terça-feira, 20 de julho de 2010

Apologética Cristã - O perfeito louvor congregacional


O louvor é parte importante no culto que se presta a Deus. No entanto, quando vem do homem, só pode ser considerado louvor, se partir do coração de um crente espiritual. Vou discorrer um pouco sobre uma das formas de louvor: o congregacional, seus rítmos e suas inovações.
O louvor é uma forma da alma humana se expressar. Através dele se expressa alegria, ânimo, gratidão, melancolia, saudades, desejos, admiração e reconhecimento. Sempre haverá motivos para louvar (Sl 34:1). O louvor deve ser sempre e unicamente dirigido a Deus (Lc 4:8) como forma de expressar da alma e nunca ser desviado dos seus objetivos reais. O salmista nos mostra a individualidade do louvor, dizendo: Preparado está o meu coração, ó Deus, cantarei e salmodiarei com toda a minha alma" (Sl 108:10). Neste Salmo, Davi se identifica como alguém cujo coração ferve de desejo para louvar a Deus (Sl 108:3). Apesar de ser um dever, o louvor tem que ser algo espontâneo, como parte das experiências da alma humana com o seu Criador (Jó 1:21).
"Vinde, cantemos ao Senhor! Cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação! Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com Salmos" (Sl 95:1,2). O louvor na congregação dá a idéia de um povo tomado pelos mesmos sentimentos (Tg 5:13). Na medida que o povo canta na presença de Deus, Ele se faz sentir, e os resultados são cânticos e júbilos. O louvor, que por sua vez, faz parte do culto, não pode ser fruto da irracionalidade, mas da racionalidade (Rm 12:1). Precisamos ter discernimento, fazer uso da razão, para entendermos o que é que estamos ofertando a Deus.
A cultura musical da Igreja tem duas épocas distintas: antes e depois da mídia. Não há dúvida que a maior parte das inovações e rítmos no louvor da Igreja  vem desta capacidade de influência dos meios de comunicação. Sai de cena a hinologia sacra e dá lugar a uma música que é, cada vez mais, um produto pronto para consumo, do que para a glória de Deus e edificação da alma (1ª Co 10:31).
Evidentemente é preciso que se respeite a cultura, afinal de contas vivemos em um país de uma diversidade enorme, e temos que respeitar essa multiplicidade cultural. Agora, plágio não é cultura, é cópia mesmo. Quando a Igreja busca reproduzir o que está acontecendo lá fora, ela cria um choque com a Palavra de Deus (Rm 12:2).
Uma das características do verdadeiro culto prestado a Deus é a reverência (Lv 19:30). Reverenciar significa honrar e respeitar alguém apropriadamente. Nunca devemos permitir que elementos do louvor se degenerem em excessos irreverentes. Ainda que traga muita alegria, o louvor não é um instrumento de mera diversão humana. O louvor deve ser sempre uma expressão de reverência a Deus (Sl 9:1,2).
No contexto das inovações, existem muitas coisas que impedem a manifestação do Espírito Santo em um dos momentos mais penetrantes do culto (Ef 4:30). Quando a alma devia estar comovida, alimentando-se de Deus e do seu amor, muitas vezes, é desviada por elementos que não têm nada a ver com o momento do louvor. É preciso que se tome cuidado com aquilo que se pega emprestado, tais como: coreografias extravagantes durante a ministração do louvor, gritarias, danças ou coisas semelhantes (Ef 4:31). É preciso equilíbrio e discernimento para controlar os excessos, e aqui vão algumas sugestões de Paulo que servem de ponto de partida para a avaliação de qualquer prática na Igreja: Isso é útil? (1ª Co 6:12); isso domina? (1ª Co 6:12); faz outros tropessarem? (1ª Co 8:12,13); glorifica a Deus? (1ª Co 10:31). Se não, devemos repensar nossa maneira de adoração e louvor.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima 

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