sistema de escapismo. Nega a existência da matéria, do sofrimento, da enfermidade, do pecado e de todo o mal. Diz que estas são apenas idéias errôneas, pois na realidade tudo é bom, tudo é perfeito.
A Ciência Cristã é uma mistura de filosofia, sistema de cura e religião. Na realidade, não tem nada de ciência, nem de cristã. Foi fundada por Mary Baker Eddy, nascida em 15 de junho de 1821, em Bow, Estado de New Hampshire, EUA. A Srª. Eddy quando jovem pertenceu à igreja Congregacional de Tilton, mas na realidade não passou pela experiência da conversão, pois ela jamais nasceu de novo (Jo 3:3-5).
Apesar de Mary Baker Eddy ter sido membro da igreja Congregacional, foi influenciada por um "curandeiro" popular chamado Fineas Quimby, que anunciava um novo método de curar os enfermos, não pela medicina, mas ensinando aos enfermos a natureza de seu mal, dizendo-lhes que podiam curar-se por seu estado mental. Mary procurou Fineas Quimby, a fim de buscar alívio para seus males crônicos, e este lhe disse que ela não tinha enfermidade, apenas seu espírito refletia a angústia sobre seu corpo, e ela lhe deu ouvidos (1ª Tm 4:1,2).
Depois da morte do curandeiro, Mary sentiu-se inspirada a repartir com outros a grande verdade que havia descoberto. Em 1875, publicou o livro que chegou a ser a autoridade suprema na religião que ela fundou, chamado "Ciência e Saúde como Chave das Escrituras". Nesse livro, ela negava a existência não somente da enfermidade, mas da própria matéria. Em realidade tudo o que existe é Deus, ele é tudo em tudo. Nosso espírito é uma parte dele, e, portanto, é bom. Não há tal coisa como pecado ou morte. Esse é o ensino básico que ela apresentava, uma heresia anti-bíblica (1ª Tm 4:16).
Em 1879, foi organizada a primeira igreja de Cristo Cientista. Esta seita conta atualmente com milhares de adeptos ao redor do mundo. Antes de sua morte, em 1910, Mary Baker Eddy amontoou uma fortuna com o lucro da venda de seus livros, que ensinavam como receber a cura das enfermidades. Compreendemos pela Bíblia que somente Jesus cura nossas enfermidades (Is 53:4 ; At 10:38).
Embora a senhora Eddy tenha dito que a Bíblia era sua autoridade, por outra parte afirmou que tantos erros têm se insinuado na Bíblia, que já não se pode aceitá-la como verdadeira. Sempre que uma declaração bíblica esteja em contradição com a ciência cristã, a senhora Eddy dizia que tratava-se de um erro da Bíblia. Podemos afirmar que a experiência de milhões de cristãos demonstra que a leitura e interpretação literal da Bíblia, longe de levar-nos à incredulidade e ao desespero, têm operado maravilhas em nossas vidas (2ª Tm 3:16,17).
Sobre Deus ela escreveu: "Deus é amor, e amor é um princípio, não uma pessoa. Este princípio é mente, substância, vida, verdade e amor. Interpretado corretamente, princípio é o único termo que expressa completamente as idéias de Deus. Somente com essas citações observamos vários conceitos heréticos desta seita sobre Deus. Os fundamentos básicos de toda a seita descansam sobre o conceito panteísta de Deus, isto é, Deus é tudo e tudo que existe. Biblicamente Deus é uma pessoa que se revela aos homens e fala através de Jesus Cristo (Hb 1:1).
A senhora Eddy dizia: "A teoria de três pessoas em um Deus sugere politeísmo em vez do único sempre presente "Eu Sou". A Ciência Cristã é o Espírito Santo". Ela interpretou as palavras de Jesus: "Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco" (Jo 14:16), considerando o "outro Consolador" como sendo a "Ciência Divina". De acordo com a Bíblia, o Espírito Santo é uma pessoa e é Deus. Ele intercede pelos crentes (Rm 8:26,27). A doutrina da Trindade foi ensinada pelo próprio Cristo (Mt 28:19) e Paulo cria nela (2ª Co 13:13).
Para a ciência cristã, Jesus era simplesmente uma idéia, o resultado da consciente comunhão de Maria com Deus. Segundo a ciência cristã, Jesus é o ser humano e Cristo a idéia divina. Segundo a Bíblia, a encarnação de Jesus uniu a natureza humana e a divina em uma só personalidade, dando-lhe o direito de chamar-se Filho de Deus (Lc 1:30-35 ; Mt 3:17 ; Jo 1:1 ; Hb 13:8).
A ciência cristã também nega a realidade da morte e ressurreição de Jesus. Segundo ela Jesus dominou seu corpo de "carne e ossos". O que os evangélicos chamam de ressurreição foi a demonstração da ciência divina, "o triunfo da verdade e do amor imortal sobre o erro". Entretanto, a Palavra de Deus nos ensina que Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1ª Co 15:3-6).
A ciência cristã ensina que a segunda vinda de Cristo é o despertar de um sono enganoso para dar-se conta da verdade. Segundo a Bíblia, Jesus voltará ao mundo cumprindo sua promessa (At 1:11 ; 1ª Ts 4:16,17). Cristo já descreveu a maneira de sua vinda (Mt 24:23-31,36-44). Seguramente, ele sabe muito mais que a senhora Mary Baker Eddy.
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Igreja da Unificação!

