terça-feira, 6 de julho de 2010

O adventismo do sétimo dia!

"De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados". (Gl 3:24)

Não podemos pensar na origem dos "sabatistas" sem recordar os conflitos entre o apóstolo Paulo e os judaizantes. A luta entre o legalismo e o evangelho da graça de Deus é antiga, e continua em tempos modernos no vigoroso programa dos Adventistas do Sétimo Dia. O sabatismo é uma seita perigosa que mistura muitas verdades bíblicas com erros tremendos no que se refere às doutrinas cristãs.
Guilherme Miller, o fundador do sabatismo, nasceu em 1872 em Massachussetts, EUA, numa família batista. A partir de 1818, ele começou a ensinar a volta de Cristo, divulgando suas "doutrinas escatológicas" e atraindo após si grande número de adeptos. Miller faleceu em 1849, mas deixou as bases para seus seguidores fundarem o Adventismo, infelizmente.
Guilherme Miller, que era pastor batista no Estado de Nova Yorque, dedicou-se ao estudo detalhado das Escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8:14 se referia à vinda de Cristo para "purificar o santuário". Calculando que cada um dos 2.300 dias representava um ano, tomou como ponto de partida  o regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém em 457 a.C. e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843. Jesus afirmou, entretanto, que: "Porém daquele dia e hora ninguém sabe..." (Mt 24:36).
Movido pelo interesse dos crentes em relação à volta de Cristo, Miller levou milhares de pessoas  a se prepararem para o fim do mundo. Muitos doaram suas lavouras para receber o Senhor no dia 21 de março de 1843; chegou o dia e o evento esperado não aconteceu. Miller revisou seus cálculos, descobriu um erro de um ano, marcando a volta de Cristo para o dia 21 de março de 1844. Ao chegar essa data, nada aconteceu. Uma vez mais um novo cálculo indicou que seria no dia 22 de outubro do mesmo ano, porém essa previsão também falhou, indicando que não nos pertence saber os tempos de Deus (At 1:7).
Guilherme Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honra, confessou simplesmente que havia se equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. Ele arrependeu-se, mas defendeu a interpretação errada que havia proclamado por um quarto de século. Dos muitos que o seguiram, três se uniram para formar uma nova igreja, baseados numa nova interpretação da mensagem divulgada por Miller. Segundo Paulo, foram levados pelos "ventos de doutrina" (Ef 4:14).
Hiram Edson, um amigo pessoal de Miller, teve uma "revelação". Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em relação ao local. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as "boas-novas" e outros dois grupos se uniram a essa "nova revelação": um dirigido por Joseph Bates e outro dirigido por Helen White. Através da Bíblia compreendemos que tais profetas são loucos (Ez 13:3-6).
Helen White contribuiu muito com a formação das doutrinas adventistas através de seus escritos. Embora a igreja Adventista afirme que a Bíblia é sua base doutrinária, ainda crê que Deus inspirou Helen White na interpretação das Escrituras e em seus conselhos. Ao aconselhar Timóteo, Paulo o advertiu contra tais situações (2ª Tm 4:3,4).
Os sabatistas misturam algumas verdades com seus erros, assim enganam aos que, com sinceridade, buscam a verdade. Normalmente citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o contexto. Embora muitas de suas doutrinas sejam ortodoxas, existem outras que desviam o crente da verdade. Convém que os crentes conheçam essas doutrinas e saibam como refutá-las, tendo em vista que os adventistas também se dedicam ao proselitismo, algo que Jesus criticou dos fariseus (Mt 23:15).
Os adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário celestial no ano de 1844 e agora está cumprindo a obra da expiação, porém a Bíblia nos ensina o contrário (Hb 9:11,12). Esta doutrina da expiação incompleta e contínua é um subterfúgio das Escrituras, num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller. A Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de 1844 (Hb 6:19,20 ; 8:1,2).
Os adventistas ensinam que o bode emissário de Levítico 16:22,26, simboliza Satanás carregando todas as nossas iniquidades. Isto faria do diabo nosso co-salvador com Cristo, pois a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando sobre si os nossos pecados (Jo 1:29 ; Is 53:6 ; Hb 10:18)
Os adventistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este "sono da alma" é um estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência. Baseiam esta crença, principalmente, em Eclesiastes 9:5, que diz: "Os mortos não sabem coisa nenhuma". O contexto demonstra que este versículo está falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que, ao deixar o corpo, estaria com o Senhor (Fp 1:23,24 ; 2ª Co 5:1-8).
Os adventistas ensinam que Satanás, seus demônios e todos os maus serão aniquilados. Os escritos de Helen White dizem que a teoria do castigo eterno é "uma das doutrinas falsas que constituem o vinho das abominações da Babilônia". Jesus Cristo usou a palavra "eterno" para referir-se à duração das bençãos dos salvos e ao tormento dos perdidos em Mateus 25:46. Além disso, Ele não disse aniquilação eterna, e sim castigo eterno (Mc 9:43,44).
Os adventistas ensinam que os cristãos devem observar o sábado como o dia de repouso e não o domingo. Crêem os adventistas que os que guardam o domingo aceitarão a "marca da besta". Helen White ensinou que a observância do sábado é o selo de Deus. Vemos, pois, que o sábado foi uma parte do pacto especial feito entre Deus e Israel (Ez 20: 10-13). Ao repousar de seu trabalho semanal, o povo de Israel devia recordar como o Senhor lhe havia dado o repouso da dura servidão do Êgito (Dt 5:12-15). Para os salvos em Jesus Cristo, todos os dias são para o Senhor. A palavra profética que previa a chegada do novo concerto (Jr 31:31-33) e o fim do sábado (Os 2:11) se cumpriu em Jesus (Cl 2:14-17). Por esta razão, o sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15:20,29. Paulo parecia que estava escrevendo aos adventistas quando escreveu aos Gálatas sobre o engano dos judaizantes que queriam fazê-los guardar a lei (Gl 2:16).
Em Cristo,

                Tarcísio Costa de Lima  

Nenhum comentário: