sexta-feira, 30 de abril de 2010

A doutrina da Salvação - parte 13 (última)

Glorificação, a esperança do salvo

          A doutrina da glorificação mostra nossa participação na glória do Filho de Deus, no dia de sua manifestação. A oração de Jesus foi para que estivéssemos co Ele no momento de sua glorificação (Jo 17:24). Mas antes que chegue este grande dia, podemos hoje desfrutar, como filhos de Deus, da glória da igreja e manifestar ao mundo nossa posição espiritual em Cristo.
          Deus ao criar o homem o fez à sua imagem, conforme a sua semelhança (Gn 1:26), consequentemente, o homem foi criado com a glória de Deus (Ex 16:7). Mas o pecado trouxe a morte e a perda da glória divina no homem criado (Rm 5:12). Somente em Cristo podemos ser restaurados à imagem e à glória divina (2ª Co 3:18). O pecado e a morte, no aspecto espiritual, estão relacionados com a perda da glória de Deus na criatura humana (Jr 2:11). Entretanto, Cristo tornou-se a esperança da glória (Cl 1:27), pois através dele alcançamos o que Adão perdeu ao pecar (Dn 7:14). Somente Jesus tem glória para dar ao homem, e fazer dele uma nova criatura (2ª Co 5:17) e escrever seu nome no livro da vida (Lc 10:20).
          A palavra glória, em seu significado humano, quer dizer: honra, fama adquirida por grandes méritos, brilho e esplendor. Entretanto, a glória de Deus é algo inexplicável. Quando a glória do Senhor encheu o templo de Salomão (1º Rs 8:11), os sacerdotes não conseguiram ministrar. Diante dessa glória celestial nos convém analisar os três aspectos da glória.
          Um dos maiores exemplos deixados por Jesus sobre a glorificação foi no ato da transfiguração (Mt 17:1-13). Naquele momento Pedro, Tiago e João viram o Senhor glorificado: "E transfigurou-se diante deles, e o seu rosto resplandeceu como o sol, e os seus vestidos se tornaram brancos como a luz" (Mt 17:2). O local foi o grandioso Monte Hermon (Lc 9:28). Naquele lugar de glória estavam Deus, o eterno Pai; Jesus, o Filho Unigênito, redentor do mundo; Moisés, representando os crentes que morreram em Cristo; Elias, o representante dos crentes arrebatados; e Pedro, Tiago e João, que alí representavam Israel. Jesus mostrou aos discípulos, naquela ocasião, a glória do seu reino e nossa participação nele (Mt 16:28).
          A glorificação também se dará no corpo, e isso ocorrerá no momento da ressurreição (1ª Co 15:42-44), pois receberá o crente um corpo diferente do atual (Fp 3:21). Na explicação de Paulo, os crentes vivos seram transformados (1ª Co 15:51) e todos terão um corpo glorioso, espiritual, semelhante ao corpo de Jesus (1ª Jo 3:2).
          O corpo glorificado não mais estará sujeito a doenças, morte, deterioração, porque será um corpo espiritual. Nesta vida o cristão geme e sofre, porque ainda está incompleto, mas na vida futura essas coisas não mais existirão, seremos semelhantes a Ele.
          Em Cristo,

                          Tarcisio Costa de Lima

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