sexta-feira, 23 de abril de 2010

A doutrina da Salvação - parte 2

Graça, favor imerecido

          A graça, um dos maravilhosos atributos divino, manifestou-se para salvar-nos da condenação da lei e trazer aos nossos corações a verdade acerca do Reino de Deus. Jesus é a manifestação plena dessa graça gloriosa, pois veio buscar e salvar o que se havia perdido. Em sua missão terrena, Ele pôde demonstrar claramente a importância da graça de Deus e levar homens e mulheres a uma nova experiência de vida.
          Em toda a Bíblia encontramos referências acerca da graça de Deus (Is 12:3). Esta graça resulta em benefícios da parte de Deus para suas criaturas, salvando-as, curando-as e libertando-as do poder do pecado (Sl 107:20). Esta ação divina, em favor do homem perdido, revela o Deus de toda a graça, benevolente com o transgressor da sua lei (Lc 18:13). O salmista expressou: "O Senhor dará graça e glória ..." (Sl 84:11). Este fato acerca de Deus é uma verdade incontestável, pois Ele é o doador da graça. A vida de José nos dá um exemplo da graça de Deus: "O Senhor porém estava com José ...e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor" (Gn 39:21). A graça que havia na vida de José vinha do Senhor, o Deus de toda a graça (1ª Pe 5:10). A igreja hoje necessita dessa graça gloriosa para vencer diante do mundo.
          O trono de Deus não é apenas justiça e juizo (Sl 89:14), mas também graça e misericórdia: "Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça ..." (Hb 4:16). Por isso pobres e miseráveis pecadores podem de Deus se aproximar e alcançar a reconciliação através da mediação do nosso sumo sacerdote Jesus (Hb 4:15). A igreja se aproxima do trono de Deus coberta pelo sangue de Jesus.
          A graça é abundante, suficiente e soberana. O testemunho no livro de Atos mostra-nos a abundância da graça de Deus no dia a dia dos apóstolos: "E os apóstolos davam com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça" (At 4:33). Isto significa que a graça de Deus, hoje, é sem medida na vida daqueles que se santificam para uso do Senhor (2ª Tm 2:21). A abundância da graça, na vida da igreja, redunda em salvação de almas para o Senhor (At 2:47). Ao responder a Paulo acerca de suas aflições, o Senhor lhe falou da suficiência de sua graça, dizendo: "A minha graça de basta ..." (2ª Co 12:9). Em outras palavras, o Senhor estava dizendo: A minha graça é suficiente para suprir as tuas necessidades espirituais. Ainda hoje, a graça é a resposta de Deus às necessidades do homem que dele se aproxima pela fé (Ef 2:8). Paulo afirma que a suficiência da graça é maior do que o pecado do homem (Rm 5:20), isto significa que não existe pecado que Deus não possa perdoar. A graça nos é apresentada pelo apóstolo Paulo como soberana, isto é, ela reina hoje sobrepujando o pecado e a morte (Rm 5:21). Desde a queda no Éden, o pecado e a morte fizeram parceria, atuando livres sobre a situação do homem, entretanto, vindo a graça (Tt 2:11), ela passou a reinar sobre tudo, elevando o homem a uma nova posição perante Deus (Ef 2:6), pois as chaves da morte e do inferno se encontram nas mãos de Jesus (Ap 1:18).
          Quando recebemos a graça de Deus (JESUS), alcançamos as bençãos provenientes de sua ação em nossas vidas (Lc 15:22,23). Só a graça pode explicar a ação do pai ao abençoar o filho pródigo com tantas riquezas, perdoando-lhe o passado. Somente em Cristo podemos receber as bençãos advindas da graça, pois através delas nos enriquecemos espiritualmente (Ef 1:3).
          Em Cristo,

                          Tarcísio Costa de Lima

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