segunda-feira, 19 de abril de 2010

Profeta, profecia e ministério profético

Há grande banalização da profecia em nossos dias. Tudo é profético. Aí surgem os "atos proféticos", como o ocorrido no Rio de Janeiro, quando um grupo "evangélico" escalou, na Região Serrana, o monte Dedo de Deus, para ungí-lo e declarar "profeticamente" que o Estado do Rio de Janeiro é do Senhor Jesus! Vejamos o que ensinam as Sagradas Escrituras:
No Novo Testamento aparecem dois tipos de profetas (Ef 4:11 ; 1ª Co 12:29); e o que é usado com o dom de profecia (1ª Co 14:29-32).
O dom de profecia é uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo, outorgada ao crente, geralmente durante o culto coletivo (1ª Co 14:26-30) com o fito de transmissão de uma mensagem para edificação, consolação ou exortação à Igreja local (1ª Co 14:3), e está, à disposição de todos os servos de Deus (1ª Co 14:31).
O ofício de profeta aponta para um ministro, um pregador dado por Deus à Igreja (At 15:32 ; Ef 4:11-15).
Existe, portanto, dois tipos de profeta e duas modalidades de profecia. O pregador chamado por Deus, é usado pelo Espírito Santo ao pregar a Palavra. Mas o dom de profecia não requer chamada específica. Qualquer crente, cheio do Espírito Santo, sendo "vaso preparado" (2ª Tm 2:20,21) pode transmitir uma mensagem profética.
Em relação ao ministério profético, o Senhor jesus, quando ensina que os profetas e a lei profetizaram até João Batista (Mt 11:13), refere-se ao ministério profético dos tempos do Velho Testamento. Portanto, não obstante João Batista aparecer no Novo testamento, ele teve um ministério similar ao exercido pelos profetas da Antiga Aliança.
Aqueles que, nos nossos dias, consultam "profetas" em relação a viagens, casamentos, sexo de bebês, etc., ainda não aprenderam que existe diferença entre os profetas das duas dispensações. Hoje, não existe mais a necessidade de se consultar profetas, como anteriormente (1º Rs 22:15-28), pois temos a Bíblia completa (Sl 119:105 ; Rm 15:4). Ademais, em nossos dias, o Espírito Santo fala como e quando quer, e não quando queremos que Ele fale (1ª Co 12:11).
Diante do exposto, aconselho que tenhamos bastante cautela com relação ao assunto apresentado.
Em Cristo,

Tarcisio Costa de lima

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