terça-feira, 27 de abril de 2010

A doutrina da Salvação - parte 6

Justificação, o triunfo da Graça

          A justificação é um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça divina, que todas as reinvidicações são satisfeitas com vistas ao pecador. Nenhum juiz tem o direito de condenar o inocente ou de inocentar o culpado, pois, para que a justiça seja exercida, o julgamento deve ser baseado nos princípios da lei. Deus, para nos justificar, usou os princípios da lei através de Cristo Jesus.
          O homem, por causa do pecado, tornou-se um transgressor (Rm 5:12), daí a necessidade da justificação (Rm 5:1). Essa necessidade veio por causa da natureza pecaminosa do homem (Tt 3:3), portanto era necessário uma reversão da sentença divina. A justificação veio juntamente com a graça de Deus (Tt 2:11), declarando justo aquele que crer em Jesus Cristo (Mc 16:16). A justificação é uma obra divina em favor do homem pecador que não tinha condições de justificar-se diante de Deus (Is 64:6). Ela se processa através da fé em Jesus (Rm 3:26), produzindo no homem paz e reconciliação com Deus (Lc 15:24). A única fonte de justificação é o próprio Deus, porque só Ele é justo (Sl 129:4).
          A justificação produz no crente em Jesus Cristo resultados e benefícios desse ato justo de Deus através do sacrifício de Cristo (Rm 8:30). Este ato divino nos trás a paz, tão necessária ao ser humano (Fp 4:7), nos liberta de nosso passado, projetando-nos um futuro glorioso e cheio de esperança (Rm 8:24) e nos levará a desfrutar das delícias do novo céu e da nova terra, onde habita a paz e a justiça para sempre (Ap 21:27). Quando o homem pecou, perdeu o direito a árvore da vida (Gn 3:22-24). A expulsão do Éden fez o homem perder o acesso à árvore da vida, agora encontrado em Cristo (Jo 14:6). A justificação trouxe de volta os direitos perdidos, e consequentemente, o direito à vida eterna (Jo 10:28). Este direito nos foi dado por Deus, através da nossa justificação em Cristo (1ª Jo 5:11).
          Somente o sangue de Jesus teria poder para nos salvar e nos justificar diante de Deus: "... sendo justificados pelo seu sangue, seremos por Ele salvos da ira" (Rm 5:9). Isto fala do juizo futuro de Deus, o qual o justo não precisa temer (Jo 5:24), pois sua dívida para com Deus foi paga por Jesus Cristo, através de sua obra redentora no Calvário. Toda justiça de Cristo fica creditada em nosso favor quando somos justificados pelo seu sangue. Por isso nenhum outro tipo de sangue poderia oferecer uma purificação completa, somente o sangue de Jesus (Hb 9:22). As exigências de Deus para com o pecador foram cumpridas em Jesus, através de sua morte e ressurreição (Rm 4:25).
          A justificação é um ato distinto da soberania de Deus: "... É Deus quem os justifica" (Rm 8:33). Entretanto, atuaram de maneira gloriosa, o Pai, o Filho e o Espírito Santo (1ª Jo 5:7,8). O pecador, sem condições, apenas aceita o plano divino para sua justificação e redenção (Lc 18:13). Ao homem perdido restava apenas a morte: "Porque o salário do pecado é a morte..." (Rm 6:23). Nesta situação, ele precisa reconhecer a sberania do Pai e o sacrifício do Filho (Hb 2:17,18). Por isso Jesus convida, dizendo: "Vinde a mim..." (Mt 11:28), pois só Ele tem o poder de nos justificar diante de Deus (Rm 4:5). Para nos justificar diante de Deus, Jesus aniquilou o pecado (Hb 9:26) e nos mostrou o caminho (Jo 14:6).
          Em Cristo,

                          Tarcísio Costa de Lima

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