segunda-feira, 5 de julho de 2010

O catolicismo romano!

"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina" (Ef 2:20).
A igreja Católica Romana dá por data de sua fundação o ano 33 d.C, dizendo que Jesus Cristo foi o seu fundador. Isto é certo só no sentido de que toda denominação cristã pode ligar sua origem à igreja fundada pelo Senhor (Mt 16:18), mas é difícil fixar a data de sua fundação. É importante recordar que a igreja fundada por Jesus Cristo era apenas cristã, e formada pelos seus seguidores (At 11:26).
Durante os primeiros três séculos da era cristã,  a perseguição à igreja verdadeira ajudou a manter a sua pureza (At 2:42), preservando-a de líderes maus e ambiciosos (At 20:29). Nessa época, ser cristão significava um grande desafio e aqueles que fielmente seguiam a Cristo sabiam que tinham suas cabeças a prêmio, pois eram rejeitados e perseguidos pelos poderosos (At 8:1,3). Só os realmente salvos se dispunham a pagar o preço (At 7:59,60).
A decadência doutrinária, moral e espiritual da igreja começou quando milhares de pessoas foram por ela batizadas e recebidas como membros, sem terem experimentado uma real conversão bíblica. Verdadeiros pagãos introduziram-se no seio da igreja, trazendo consigo os seus deuses, que, segundo eles, eram o mesmo Deus adorado pelos cristãos, porém a Bíblia diz ao contrário (1ª Co 10:14).
Segundo narra a história, no início do Século IV, Constantino ascendeu ao posto de imperador. Isso parecia ser o triunfo final do cristianismo, mas, na realidade, produziu resultados desastrosos dentro da igreja. Em 312 d.C, Constantino apoiou o cristianismo e o fez religião oficial do Império Romano. A igreja depois de Constantino nunca mais foi a mesma de antes.
Com o decreto do imperador Teodósio, obrigando os seus súditos tronarem-se cristãos, aumentou o paganismo dentro da igreja. A maioria dos sacerdotes era de escravos foragidos ou criminosos sem qualquer ordenação (2ª Pe 2:17-19). Seus bispados eram considerados propriedades particulares e abertamente vendidos a quem desse mais, quando a Bíblia nos ensina diferente (1ª Pe 5:2).
Desde o ano 200 a.C até o ano 276 d.C, os imperadores romanos ocuparam o posto e o título de Sumo Pontífice da Ordem Babilônica. Depois que o imperador Graciano se negou a liderar essa religião não cristã, Dâmaso, bispo da Igreja cristã em Roma, foi nomeado para esse cargo no ano de 378. Uniram-se numa só pessoa todas as funções de um sumo sacerdote apóstata com poderes de um bispo cristão. O apóstolo Pedro  havia advertido à igreja sobre essas coisas (2ª Pe 2:10-14).
No ano 375 d.C., o vasto império Romano dividiu-se em duas partes para facilitar a administração, com a capital do Império Oriental Grego em Constantinopla e a do Império Ocidental Latino em Roma. Em princípios do século V, Inocêncio I insistiu em que a sede romana era a cabeça de todas as igrejas. Alguns consideram que Leão o Grande (440-461), fundou o papado, porém muitos outros dizem que Gregório I (590-604) foi seu verdadeiro fundador.
A Igreja Católica considera o apóstolo Pedro como a pedra fundamental sobre a qual Cristo edificou a sua Igreja, fundamentada nos ensinos de Mateus 16:16-19. Desta passagem, a igreja Romana ensina a seguinte heresia, dentre outras: a Pedro foi dado o poder das chaves, portanto só ele detém o poder de abrir a porta do reino dos céus (Ap 3:7). Essa é uma interpretação absurda, pois o apóstolo Pedro jamais assumiu, no seio do cristianismo, a posição que a teologia católica lhe atribui, pelo contrário, assumiu uma posição de humildade (1ª Pe 5:1-3).