Foto do reverendo Moon

"Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou alí, não lhe deis crédito". (Mt 24:23)

A igreja da Unificação tem chamado a atenção de muitos líderes no mundo como uma seita que se espalha rapidamente e que escravisa psicologicamente a atual geração jovem. Cristãos em geral encaram-na como uma seita herética e pervertedora do Evangelho de Jesus Cristo. Seu líder se autodenomina um Messias e pretende estabelecer uma nova ordem no mundo com suas "supostas revelações". Esta seita já está instalada no Brasil arrebatando os incautos.
Neste mundo há muitas vozes que se têm levantado profeticamente, a fim de proclamar soluções e remédios para as complexidades da vida de hoje. Sun Myung Moon é uma destas vozes, que começando na Coréia do Norte e avançando para os EUA, prosseguiu para outros países, inclusive o Brasil. Entretanto, somosalertados pela Palavra de Deus contra os falsos mestres (2ª Pe 2:1-3 ; 1ª Pe 2:6).
Sun Myung Moon, coreano, evangelista, milionário, industrial e fundador da igreja da Unificação, nasceu na Coréia do Norte em 06 de janeiro de 1920, filho de pais presbiterianos. Quando tinha dez anos, sua família se converteu ao cristianismo e ele se tornou membro de uma igreja presbiteriana. Posteriormente em Seul, frenquentou uma igreja pentecostal. Atualmente é chamado de "Pai" ou "Mestre" pelos seus adeptos, o que Jesus recriminou em seu discurso aos fariseus (Mt 23:8-10).
Ele conta que, na manhã da páscoa de 1936, estava orando fervorosamente, numa montanha solitária, quando teve uma visão de Jesus. Nessa visão, Jesus, supostamente, mandou Moon "completar a tarefa incompleta do Filho de Deus". Também relata que Jesus lhe disse que "ele" (Moon) era o único que podia fazê-lo e que pediu-lhe muitas vezes. Enfim, Moon cedeu aos pedidos de Jesus e aceitou a tarefa, sabendo que não haveria quem pudesse substituí-lo, caso ele falhasse (Hb 13:8,9 ; Gl 1:8,9).
Durante os nove anos que se seguiram, Moon se preparou para esta missão. Em Seul, gastou a maior parte de seu tempo em oração e descobriu que Deus estava muito solitário lamentando os pecados da humanidade. Durante este período, ele pelejou e lutou em batalhas espirituais e ferozes contra as forças que tentaram afastá-lo de sua missão. Infelizmente, Moon estava cego pelo deus deste século (2ª Co 4:4).
Em 1946, Moon viajou ao Sul da Coréia e lá encontrou Paik Moon Kim, cujo nome significa "cem letras de ouro". Este senhor, seis anos mais velho que Moon, se considerava um "salvador" e declarava-o publicamente. Naquela região, havia muita expectativa sobre o aparecimento de um "messias coreano". Moon passou seis meses com Kim na cidade de Paju, ao norte de Seul, numa comunidade chamada Israel Soodo Won (Mosteiro de Israel). Lá aprendeu, o que depois se tornaria a base da sua própria teologia, o que Jesus já nos havia alertado (Mt 24:4,5,23-27).
Em 1953, Moon foi para Seul, onde fundou sua nova igreja em 1954, chamando-a em coreano de:"Tongil-kyo", ou seja, a Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial, a igreja da Unificação. Naquela época havia apenas cinco membros. O apóstolo Paulo fala que um pouco de fermento leveda toda a massa (1ª Co 5:6,7).
Segundo a história da seita, a primeira esposa de Moon o acompanhou por dez anos e o deixou porque não concordava com suas práticas poligâmicas. Segundo Moon, ela não compreendeu sua "missão". O último casamento de Moon foi com Miss Kim, isto é, seu quarto casamento, com uma moça de dezoito anos recém-formada. Este casamento é chamado pelos seguidores de "O casamento do Cordeiro", uma diabólica interpretação de Apocalípse 19:7. O verdadeiro casamento do Cordeiro será com sua noiva, a igreja (Ef 5:26,27).
Em 1957, os missionários de Moon já tinham levado sua mensagem para a maioria das cidades do sul da Coréia. Ele começou então a receber muita oposição das verdadeiras igrejas cristãs. Mesmo assim, o movimento continuou a se espalhar e, em 1958, estabeleceu centros no Japão e nos EUA. O espírito do erro usa tanto os mensageiros como os ouvintes que prestam atenção em suas mensagens malígnas (Mt 24:23).
É interessante ressaltar que na maioria das seitas, as heresias começam com as "visões e revelações" de seus fundadores, denominadas como "experiências especiais" e que eles são chamados a serem os "salvadores", os messias da humanidade. Assim foi com o Moon e com tantos outros que surgiram. Eles sempre têm uma nova revelação além da Bíblia. Na seita de Moon, o livro "O princípio divino" é a verdadeira revelação. O crente deve buscar a verdadeira revelação na Bíblia (Ef 1:17).
Dizem os moonistas que a positividade e a negatividade básicas de Deus são os atributos essenciais de seu caráter e forma. Chamam de positividade e negatividade divinas a sua masculinidade e feminilidade, respectivamente. Portanto, o homem é a forma visível de Deus, e Deus a forma visível do homem, Deus e o homem são um. A Bíblia ensina claramente que o homem, longe de ser a "encarnação de Deus", é criatura dele (Hb 2:7 ; Jo 1:11,12 ; Is 43:10-13).
Dizem eles: "A Bíblia não é a própria verdade, mas um livro de texto que ensina a verdade. Portanto não devemos considerar o livro de texto como absoluto em todos os detalhes". A Palavra de Deus afirma: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra". (2ª Tm 3:16,17).
Moon ensina que Jesus fracassou em sua missão e a razão de sua cruscificação foi João Batista. Segundo ele, João Batista causou tanta descrença em Jesus, que os judeus se dividiram. Jesus, reconhecendo a situação e sabendo que não seria aceito pela nação judáica, resolveu tomar a cruz como idenização, para pagar pela realização da salvação espiritual do homem, pelo menos. Entretanto, a Bíblia nos ensina outra verdade (Cl 1:12-20).
Além de Jesus não ser considerado como Deus, o próprio Deus é entendido em termos na doutrina masculina/feminina de Moon. Portanto, deve haver uma "verdadeira mãe" para acompanhar o "verdadeiro pai", para gerarem filhos de bondade. Segundo ele, esta "verdadeira mãe" seria o Espírito Santo. Basta examinar os textos originais do Novo Testamento para mostrar que o Espírito Santo referido em Jo 14:26 e 16:7, na terceira pessoa no masculino, nega qualquer associação inventada com uma "verdadeira mãe".
Eles dizem: "Precisamos compreender que pela cruscificação, Deus e Jesus perderam tudo. No momento da cruscificação não havia nada alí, nem a família e nem o cristianismo; portanto não houve redenção, nem salvação. E também não ocorreu alí o início do cristianismo". Entretanto existem inúmeras passagens bíblicas que nos ensinam que no Calvário, Cristo realizou plenamente a redenção e que alí se cumpriu a nova aliança, onde Jesus fez "a purificação dos pecados" e se tornou a "propiciação pelos nossos pecados" (Hb 12:24 ; Mt 26:28).
Segundo Moon, Adão fracassou porque teve relações sexuais com Eva fora do mandamento de Deus, gerando filhos pecadores. O plano era gerar filhos sem pecados. Adão foi substituido por Jesus, que deveria constituir uma família com filhos perfeitos, mas também fracassou. Agora veio o terceiro Adão, Moon, como solução para a humanidade, trazendo uma nova geração através do "papai" e "mamãe" Moon. Segundo a Bíblia, a queda do homem foi devido à sua desobediência a Deus e não pelo sexo, que é um dom de Deus para procriação  e felicidade do ser humano (Gn 1:27,28).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

