quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Espiritismo!

"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo". (Hb 9:27)

O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias que mais cresce no mundo de hoje. O Brasil, particularmente, detém o triste recorde de ser o maior  reduto espírita do mundo. O seu crescimento se dá, em grande parte, devido ao facínio que os seus ensinos exercem sobre as mentes das pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento e alienadas de Deus. Alheio à Palavra de Deus e divorciado de toda a verdade, o espiritismo tem se constituído numa espécie de "profundezas de Satanás", pronto a tragar pessoas incautas que estão a buscar a Deus em todos os lugares.
A palavra "espiritismo" tem sua origem no vocábulo francês "espiritisme". Uma adaptação do termo grego "Pneuma" (espírito). Sua origem faz parte da tradição de vários povos, como os egípcios, caldeus, hindus, assírios, etc. O espiritismo que hoje se expande no Brasil e no mundo nada mais é do que a continuação da necromancia e do ocultismo praticados pelos povos antigos (Is 8:19).
A figura de Allan Kardec é a principal no meio espírita. Léon Hippolyte Ravail, o verdadeiro nome de Allan Kardec, nasceu na cidade de Lion, na França, em 1804. Ele tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois publicou "O livro dos Espíritos" que muito contribuiu na propaganda espírita, infelizmente.
As manifestações de cunho espírita no Brasil são muito antigas. Ainda que não fossem conhecidas por esse nome, pois os índios praticavam diversos rituais de pajelança. Depois vieram os portugueses, com sua fachada cristã, mas envolvidos com a bruxaria européia. Finalmente, chegaram os escravos africanos com suas tradições que continuam em estado crescente em nosso país.
Certamente faz parte das estratégias satânicas mudar apenas o nome, mas a doutrina ou a operação continua a mesma. Podemos citar muitas nomenclaturas do espiritismo, tais como: Espiritismo comum, Baixo Espiritismo, Espiritismo Científico, Espiritismo Kardecista, Espiritualismo, Quiromancia, Cartomancia, Grafologia, Hidromancia, Astrologia, Voduismo, Candomblé, Umbanda, Quimbanda, Macumba e algumas sociedades que se dizem filosóficas, teológicas, científicas e beneficentes, etc. A lista dessas ramificações no Brasil é muito longa, por isso devemos orar por nossa nação (Sl 33:12).
Temos na Bíblia a proibição das várias formas de espiritismo (Is 8:19,20 ; Dt 18:10-12). Como nos mostra a Bíblia, as nações antigas já eram dadas a essas práticas (Is 19:3), inclusive com sacrifícios humanos.
Adivinhação e prognosticação consistem em predizer eventos futuros ou descobrir coisas secretas por meio de comunicação direta, por sinais ou agouros. A Bíblia condena severamente a adivinhação e a prognosticação, pois Deus as proíbe e as classifica entre as abominações pagãs (Lv 19:26,31).
A ventriloquia, segundo o dicionário, é a arte de modificar a voz de maneira que pareça vir de longe e de imitar a de outras pessoas ou diversos sons. Esta arte, praticada legitimamente no mundo do entretenimento, tem servido também a alguns charlatões ou farsantes no espiritismo para explorarem sua clientela. Os demônios são espíritos enganadores (1ª Tm 4:1), que desde antigamente falavam mentiras através dos falsos profetas (1º Rs 22:22). Por isso o Senhor adverte ao seu povo (1ª Jo 4:1-3).
As doutrinas dos vários grupos espíritas são tão diferentes que é impossível definir todas. No "baixo espiritismo", da magia negra, fazem pacto com o diabo e proferem obscenidades contra Deus (Ap 13:6). Considerarei aqui somente as doutrinas dos grupos mais "refinados" e em particular a "Declaração de Princípios" adotada pela associação nacional dos espíritas.
Não reconhecem a Bíblia como autoridade de fé ou doutrina. Baseiam sua doutrina nas "revelações". Na obra "O ABC do Espiritismo", citam a pergunta: "Não se baseia a Bíblia no espiritismo?" e respondem: "Não! O espiritismo não depende de nenhuma revelação anterior para suas credenciais e provas". Para os cristãos é pura blasfêmia o fato de colocar as revelações contraditórias do espiritismo no mesmo nível da infalível Palavra de Deus. Temos evidências demais, as quais nos levam a depender somente da revelação bíblica (2ª Pe 1:19-21).
A. J. Davis, o "precursor do espiritismo", combatia vigorosamente a idéia da expiação, dizendo que era de tendência imoral e que nunca houve evidência da queda do homem. Todavia, os espíritas reconhecem a existência do mal e crêem que existe uma espécie de purgatório para os espíritos das trevas. A Bíblia, entretanto, mostra a base para a doutrina da expiação (1ª Co 15:21,22 ; Rm 5:12).
Os espíritas defendem que, por meio das obras, as almas podem ir progredindo das regiões escuras para as esferas de luz. Com o tempo todas chegam às esferas superiores. Para sustentar essa falsa doutrina, defendem a reencarnação, torcendo textos bíblicos como Jo 3:3, e defendem que João Batista é a reencarnação do profeta Elias. A Bíblia ensina que nossa salvação não é pelas obras, e sim pela fé (Ef 2:8,9).
O manual espírita declara: "Cremos na inteligência infinita...Por isso expressamos nossa crença em um poder supremo, impessoal, presente em todo lugar, manifestando-se como vida através de todas as formas organizadas da matéria, chamado por alguns, Deus, por outros, espírito, e pelos espíritas, inteligência infinita". Nós, os evangélicos, cremos que Deus é um ser pessoal, que possui inteligência infinita, e que tem interesse por cada um de nós (Jo 3:16 ; Rm 5:8).
Os espíritas crêem que Jesus foi o melhor mestre, exemplo e médium que o mundo conheceu. Crêem na divindade de Cristo, no mesmo sentido em que crêem na divindade de todo ser humano. Não o reconhecem como divino em sentido único. Crêem que Jesus foi um dos vários salvadores vindos ao mundo. O salvo crê que Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens (1ª Tm 2:5 ; At 4:12 ; Jo 14:6), o unigênito Filho de Deus, eterno e coexistente com o Pai (Jo 1:1-3).
Alguns grupos de espíritas falam muito no Espírito Santo e dizem que Ele os inspira e que opera através deles. Infelizmente, eles adaptam a maneira de falar à terminologia bíblica, porém não crêem na Trindade. Segundo as Escrituras, o Espírito Santo é Deus (At 5:3,4). Jesus fala do Espírito Santo como uma pessoa igual ao Pai e enviado por Ele (Jo 14:16,26).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima  

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