quinta-feira, 29 de abril de 2010

A doutrina da Salvação - parte 10

Adoção, garantia da filiação a Deus

          Ao aceitarmos Jesus, passamos pelo processo de adoção. Nesse momento, somos tirados da condição de criaturas e passamos a ser chamados filhos de Deus. Com essa mudança, legalmente, passamos a ter direitos, sendo o principal, a herança destinada aos salvos, através de Cristo. Entretanto, devemos examinar as Escrituras, pois elas nos mostram todo o plano divino para alcançarmos todas as bênçãos dessa nova posição espiritual.
          Todo ser humano regenerado é levado à condição de união com Cristo (1ª Co 15:22). Essa união traz resultados positivos: o perdão de nossos pecados. Um dos maiores exemplos dessa união está figurado na videira e seus ramos (Jo 15:1-5). Para uma união perfeita com Cristo é preciso estar ligado nele (Jo 14:20), e essa união promove a morte para o pecado (Rm 6:11) e nos torna novas criaturas (2ª Co 5:17). Pelas Escrituras conhecemos a natureza da união do crente com Cristo (Jo 17:9). Sendo Cristo, a cabeça da igreja, o crente está ligado a Ele para seu crescimento espiritual (Ef 4:15). Se isto não ocorrer, estaremos fadados à morte espiritual e, por consequência, eterna (Jo 15:6). Somente ligados em Cristo podemos crescer (Cl 2:19) em uma vida de serviço espiritual, glorificando a Deus através de nossas boas obras (Mt 5:16). Em seu propósito para a adoção,  o Senhor trabalhou desde o princípio (Jo 5:17), e continuava trabalhando, pois Jesus Cristo não mudou (Hb 13:8). É interessante notar que Deus agiu de diversas maneiras no decorrer dos tempos (Hb 1:1), isto se prende ao fato do homem sempre necessitar de ajuda divina em sua existência na terra.
          A adoção no tempo presente faz parte de nossa experiência de salvação, diz o apóstolo João: "Amados, agora somos filhos de Deus..." (1ª Jo 3:2a). Isto tudo aconteceu quando da manifestação do Filho de Deus (Gl 4:4), revelando-nos o Pai (Jo 14:9) e manifestando seu propósito glorioso (Jo 14:23). Esta nova posição em Cristo nos coloca em condições de nos aproximarmos de Deus e do trono de sua graça (Hb 4:16).
          Quando examinamos os benefícios da adoção, observamos que ela traz um novo relacionamento para avida do cristão (1ª Jo 1:3). Um dos grandes benefícios é o perdão (Ef 4:32), através dele podemos iniciar um novo relacionamento com Deus e perdoar nossos irmãos. A adoção proporciona confiança em Deus, pois agora somos seus filhos (Jo 1:12). A realização plena de Deus como Pai dos salvos, encontramos no Novo Testamento. São raros os tetos que mencionam a Deus em tal condição no Antigo Testamento. A razão é esta: o Espírito Santo não havia sido derramado, o que somente ocorreu no dia do Pentecostes. Desde então, um dos ministérios da adoção do Espírito é efetuar a adoção dos salvos como filhos de Deus.
          A vida de adoção necessita de disciplina: "Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem" (Pv 3:12). Somente o filho bastardo não é disciplinado (Hb 12:8), por isso a correção tem que ser aceita pelos verdadeiros filhos de Deus. A correção visa trazer arrependimento aos nossos corações (Jr 5:3).
          A grande bênção da adoção foi nos libertar da lei que nos condenava (Gl 4:4,5). A lei durou até João (Mt 11:13), a graça e a verdade vieram por Jesus, trazendo-nos a adoção de filhos. A igreja, o Israel espiritual de Deus, vive agora uma vida guiada pelo Espírito Santo (Gl 5:18) e esse Espírito de poder nos traz a verdadeira liberdade (Gl 5:1).
          Em Cristo,

                          Tarcísio Costa de Lima

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