O Espiritismo!

"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo". (Hb 9:27)

O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias que mais cresce no mundo de hoje. O Brasil, particularmente, detém o triste recorde de ser o maior  reduto espírita do mundo. O seu crescimento se dá, em grande parte, devido ao facínio que os seus ensinos exercem sobre as mentes das pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento e alienadas de Deus. Alheio à Palavra de Deus e divorciado de toda a verdade, o espiritismo tem se constituído numa espécie de "profundezas de Satanás", pronto a tragar pessoas incautas que estão a buscar a Deus em todos os lugares.
A palavra "espiritismo" tem sua origem no vocábulo francês "espiritisme". Uma adaptação do termo grego "Pneuma" (espírito). Sua origem faz parte da tradição de vários povos, como os egípcios, caldeus, hindus, assírios, etc. O espiritismo que hoje se expande no Brasil e no mundo nada mais é do que a continuação da necromancia e do ocultismo praticados pelos povos antigos (Is 8:19).
A figura de Allan Kardec é a principal no meio espírita. Léon Hippolyte Ravail, o verdadeiro nome de Allan Kardec, nasceu na cidade de Lion, na França, em 1804. Ele tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois publicou "O livro dos Espíritos" que muito contribuiu na propaganda espírita, infelizmente.
As manifestações de cunho espírita no Brasil são muito antigas. Ainda que não fossem conhecidas por esse nome, pois os índios praticavam diversos rituais de pajelança. Depois vieram os portugueses, com sua fachada cristã, mas envolvidos com a bruxaria européia. Finalmente, chegaram os escravos africanos com suas tradições que continuam em estado crescente em nosso país.
Certamente faz parte das estratégias satânicas mudar apenas o nome, mas a doutrina ou a operação continua a mesma. Podemos citar muitas nomenclaturas do espiritismo, tais como: Espiritismo comum, Baixo Espiritismo, Espiritismo Científico, Espiritismo Kardecista, Espiritualismo, Quiromancia, Cartomancia, Grafologia, Hidromancia, Astrologia, Voduismo, Candomblé, Umbanda, Quimbanda, Macumba e algumas sociedades que se dizem filosóficas, teológicas, científicas e beneficentes, etc. A lista dessas ramificações no Brasil é muito longa, por isso devemos orar por nossa nação (Sl 33:12).
Temos na Bíblia a proibição das várias formas de espiritismo (Is 8:19,20 ; Dt 18:10-12). Como nos mostra a Bíblia, as nações antigas já eram dadas a essas práticas (Is 19:3), inclusive com sacrifícios humanos.
Adivinhação e prognosticação consistem em predizer eventos futuros ou descobrir coisas secretas por meio de comunicação direta, por sinais ou agouros. A Bíblia condena severamente a adivinhação e a prognosticação, pois Deus as proíbe e as classifica entre as abominações pagãs (Lv 19:26,31).
A ventriloquia, segundo o dicionário, é a arte de modificar a voz de maneira que pareça vir de longe e de imitar a de outras pessoas ou diversos sons. Esta arte, praticada legitimamente no mundo do entretenimento, tem servido também a alguns charlatões ou farsantes no espiritismo para explorarem sua clientela. Os demônios são espíritos enganadores (1ª Tm 4:1), que desde antigamente falavam mentiras através dos falsos profetas (1º Rs 22:22). Por isso o Senhor adverte ao seu povo (1ª Jo 4:1-3).
As doutrinas dos vários grupos espíritas são tão diferentes que é impossível definir todas. No "baixo espiritismo", da magia negra, fazem pacto com o diabo e proferem obscenidades contra Deus (Ap 13:6). Considerarei aqui somente as doutrinas dos grupos mais "refinados" e em particular a "Declaração de Princípios" adotada pela associação nacional dos espíritas.
Não reconhecem a Bíblia como autoridade de fé ou doutrina. Baseiam sua doutrina nas "revelações". Na obra "O ABC do Espiritismo", citam a pergunta: "Não se baseia a Bíblia no espiritismo?" e respondem: "Não! O espiritismo não depende de nenhuma revelação anterior para suas credenciais e provas". Para os cristãos é pura blasfêmia o fato de colocar as revelações contraditórias do espiritismo no mesmo nível da infalível Palavra de Deus. Temos evidências demais, as quais nos levam a depender somente da revelação bíblica (2ª Pe 1:19-21).
A. J. Davis, o "precursor do espiritismo", combatia vigorosamente a idéia da expiação, dizendo que era de tendência imoral e que nunca houve evidência da queda do homem. Todavia, os espíritas reconhecem a existência do mal e crêem que existe uma espécie de purgatório para os espíritos das trevas. A Bíblia, entretanto, mostra a base para a doutrina da expiação (1ª Co 15:21,22 ; Rm 5:12).
Os espíritas defendem que, por meio das obras, as almas podem ir progredindo das regiões escuras para as esferas de luz. Com o tempo todas chegam às esferas superiores. Para sustentar essa falsa doutrina, defendem a reencarnação, torcendo textos bíblicos como Jo 3:3, e defendem que João Batista é a reencarnação do profeta Elias. A Bíblia ensina que nossa salvação não é pelas obras, e sim pela fé (Ef 2:8,9).
O manual espírita declara: "Cremos na inteligência infinita...Por isso expressamos nossa crença em um poder supremo, impessoal, presente em todo lugar, manifestando-se como vida através de todas as formas organizadas da matéria, chamado por alguns, Deus, por outros, espírito, e pelos espíritas, inteligência infinita". Nós, os evangélicos, cremos que Deus é um ser pessoal, que possui inteligência infinita, e que tem interesse por cada um de nós (Jo 3:16 ; Rm 5:8).
Os espíritas crêem que Jesus foi o melhor mestre, exemplo e médium que o mundo conheceu. Crêem na divindade de Cristo, no mesmo sentido em que crêem na divindade de todo ser humano. Não o reconhecem como divino em sentido único. Crêem que Jesus foi um dos vários salvadores vindos ao mundo. O salvo crê que Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens (1ª Tm 2:5 ; At 4:12 ; Jo 14:6), o unigênito Filho de Deus, eterno e coexistente com o Pai (Jo 1:1-3).
Alguns grupos de espíritas falam muito no Espírito Santo e dizem que Ele os inspira e que opera através deles. Infelizmente, eles adaptam a maneira de falar à terminologia bíblica, porém não crêem na Trindade. Segundo as Escrituras, o Espírito Santo é Deus (At 5:3,4). Jesus fala do Espírito Santo como uma pessoa igual ao Pai e enviado por Ele (Jo 14:16,26).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima  

