segunda-feira, 12 de julho de 2010

Os Unitaristas!

"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". (Mt 28:19)

É interessante observar que toda nova doutrina se desenvolve em um ambiente de pessoas que são supostamente iluminadas e com novas revelações, desfazendo completamente a base bíblica doutrinária existente. Esta é praticamente a característica de todas as seitas que no decorrer dos anos vão se avolumando e se reorganizando. No comando das seitas está o espírito do erro e do engano. É o que podemos verificar sobre os Unitaristas. Por isso as Escrituras nos alertam, dizendo: "Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus..." (2ª Jo 9).
No terceiro século de nossa era surgiu uma doutrina nova com respeito à natureza de Deus. Sabélio, presbítero da igreja cristã no norte da África, começou a negar a existência da Trindade, dizendo que Jesus era o Jeová do Antigo Testamento e a única pessoa da divindade. Segundo ele, os termos "Pai" e "Espírito Santo" somente se referiam a certos aspectos do caráter de Jesus e não a outras pessoas. Tal ensino choca-se frontalmente com a verdade da Palavra de Deus (2ª Co 13:13).
Esta doutrina chegou a ser conhecida como "o modalismo", que é uma ramificação do monarquianismo, doutrina desenvolvida, no terceiro século, por Teodoto, Paulo de Samósata, Sabélio e outros, que negaram a doutrina da Trindade esboçada pela igreja primitiva (At 2:42). o modalismo ou sabelianismo, como é frequentemente denominado, foi rejeitado como herético em 261 d.C. Negar a Trindade significa rejeitar o plano da salvação (Jo 16:8-11).
Em 1913, John G. Scheppe teve uma revelação do poder do nome de Jesus. No acampamento onde se encontrava, começou a estudar o assunto e chegou à conclusão que o verdadeiro batismo tinha de ser em nome de Jesus. Além do mais, era imprescindível ser batizado com água para ser "nascido da água", ou ser salvo. Começaram a batizar-se novamente segundo esta fórmula. Segundo as Escrituras, Jesus mandou batizar em nome da Trindade divina (Mt 28:19), contrariando tais falsos ensinos.
Entre as igrejas que surgiram desse movimento, a Pentecostal Unida é provavelmente, a mais forte e existe em vários países. Outros grupos menores e muitas igrejas independentes têm aceitado esta interpretação, infelizmente (Jr 23:36).
A Igreja "Só Jesus" ensina que o batismo em águas deve ser em nome do Senhor Jesus Cristo, baseado em Atos 2:38. Entretanto Cristo, disse: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28:19).
Pedro pregou a milhares de judeus religiosos que criam no Pai e no Espírito Santo, porém não reconheciam Jesus como seu Messias e Senhor e o tinham cruscificado. Para serem salvos, teriam de arrepender-se e batizar-se em nome de Jesus, para mostrar publicamente que o aceitavam como Senhor, da mesma maneira que aceitavam o Pai e o Espírito Santo (At 2:38).
Um livro denominado "Didaquê" ou "Ensino dos doze Apóstolos", que circulava no primeiro século, nos diz o seguinte: "Agora, concernente ao batismo, batizai desta maneira: depois de ensinar todas estas coisas, batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Noutra parte do mesmo livro diz que: "O bispo ou presbítero deve batizar desta maneira conforme ao que nos ordenou o Senhor em Mateus 28:19".
Os unitaristas, "só Jesus", negam a Trindade e ensinam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três nomes de uma só pessoa. Jesus, entretanto, fala e ensina sobre a Trindade. Em João 14:16,26 e 15:26, Ele promete rogar ao Pai para enviar o Espírito Santo; e em Mateus 28:19, Ele manda batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A oração de Cristo, em João 17, não teria sentido se não existisse o Pai à parte de Jesus. Para eles, João 3:16 perde seu significado, pois quem será este Filho Unigênito? Que significa João 1:1,2,14 quando nos diz que o Verbo estava com Deus e que era o unigênito Filho de Deus? A promessa de Jesus de enviar outro Consolador a seus discípulos seria um engano se fosse ele mesmo que tivesse voltado na qualidade de Espírito Santo. E o que sucedeu com seu corpo ressuscitado? Podemos observar que estas teorias tiram o valor das palavras de Jesus e de sua obra como sumo sacerdote.
A pregação de Pedro na casa de Cornélio (At 10:38-42) ensina a unidade em cooperação de três distintas personalidades. Em Ef 2:8-18, Paulo mostra como as três pessoas operam nossa salvação. Hebreus 9:14 tem a mesma mensagem: "Quanto mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus...". Quase todas as epístolas fazem, na saudação ou na despedida, mensão a Deus, o Pai, e a seu Filho Jesus Cristo e a benção apostólica invoca a Trindade (2ª Co 13:13).
Em Gênesis, lemos: "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." (Gn 1:26,27). A quem Deus se dirigiu quando disse: "façamos"? A expressão: "nossa imagem e semelhança" demonstra que havia uma pluralidade na divindade. Sem dúvida, estava alí a presença do Filho e do Espírito Santo (Jo 1:1-3).
Quando lemos as palavras do Senhor em Gn 11:7: "Vinde, desçamos, e confundamos alí a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem do outro", percebemos claramente uma alusão à Trindade. O profeta Isaías revela a Trindade, quando afirma: "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" (Is 6:8). Em Isaías 54:5, o texto foi traduzido no singular: "O teu Criador é o teu marido". No hebráico as palavras para criador e marido estam ambas no plural e significam: teus criadores são teus maridos. Tudo isto revela a Trindade divina.
Em Mateus 28:19, Jesus fala de um nome que pertence ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Ao estudarmos os nomes de Deus, veremos que eles incluem as três pessoas da divindade: Elohim, Adonai e El Shadai. No hebráico, há três números gramaticais: o singular, que designa um; o dual, que indica dois, e o plural que indica três ou mais. Cada um destes nomes está na forma plural no hebráico, e portanto demosntra que Deus representa a Trindade.
Em Cristo,

                 Tarcísio Costa de Lima

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