O substantivo feminino "petra" no grego designa uma "rocha" grande e firme. Já o substantivo masculino "petros" é aplicado geralmente a pequenos blocos rochosos. Pedro é "petros", isto é, um fragmento de pedra e não a "Petra", a rocha grande e firme. Portanto, uma Igreja, sobre a qual as portas do inferno não podem prevalecer, não pode repousar sobre Pedro, mas sobre Jesus (Mt 16:18). De acordo com a Bíblia, Cristo é a pedra (Dn 2:34 ; Ef 2:20).
A igreja Católica ensina que se deve invocar aos santos para que intercedam em nosso favor e nos consigam as bençãos de que necessitamos. Esta prática se baseia na idéia de que o pecador não pode se atrever a dirigir-se a um Deus santo. Tal ensino desonra a Deus, fazendo-o menos compassivo, misericordioso e amoroso que os santos. A Bíblia nos ensina que Deus se interessa por nossas necessidades e nos dá todas as coisas (Rm 8:32 ; Sl 103:13).
A igreja Católica ensina que as imagens de Cristo, da virgem e dos santos devem ser honradas e veneradas. Esta honra se estende aos quadros, às cruzes e crucifixos, às medalhas e às relíquias. Deus proíbe terminantemente fazer imagens para honra ou veneração e esta proibição foi escrita pelo dedo de Deus nas tábuas da lei (Êx 20:4,5 ; Is 44:9-19).
A igreja Católica ensina que Maria é mãe de Deus, rainha do céu e nossa advogada, imaculada, co-redentora da humanidade. Tais coisas a Bíblia não ensina de maneira alguma, pois Maria foi simplesmente mãe física de Jesus e não de sua divindade (Cl 1:13-17 ; Jo 1:1-3). A própria Maria disse:"Fazei tudo quanto Ele vos disser" (Jo 2:5). Nós devemos respeitar Maria como uma serva de Deus, escolhida para uma missão especial, e não como deusa e nem como mediadora (At 4:12).
Os pecados, segundo os católicos, se dividem em duas categorias: os mortais e os veniais. Os veniais são os de menor gravidade e podem ser expiados nesta vida ou no purgatório. Os mortais, que são os mais graves, não podem ser expiados pelo sofrimento, nem nesta vida, nem no purgatório. Se a pessoa não conseguir o perdão destes pecados pelos sacramentos da igreja Católica, sofrerar no inferno por toda eternidade. A Bíblia não faz diferença entre pecados e ensina que o sangue de Cristo nos limpa de todo pecado (1ª Jo 1:7,9).
O catolicismo ensina que os católicos, que morrem sem ter dado satisfação por seus pecados veniais, irão para o purgatório, e ali, por meio de seus sofrimentos, purgarão os pecados. Quando completarem o castigo, irão para o céu. Não existe na Bíblia a palavra "purgatório", muito menos a doutrina a respeito dele. A doutrina do purgatório nega a eficácia da obra expiatória de Cristo, que disse: "Está consumado" (Jo 19:30).
Ensina o Catolicismo Romano que por meio das obras a pessoa pode conseguir uma indulgência. Esta diminuirá o castigo que ela sofrerá por seus pecados neste mundo ou no purgatório. O sufrágio é o perdão que se consegue a favor de uma pessoa falecida, para encurtar o tempo que ela tem de passar no purgatório. Estas mentiras provocaram o protesto de Lutero e precipitaram a reforma protestante. Só Jesus nos livra do poder do inferno (Jo 5:24 ; 8:36).
A igreja Católica Romana ensina que na missa, Jesus é oferecido diariamente nos altares da igreja como sacrifício propiciatório a Deus pelos vivos e mortos. Os parentes e amigos vivos podem pagar pelas missas em benefício da alma no purgatório. Ali o pão (a hóstia) e o vinho se transformam no verdadeiro corpo e sangue do Senhor, crêem os católicos. Esta é a doutrina da transubstanciação. Hebreus 9:12, 24-48 diz que o sacrifício de Cristo foi para sempre. Aleluia!
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima

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