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Mormonismo!

Foto do Templo Mórmon em Palmyra, EUA.


"Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo". (1ª Jo 4:1)

Embora os mórmons formem um povo aparentemente simpático e tenham um programa de beneficência social igual aos melhores do mundo, o mormonismo é uma das piores seitas falsas de que se tem conhecimento. São verdadeiros lobos vestidos de cordeiros. Os missionários mórmons são bem treinados em seus métodos, por isso tornam-se presa fácil para seus argumentos, os crentes nominais. Entretanto, um crente que realmente tenha nascido de novo não cairá em suas presas doutrinárias, porque sua regra de fé e prática é a Bíblia.
O "profeta" dos mórmons, Joseph Smith Júnior, nasceu em 23 de dezembro de 1805, em Sharon, Estado de Vermont, EUA. Foi criado na pobreza e superstição. Em 1820, aos quinze anos, já residente em Palmyra, Estado de Nova Yorque, participou de um grande movimento evangelístico na região, e ao orar num bosque (segundo ele), perguntando a Deus qual igreja deveria pertencer, apareceram-lhe dois anjos resplandecentes e lhe disseram que todas as igrejas estavam desviadas; e que ele não se unisse a nenhuma. O apóstolo Paulo já havia refutado este tipo de manifestação angelical em Gálatas 1:8,9.
Segundo o relato do próprio Smith, apareceu-lhe o "anjo Moroni" e lhe disse que Mórmon, seu pai, um profeta, havia gravado a história do seu povo em placas de ouro. Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, essas placas foram enterradas ao pé de um monte, próximo do local onde hoje é Palmyra. Nessa visão, Moroni teria indicado a Joseph Smith o lugar onde as placas foram escondidas e lhe emprestou umas pedras especiais, um certo tipo de lentes chamadas "Urim e Tumim", com as quais Joseph Smith poderia decifrar e traduzir as palavras dessas placas.
Joseph Smith encontrou quem o aceitasse como profeta e fundou uma igreja com seis membros. Esta, no conceito dele, era a única igreja verdadeira. Os crentes deviam edificar uma teocracia, isto é, teriam seu próprio governo civil sob sua direção. Smith, o profeta, seria o presidente e teria a ajuda de doze apóstolos. Os que não recebiam a mensagem eram chamados de "gentios". O crente, entretanto, aprendeu com a Bíblia a discernir a verdadeira igreja (At 2:42-47).
Devido a doutrina da poligamia, Smith e seus seguidores sofreram várias perseguições até encontrarem acolhida em Illinóis, onde levantaram a cidade de Nauvoo. Aí, acusado de grosseira imoralidade e falsificação, Smith foi preso, e um grupo enfurecido invadiu a cadeia e matou, a tiros, Smith e seu irmão Hyrum. Ele estava cego pelo deus deste século (2ª Co 4:4).
Vale destacar que o mormonismo não é um grupo doutrinário que esteja dentro do corpo cristão. Esta seita prega um deus diferente, um Jesus diferente, um céu e inferno diferentes. Ela ataca a integridade da Bíblia e proclama um outro evangelho. Segundo o apóstolo Paulo isto é doutrina de demônios (1ª Tm 4:1).
O mormonismoensina que Jesus expiou somente o pecado de seu Pai, Deus-Adão. Isto tornou possível a libertação da humanidade dos efeitos da queda, sem contudo remir o homem dos pecados individuais. A Bíblia ensina que Jesus Cristo levou os nossos pecados e não somente os de Adão (1ª Jo 2:2 ; 3:5 ; 4:10).
Os mómons ensinam que aqueles que morrem sem terem sido batizados na igreja deles teram oportunidade de ouvir a pregação da verdade no mundo dos espíritos. Muitos crerão, mas não terão alí a oportunidade de se batizar para serem salvos. Portanto, os fiéis, que ainda vivem, devem batizar-se em lugar de cada defunto, cuja conversão desejam. Para essa doutrina, citam 1ª Pe 3:18-20 e 1ª Co 15:29. As Escrituras ensinam que hoje é o dia da salvação e que não há outra oportunidade depois da morte (2ª Co 6:2 ; Hb 9:27).
Os mórmons ensinam que o sacerdócio da igreja deles é o governo de Deus na terra, e os que rejeitarem serão condenados. A Bíblia ensina que a salvação depende da fé em Cristo, e não de ser membro de uma igreja (At 16:31 ; Ef 2:8). Os crentes têm Jesus como Senhor de suas vidas (1ª Co 8:6).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

terça-feira, 6 de julho de 2010

As Testemunhas de Jeová!

"E os apóstolos davam com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça". (At 4:33)

A seita "Testemunhas de Jeová" originou-se do seu fundador: Charles Taze Russell, que nasceu em 1852, nos EUA. Russell, filho de pais presbiterianos, foi criado na igreja e pertenceu à igreja Congregacional e depois à Adventista. Em 1874, fundou o movimento russelita.
No ano de 1870, o jovem Charles Taze Russell, com 18 anos de idade, organizou uma classe na cidade de Pitsburgh, Pennsylvania, EUA, com o propósito de estudar a Bíblia, especialmente as profecias. Russell estava convencido de que seu método de interpretação bíblica era correto. Ele desconhecia que a Bíblia não é de particular interpretação (2ª Pe 1:20,21).
Com o passar dos anos aumentaram as "descobertas" de Russell, que começou a ensinar que Cristo não ressuscitara corporalmente, e sim como espírito. Segundo seus cálculos, Cristo regressou ao mundo, espiritualmente, no ano de 1874, e o milênio começou nesta data. A Bíblia não concorda com tais fatos (Lc 24:36-44). Russell começou a proclamar as "boas-novas", explicar seu plano e reunir seus seguidores para participarem do "Reino do Senhor". Com este propósito, foi iniciada em 1879 a publicação do periódico: A Torre de Vigia e o Arauto da Presença de Cristo.
Em 1884 a seita de Russell transformou-se em organização internacional: "A Sociedade de Tratados da Torre de Vigia", também conhecida por : "Sociedade da Torre de Vigia de Sião", e que desde 1931 leva o nome oficial de "Testemunhas de Jeová". As mudanças constantes dos nomes da seita revelam inconstância e falta de firmeza doutrinária.
Russell disse que o tempo dos gentios terminaria em 1914.Isto não se verificou, pois até 1967 uma parte de Jerusalém estava em posse dos gentios (Lc 21:24). Em 1889 escreveu: "Dentro dos próximos vinte e seis anos todos os atuais governos serão derrubados e dissolvidos (aproximadamente em 1915). Disse ainda, no ano de 1914, que as igrejas cristãs seriam destruídas e que a batalha do Armagedon teria lugar em 1915. Nem essas, nem outras falsas profecias aconteceram, prefigurando-o como um falso profeta (Dt 18:21,22).
Em 1918 escreveram: "Podemos esperar confiantemente que 1925 marcará a volta de Abraão, Isaque, Jacó e os profetas fiéis da antiguidade, particularmente aqueles nomeados em Hebreus 11, à condição de perfeição humana". Em 1931 escreveram: "Houve uma medida de desapontamento por parte dos fiéis de Jeová na terra, concernente aos anos de 1914, 1918 e 1925, que durou por um tempo... e aprenderam também deixar de fixar datas". Ao reconhecerem seus erros e continuarem nos mesmos, atestaram sua crença falsa (1ª Jo 4:1).
Elas ensinam que para compreender o sentido correto da Bíblia, a mesma deve ser interpretada segundo os escritos de Russell e de Rutherford. Com respeito aos seus livros: "Estudos das Escrituras", Russell disse: "São praticamente a própria Bíblia" e ainda advertiu para o perigo de ler só a Bíblia sem seus livros. Aquele que o fizesse, embora familiarizado com os estudos das Escrituras, dentro de dois anos, "voltaria à obscuridade". Entretanto, Jesus nos ensina que devemos examinar as Escrituras para a vida eterna (Jo 5:39).
Afirmam as Testemunhas de Jeová que a doutrina da Trindade é uma superstição herdada do paganismo egípcio e babilônico. Entretanto, a doutrina da Trindade está bem clara em toda a Bíblia. Em Gn 1:26, a palavra "Elohim" é traduzida por Deus, um plural, indicando mais de uma pessoa. Em muitos outros textos bíblicos, podemos aprender sobre a Trindade (2ª Co 13:13).
Elas negam que Jesus seja Deus e afirmam que ele é um ser criado como são os anjos e o homem. Argumentam ainda que o arcanjo Miguel é Jesus. Se compararmos o uso da palavra Jeová no Antigo Testamento com o Novo Testamento, veremos que o mesmo nome usado para Jeová é também usado para Jesus (Is 6:1). Em Gn 1:1 e Jo 1:3, encontramos mais provas sobre a divindade de Jesus.
Dizem que o Espírito Santo não é uma pessoa, e sim somente uma influência, uma força ativa e além disso não pode ser recebido por ninguém fora da associação das Testemunhas de Jeová, ou seja, uma exclusividade deles. A Palavra de Deus ensina que o Espírito Santo é uma pessoa (Jo 16:13,14).
A tradução Novo Mundo (a Bíblia das Testemunhas de Jeová) está adulterada e adequada às suas doutrinas. Veja alguns exemplos: Em Gênesis 1:1, a tradução correta é: "...e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas". A Bíblia delas diz: "... e a Força Ativa de Deus...". Em Mateus 28:17, o verbo "adorar" foi adulterado por "prestar homenagem". Em João 1:1, elas traduzem "...e a Palavra era [um] deus...". Usam letra minúscula para diminuir Jesus, colocando-o como um deus qualquer. É lamentável esse erro, pois sobre elas recairão os juízos de Deus (Ap 22:18,19).
Em Cristo,
   
                Tarcísio Costa de Lima

O adventismo do sétimo dia!

"De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados". (Gl 3:24)

Não podemos pensar na origem dos "sabatistas" sem recordar os conflitos entre o apóstolo Paulo e os judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da graça de Deus é antiga, e continua em tempos modernos no vigoroso programa dos Adventistas do Sétimo Dia. O sabatismo é uma seita perigosa que mistura muitas verdades bíblicas com erros tremendos no que se refere às doutrinas cristãs.
Guilherme Miller, o fundador do sabatismo, nasceu em 1872 em Massachussetts, EUA, numa família batista. A partir de 1818, ele começou a ensinar a volta de Cristo, divulgando suas "doutrinas escatológicas" e atraindo após si grande número de adeptos. Miller faleceu em 1849, mas deixou as bases para seus seguidores fundarem o Adventismo, infelizmente.
Guilherme Miller, que era pastor batista no Estado de Nova Yorque, dedicou-se ao estudo detalhado das Escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8:14 se referia à vinda de Cristo para "purificar o santuário". Calculando que cada um dos 2.300 dias representava um ano, tomou como ponto de partida  o regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém em 457 a.C. e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843. Jesus afirmou, entretanto, que: "Porém daquele dia e hora ninguém sabe..." (Mt 24:36).
Movido pelo interesse dos crentes em relação à volta de Cristo, Miller levou milhares de pessoas  a se prepararem para o fim do mundo. Muitos doaram suas lavouras para receber o Senhor no dia 21 de março de 1843; chegou o dia e o evento esperado não aconteceu. Miller revisou seus cálculos, descobriu um erro de um ano, marcando a volta de Cristo para o dia 21 de março de 1844. Ao chegar essa data, nada aconteceu. Uma vez mais um novo cálculo indicou que seria no dia 22 de outubro do mesmo ano, porém essa previsão também falhou, indicando que não nos pertence saber os tempos de Deus (At 1:7).
Guilherme Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honra, confessou simplesmente que havia se equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. Ele arrependeu-se, mas defendeu a interpretação errada que havia proclamado por um quarto de século. Dos muitos que o seguiram, três se uniram para formar uma nova igreja, baseados numa nova interpretação da mensagem divulgada por Miller. Segundo Paulo, foram levados pelos "ventos de doutrina" (Ef 4:14).
Hiram Edson, um amigo pessoal de Miller, teve uma "revelação". Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em relação ao local. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as "boas-novas" e outros dois grupos se uniram a essa "nova revelação": um dirigido por Joseph Bates e outro dirigido por Helen White. Através da Bíblia compreendemos que tais profetas são loucos (Ez 13:3-6).
Helen White contribuiu muito com a formação das doutrinas adventistas através de seus escritos. Embora a igreja Adventista afirme que a Bíblia é sua base doutrinária, ainda crê que Deus inspirou Helen White na interpretação das Escrituras e em seus conselhos. Ao aconselhar Timóteo, Paulo o advertiu contra tais situações (2ª Tm 4:3,4).
Os sabatistas misturam algumas verdades com seus erros, assim enganam aos que, com sinceridade, buscam a verdade. Normalmente citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que desviam o crente da verdade. Convém que os crentes conheçam essas doutrinas e saibam como refutá-las, tendo em vista que os adventistas também se dedicam ao proselitismo, algo que Jesus criticou dos fariseus (Mt 23:15).
Os adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário celestial no ano de 1844 e agora está cumprindo a obra da expiação, porém a Bíblia nos ensina o contrário (Hb 9:11,12). Esta doutrina da expiação incompleta e contínua é um subterfúgio das Escrituras, num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller. A Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de 1844 (Hb 6:19,20 ; 8:1,2).
Os adventistas ensinam que o bode emissário de Levítico 16:22,26, simboliza Satanás carregando todas as nossas iniquidades. Isto faria do diabo nosso co-salvador com Cristo, pois a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando sobre si os nossos pecados (Jo 1:29 ; Is 53:6 ; Hb 10:18)
Os adventistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este "sono da alma" é um estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência. Baseiam esta crença, principalmente, em Eclesiastes 9:5, que diz: "Os mortos não sabem coisa nenhuma". O contexto demonstra que este versículo está falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que, ao deixar o corpo, estaria com o Senhor (Fp 1:23,24 ; 2ª Co 5:1-8).
Os adventistas ensinam que Satanás, seus demônios e todos os maus serão aniquilados. Os escritos de Helen White dizem que a teoria do castigo eterno é "uma das doutrinas falsas que constituem o vinho das abominações da Babilônia". Jesus Cristo usou a palavra "eterno" para referir-se à duração das bençãos dos salvos e ao tormento dos perdidos em Mateus 25:46. Além disso, Ele não disse aniquilação eterna, e sim castigo eterno (Mc 9:43,44).
Os adventistas ensinam que os cristãos devem observar o sábado como o dia de repouso e não o domingo. Crêem os adventistas que os que guardam o domingo aceitarão a "marca da besta". Helen White ensinou que a observância do sábado é o selo de Deus. Vemos, pois, que o sábado foi uma parte do pacto especial feito entre Deus e Israel (Ez 20: 10-13). Ao repousar de seu trabalho semanal, o povo de Israel devia recordar como o Senhor lhe havia dado o repouso da dura servidão do Êgito (Dt 5:12-15). Para os salvos em Jesus Cristo, todos os dias são para o Senhor. A palavra profética que previa a chegada do novo concerto (Jr 31:31-33) e o fim do sábado (Os 2:11) se cumpriu em Jesus (Cl 2:14-17). Por esta razão, o sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15:20,29. Paulo parecia que estava escrevendo aos adventistas quando escreveu aos Gálatas sobre o engano dos judaizantes que queriam fazê-los guardar a lei (Gl 2:16).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima  

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O catolicismo romano!

"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina" (Ef 2:20).
A igreja Católica Romana dá por data de sua fundação o ano 33 d.C, dizendo que Jesus Cristo foi o seu fundador. Isto é certo só no sentido de que toda denominação cristã pode ligar sua origem à igreja fundada pelo Senhor (Mt 16:18), mas é difícil fixar a data de sua fundação. É importante recordar que a igreja fundada por Jesus Cristo era apenas cristã, e formada pelos seus seguidores (At 11:26).
Durante os primeiros três séculos da era cristã,  a perseguição à igreja verdadeira ajudou a manter a sua pureza (At 2:42), preservando-a de líderes maus e ambiciosos (At 20:29). Nessa época, ser cristão significava um grande desafio e aqueles que fielmente seguiam a Cristo sabiam que tinham suas cabeças a prêmio, pois eram rejeitados e perseguidos pelos poderosos (At 8:1,3). Só os realmente salvos se dispunham a pagar o preço (At 7:59,60).
A decadência doutrinária, moral e espiritual da igreja começou quando milhares de pessoas foram por ela batizadas e recebidas como membros, sem terem experimentado uma real conversão bíblica. Verdadeiros pagãos introduziram-se no seio da igreja, trazendo consigo os seus deuses, que, segundo eles, eram o mesmo Deus adorado pelos cristãos, porém a Bíblia diz ao contrário (1ª Co 10:14).
Segundo narra a história, no início do Século IV, Constantino ascendeu ao posto de imperador. Isso parecia ser o triunfo final do cristianismo, mas, na realidade, produziu resultados desastrosos dentro da igreja. Em 312 d.C, Constantino apoiou o cristianismo e o fez religião oficial do Império Romano. A igreja depois de Constantino nunca mais foi a mesma de antes.
Com o decreto do imperador Teodósio, obrigando os seus súditos tronarem-se cristãos, aumentou o paganismo dentro da igreja. A maioria dos sacerdotes era de escravos foragidos ou criminosos sem qualquer ordenação (2ª Pe 2:17-19). Seus bispados eram considerados propriedades particulares e abertamente vendidos a quem desse mais, quando a Bíblia nos ensina diferente (1ª Pe 5:2).
Desde o ano 200 a.C até o ano 276 d.C, os imperadores romanos ocuparam o posto e o título de Sumo Pontífice da Ordem Babilônica. Depois que o imperador Graciano se negou a liderar essa religião não cristã, Dâmaso, bispo da Igreja cristã em Roma, foi nomeado para esse cargo no ano de 378. Uniram-se numa só pessoa todas as funções de um sumo sacerdote apóstata com poderes de um bispo cristão. O apóstolo Pedro  havia advertido à igreja sobre essas coisas (2ª Pe 2:10-14).
No ano 375 d.C., o vasto império Romano dividiu-se em duas partes para facilitar a administração, com a capital do Império Oriental Grego em Constantinopla e a do Império Ocidental Latino em Roma. Em princípios do século V, Inocêncio I insistiu em que a sede romana era a cabeça de todas as igrejas. Alguns consideram que Leão o Grande (440-461), fundou o papado, porém muitos outros dizem que Gregório I (590-604) foi seu verdadeiro fundador.
A Igreja Católica considera o apóstolo Pedro como a pedra fundamental sobre a qual Cristo edificou a sua Igreja, fundamentada nos ensinos de Mateus 16:16-19. Desta passagem, a igreja Romana ensina a seguinte heresia, dentre outras: a Pedro foi dado o poder das chaves, portanto só ele detém o poder de abrir a porta do reino dos céus (Ap 3:7). Essa é uma interpretação absurda, pois o apóstolo Pedro jamais assumiu, no seio do cristianismo, a posição que a teologia católica lhe atribui, pelo contrário, assumiu uma posição de humildade (1ª Pe 5:1-3).
O substantivo feminino "petra" no grego designa uma "rocha" grande e firme. Já o substantivo masculino "petros" é aplicado geralmente a pequenos blocos rochosos. Pedro é "petros", isto é, um fragmento de pedra e não a "Petra", a rocha grande e firme. Portanto, uma Igreja, sobre a qual as portas do inferno não podem prevalecer, não pode repousar sobre Pedro, mas sobre Jesus (Mt 16:18). De acordo com a Bíblia, Cristo é a pedra (Dn 2:34 ; Ef 2:20).
A igreja Católica ensina que se deve invocar aos santos para que intercedam em nosso favor e nos consigam as bençãos de que necessitamos. Esta prática se baseia na idéia de que o pecador não pode se atrever a dirigir-se a um Deus santo. Tal ensino desonra a Deus, fazendo-o menos compassivo, misericordioso e amoroso que os santos. A Bíblia nos ensina que Deus se interessa por nossas necessidades e nos dá todas as coisas (Rm 8:32 ; Sl 103:13).
A igreja Católica ensina que as imagens de Cristo, da virgem e dos santos devem ser honradas e veneradas. Esta honra se estende aos quadros, às cruzes e crucifixos, às medalhas e às relíquias. Deus proíbe terminantemente fazer imagens para honra ou veneração e esta proibição foi escrita pelo dedo de Deus nas tábuas da lei (Êx 20:4,5 ; Is 44:9-19).
A igreja Católica ensina que Maria é mãe de Deus, rainha do céu e nossa advogada, imaculada, co-redentora da humanidade. Tais coisas a Bíblia não ensina de maneira alguma, pois Maria foi simplesmente mãe física de Jesus e não de sua divindade (Cl 1:13-17 ; Jo 1:1-3). A própria Maria disse:"Fazei tudo quanto Ele vos disser" (Jo 2:5). Nós devemos respeitar Maria como uma serva de Deus, escolhida para uma missão especial, e não como deusa e nem como mediadora (At 4:12).
Os pecados, segundo os católicos, se dividem em duas categorias: os mortais e os veniais. Os veniais são os de menor gravidade e podem ser expiados nesta vida ou no purgatório. Os mortais, que são os mais graves, não podem ser expiados pelo sofrimento, nem nesta vida, nem no purgatório. Se a pessoa não conseguir o perdão destes pecados pelos sacramentos da igreja Católica, sofrerar no inferno por toda eternidade. A Bíblia não faz diferença entre pecados e ensina que o sangue de Cristo nos limpa de todo pecado (1ª Jo 1:7,9).
O catolicismo ensina que os católicos, que morrem sem ter dado satisfação por seus pecados veniais, irão para o purgatório, e ali, por meio de seus sofrimentos, purgarão os pecados. Quando completarem o castigo, irão para o céu. Não existe na Bíblia a palavra "purgatório", muito menos a doutrina a respeito dele. A doutrina do purgatório nega a eficácia da obra expiatória de Cristo, que disse: "Está consumado" (Jo 19:30).
Ensina o Catolicismo Romano que por meio das obras a pessoa pode conseguir uma indulgência. Esta diminuirá o castigo que ela sofrerá por seus pecados neste mundo ou no purgatório. O sufrágio é o perdão que se consegue a favor de uma pessoa falecida, para encurtar o tempo que ela tem de passar no purgatório. Estas mentiras provocaram o protesto de Lutero e precipitaram a reforma protestante. Só Jesus nos livra do poder do inferno (Jo 5:24 ; 8:36).
A igreja Católica Romana ensina que na missa, Jesus é oferecido diariamente nos altares da igreja como sacrifício propiciatório a Deus pelos vivos e mortos. Os parentes e amigos vivos podem pagar pelas missas em benefício da alma no purgatório. Ali o pão (a hóstia) e o vinho se transformam no verdadeiro corpo e sangue do Senhor, crêem os católicos. Esta é a doutrina da transubstanciação. Hebreus 9:12, 24-48 diz que o sacrifício de Cristo foi para sempre. Aleluia!
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

Seitas, caminhos que parecem direitos!

"Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte" (Pv 14:12).
Na vida ninguém se perde intencionalmente, pois todos procuram chegar ao seu destino, porém as influências e circunstâncias desviam alguns do rumo certo. O mesmo se pode dizer em relação à vida espiritual, muitos têm perdido o rumo indo após seitas. Meu objetivo neste artigo é traçar um quadro de cuidados que devemos ter em relação à nossa fé. Para isto estarei extraindo algumas lições do nosso dia-a-dia, destacando a necessidade de se estudar o pensamento das seitas, como identificá-las e como lhe dar com elas.
Jesus em Mateus 13, falou-nos acerca do joio no meio do trigo (Mt 13:25), ensinando-nos acerca da influência que o joio exerce no reino de Deus (Mt 13:29), porém seu fim será no fogo eterno (Mt 13:30). O joio tornou-se nessa grande confusão de seitas que usam a Bíblia para desviar o povo da verdade e o crente desavisado para essa influência maligna (2ªJo 7,10).
No desejo de enganar o homem, Satanás tem estimulado o surgimento de falsos mestres, o que já havia sido predito pelos apóstolos (At 20:29,30 ; 2ª Pe 2:1). Isto ele faz para restringir o crescimento do reino de Deus, ensinando doutrinas erradas para confundir os incautos (2ª Co 11:13). Somente impunhando a armadura de Deus, conseguiremos vencê-los (Ef 6:14-17).
As seitas se destinguem pelas falsas doutrinas, que tão ardorosamente ensinam (Cl 2:8). As falsas doutrinas vão contra as verdades bíblicas (Jd 4) e escarnecem da Palavra de Deus (Jd 17,18), pois são oriundas de supostas revelações das mentes de seus fundadores ou líderes, mas nós temos a mente de Cristo para rejeitá-las (1ª Co 2:15,16).
Por atuarem de forma diabólica, as seitas se utilizam do erro para convencer as pessoas (Ef 4:14). O erro leva os homens a se desviarem da verdade de Deus (Jo 8:32). Desde o Antigo Testamento, o Senhor já era contra os falsos profetas que induziam o povo ao erro (Jr 23:32). Erramos quando desconhecemos as Escrituras e o poder de Deus (Mt 22:29).
O termo seitas é oriundo do grego "Hairesis", cujo significado é: "facção, partido, escolha, seleção, preferência, etc". Do ponto de vista cristão, significa o indivíduo ou grupo afastar-se da Palavra de Deus, adotar e divulgar suas próprias idéias ou de outrem em matéria de religião. Em resumo, é a perversão do Evangelho (Rm 16:17 ; 1ª Co 11:19). Infelizmente, as seitas surgem dentro da própria igreja, por um desvio doutrinário (2ª Pe 2:1).
No trato com as doutrinas da Bíblia, podemos dividir os argumentos da seguinte maneira: argumento bíblico, argumento extra-bíblico e argumento anti-bíblico. O argumento bíblico é aquele extraído da Bíblia em uma interpretação correta e lógica. Foi o argumento usado por Jesus, em uma sinagoga de Nazaré, acerca de sua missão (Lc 4:16-22). O argumento extrabíblico é aquele que não tem base na Bíblia, entretanto não se choca com os seus ensinamentos. O argumento anti-bíblico é aquele que fere, torce, subtrai, acrescenta ou se choca com as verdades encontradas na Palavra de Deus (2ª Pe 2:1-3).
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima